UNAY, uma antologia de terror (quadrinho nacional) – resenha

Salve, salve, seres humanos e horrores noturnos.
Já fazia tempo que eu não fazia resenha de quadrinho nacional, mas hoje eu volto a falar de quadrinhos da cena brazuca. Hoje eu trouxe UNAY, a antologia de terror do Café.

 

 

UNAY é uma antologia de terror, escrita pelo Carlos F. Figueiras, o Café, com desenhos de 4 artistas diferentes. Esse gibi foi financiado pelo Catarse e contém 4 histórias de 10 páginas. Cada história é totalmente isolada das outras e como bons curtas metragens, elas contam histórias que já estão acontecendo.

As histórias começam do meio e terminam de forma ágil e inesperada, te pegando de surpresa e te deixando com cara de “ué?” no final.

Como as histórias são curtas, eu vou tentar dar uma breve sinopse sem dar spoiler o que cada uma é:

Sobre as histórias:

A primeira história se passa no século 16, em 1530, na derrocada do povo Inca. Nesse momento, os Incas passam por uma crise interna e ainda têm de lidar com a chegada do povo estrangeiro que vem do mar. Um grupo viaja sob o comando do líder Illari, e eles encontram um outro povo, os Tumanbás. Essa história é contada de dois pontos de vista diferentes, o ponto de vista dos Incas e o ponto de vista dos Tumanbás, mudando o foco narrativo a cada página.

As relações entre os Incas e os Tumbambás começa a ficar tensa quando as religiões colidem e os Incas, secretamente, planejam um ritual, que envolve sacrifícios.

Essa história é desenha por Daniel Araújo.

 

 

A segunda história se passa no Brasil escravocrata do século 19. Nela, um homem negro é perseguido por um capataz. Então entra um flashback da noite anterior, que envolve uma revolta dos escravos envolvendo alta magia. É uma história com bastante gore e uma reviravolta surpreendente no final. Não posso falar mais do que isso.

Essa história é desenha por João Miranda.

 

 

A terceira história se passa no século 20. Um metrô para na estação e 4 pessoas não o deixam, pois estão dormindo. Depois disso ele parte para uma estação fantasma, onde esses 4 desconhecidos são atacados por um estranho monstro e encontram 4 crianças perdidas. A relação entre os adultos, as crianças perdidas e o monstro são a chave para o mistério que envolve aquele lugar.

Essa história é desenha por Erick Judson.

 

 

E a quarta história é a mais difícil de explicar, por que você só entende o mote dela na última página. O que eu posso dizer é que: é uma história de pessoas comuns vivendo as suas vidas e, ainda assim, é uma história terrível.

Essa história conta com a arte e Crow Kid.

 





O que eu achei de Unay:

Unay é uma baita hq de terror. As histórias são bem sinistras e abordam temas clássicos do horror em cenários inesperados. Deuses do submundo, monstros, criaturas horripilantes e o fim de civilizações, mas sempre chegando lá por caminhos diferenciados.

As artes são muito legais e muito diferentes entre si. Cada história tem um estilo próprio totalmente diferente e isso é muito legal.

O traço da primeira história é bem incomum e a segunda história usa uma forma de quadrinização bem diferenciada. Isso, e o fato da história não ser muito explicada, fazem com que tudo fique confuso e que você precise de uma segunda leitura para entender a história. Normalmente isso seria um ponto fraco, mas como a hq é bem curtinho, a segunda leitura é bem gostosa e não consome muito tempo.

Em resumo, Unay é um baita gibi legal de se ler. Boas histórias com artes igualmente incríveis. Eu gostei bastante.

Para adquirir Unay, entre em contato com o autor no site dele carlosfelipe.net.




Então é isso, mais uma hq incrível que eu adorei apoiar.
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Um abraço.
E tchau.

 

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 28 junho, 2020

    […] Dica do LeitorLugar Nenhum […]

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