Superman vs Mulher Maravilha (1978) – resenha

Salve,salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinho e eu trouxe uma história curiosa. Curiosa porque tinha potencial de ser um enorme clássico (deve ter sido um estouro na época), mas que eu não ouço falarem muito à respeito por aí. Então vamos lá falar de Superman vs Mulher Maravilha!

Superman vs Mulher Maravilha

Essa história foi publicada no ano de 1978 em uma revista com histórias independentes em um formato mais longo, chamada All-New Collectors Edition #54. Quase como uma série de Graphic Novel seria hoje em dia. O roteiro é do Gerard Conway com as artes do mestre José Luiz Garcia-López, o cara que definiu a aparência dos personagens da DC para as artes de divulgação.

Uma curiosidade é que essa história se passa na Terra 2, porque se passa nos anos 40 (e cita a Sociedade da Justiça), mas ela foi escrita nos anos 70, então os personagens já tem a aparência dos anos 70.

Então vamos lá falar da história.

Superman vs Mulher Maravilha – resenha

A história se passa nos anos 1942, durante a Segunda Guerra Mundial. Começa com o Superman ajudando as forças aliadas na batalha de Midway. Ele descobre que o ataque aéreo seria apenas uma distração para um ataque secreto com um submarino. Facilmente ele frustra os planos dos nazistas.

Enquanto isso temos a Mulher Maravilha impedindo um ataque de nazistas a dois agentes do FBI. Eles lutam, mas alguns membros do grupo conseguem fugir. Então ela começa a investigar o caso. Nessa época a MM era uma agente de inteligência. Ela segue os caras, que tentam sequestrar um velho cientista que logo descobrimos se tratar de Albert Einstein, que nesse momento está indo trabalhar no Projeto Manhattan para construir a Bomba Atômica. Nós sabemos disso, mas Diana tenta descobrir algo e não consegue encontrar porque é mais secreto do que o cargo dela permite.

Então somos apresentados aos vilões. Um deles é o Barão Blitzkrieg, um nazista com a cara deformada que recebeu uma injeção e ganhou poderes incríveis. E ele acaba de receber um samurai chamado Sumô. Então temos uma cena para mostrar os poderes dos dois. Um prisioneiro do Barão foge, mas o Barão o captura com sua superforça e Sumô usa suas capacidades mentais para fazê-lo contar sobre a bomba.

A primeira parte termina com a Mulher Maravilha investigando e descobrindo sobre a bomba.

Superman vs Mulher Maravilha:

O segundo ato começa com Clark chegando ao Planeta Diário e descobrindo que a Mulher Maravilha enlouqueceu. Ele vira Superman e vai para Washington e pega a heroína atacando um prédio. Em resumo ela quer destruir a bomba para que ninguém o tenha e o Superman vai tentar impedir porque ela está atacando prédios públicos do nada.

A porradaria come solta mesmo e os heróis resolve lutar em um lugar mais reservado, a lua. A porradaria é bem legal, mas eu não vou ficar descrevendo a luta aqui. Só digo uma coisa, eu ainda vou falar dela nas minhas listas de socão na cara.

Roubo:

Enquanto isso, Sumô e Barão Blitzkrieg atacam duas bases para roubar as duas partes da bomba. As cenas de ação são legais e os dois vilões conseguem roubar com facilidade.

Porém, Sumô trai o Barão e some com sua parte da bomba atômica. Então o governo dos Estados Unidos da América mandam um S.O.S, interrompendo o quebra-pau entre o Superman e a Mulher Maravilha.

Busca:

Os heróis aceitam fazer uma trégua para recuperar as partes do modelo da bomba. Superman segue o Barão Blietzkrieg até uma cidade que ele usaria para sair dos Estados Unidos, quase uma história de espionagem.

Enquanto isso a Mulher Maravilha (com seu avião invisível) segue Sumô até uma ilha. Ele como guerreiro honrado simplesmente aceita sair na porrada com ela. E olha, é uma porradaria muito legal também.

Superman derrota o Barão e a Mulher Maravilha derrota o Sumô. Eles decidem se encontrar em uma ilha no meio do caminho. Na última hora o Barão, que estava fingindo de morto, levanta, pega a bomba e a ativa. Sumô quer o protótipo para o Japão e os vilões começam a lutar entre si.

Superman tenta desarmar a bomba, mas não consegue. No fim, o Super e a Mulher Maravilha escapam e uma explosão nuclear acaba com os vilões… e com a ilha também.

Final:

Na última página, o Super leva a MM para conversar com o presidente Roosevelt e ele promete que nunca vão usar a bomba nuclear. Ela segue cabreira, mas não acredita.

E nós, conhecendo a história, sabemos que a Bomba Atômica seria usada já em 1945. Nem precisou esperar muito.

E fim.

Superman vs Mulher Maravilha

O que eu achei de Superman vs Mulher Maravilha:

Eu gostei muito dessa história. Ela é datada, tem cara de roteiro dos anos 70 mesmo e tem um tom bem nacionalista que me incomoda um pouco. Algumas soluções são fáceis demais e os vilões são super simples (afinal, é guerra). Mas isso é bom, porque dá muito tempo para a ação.

E, meu deus do céu, como o Garcia-López desenha ação bem! O feeling de ação que esse cara constrói é maravilhoso demais. Tem coisa que rola muito rápido, mas tem páginas de ação que ele desenha partes do movimento quadro-a-quadro de um jeito muito maneiro. E é muito por isso que a gente gosta de gibi de super herói.

Superman vs Mulher Maravilha

Claro que é datado, mas não incomoda não (já li muita coisa mais cansada e menos velho).

Essa história só saiu no Brasil duas vezes (até onde eu sei). Uma vez na Ebal ainda nos anos 70. E uma vez naquela Lendas do Homem de Aço, mas é relativamente caro.

Então é uma baita história simples e divertida. Recomendo.

Então é isso. Gibi clássico e super maneiro. Recomendo.
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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