Três Anúncios para um Crime – resenha sem spoiler

Salve, salve, seres humanos da terra.
Assisti esses dias o filme Três Anúncios para um Crime, um dos indicados ao Oscar de melhor filme desse ano de 2018. Darei meus pitacos e minha opinião sobre o filme.

 

Três Anúncios para um Crime

 

Três Anúncios para um Crime conta a história de Mildred Heyes, uma mulher que teve a filha morta e violentada em um crime brutal, resolve expressar sua indignação, colocando anúncios em 3 outdoor. Nesses anúncios ela cobra uma postura da polícia e coloca o chefe da polícia em xeque.

A história se passa em Ebbing, no estado do Misouri (o nome do filme é Three Billboards Outside Ebbing, Missouri), que é um cidade pequena, onde todo mundo se conhece, no sul dos Estados Unidos. Os anúncios de Mildred faz com que as pessoas escolham lados e acabam revelando muito sobre a cidade. Racismo. Homofobia. Corporativismo policial. E vários outros problemas vêm à tona quando a paz local é confrontada por Mildred.

Apesar de focar em Mildred e na polícia, Três Anúncios para um Crime é sobre a mudança no status dessa pequena cidade e de seu microcosmos.

 

 

O que eu achei?

O filme é incrível. É um daqueles filmes que prende sua atenção do começo ao fim, sem ser um filme de ação ou de reviravoltas mirabolantes. Tem reviravoltas sim, eu digo que é um “eita” atrás do outro, mas não são reviravoltas fáceis.

A narrativa visual é funcional assim como a trilha sonora, mas o filme se sustenta em cima de diálogos muito bem escritos. Quase todos os diálogos são muito bons e muitos te pegam de surpresa. As vezes uma palavra bem colocada da uma tensão dramática que te mantém preso. É um filme cheio de conflitos. O conflito da Mildred com a polícia, nas figuras dos policiais Willowghby e Dixon. O conflito da Mildred com o próprio filho e com o ex-marido. E o conflito do policial Dixon contra todo o mundo.

As atuações são muito boas e todo mundo está muito bem no papel. A Frances McDormer está concorrendo como melhor atriz, e se ganhar vai ser muito merecido. Enquanto os dois policiais, Woody Harrelson e o Sam Rockwell, estão concorrendo, ao mesmo tempo, como melhor ator coadjuvante. Tem o Peter Dinklage (Tyrion de Game of Thrones), que está muito bem também, apesar de ser um papel menor (não, não é uma piada).

 

 

Tem pontos fracos?

Como ponto fraco do filme eu sinalizaria apenas o personagem do Sam Rockwell, o Dixon. A ideia, me parece, é que ele fosse um personagem imaturo, que mora com a mãe e não mede muito as consequências do que faz, mas ele fica quase caricato. De uma forma geral é um bom personagem, mas chega à beira de comprometer.

Ele tem um comportamento infantil e é um personagem que lê quadrinhos. Achei que usaram os quadrinhos como um símbolo de infantilidade e não curti muito isso.

A namorada do ex-marido me pareceu uma personagem um pouco rasa também.

 





 

Em resumo:

Três Anúncios para um Crime é um filme com um roteiro sensacional, muito sensível e que trata de temas muito sérios e que precisam ser tratados. E é um filme que tem um fator que eu adoro, que é o fator “Bad Vibe”.

Dos filmes do Oscar, é o melhor que eu vi até agora (ainda não assisti o A Forma da Água). Sem dúvidas.

Três Anúncios para um Crime é indicado a: Melhor Filme, Melhor Roteiro, Melhor Montagem, Melhor Trilha Sonora Original, Melhora Atriz (Francis McDormer) e Melhor Ator Coadjuvante (Woody Harrelson e Sam Rockwell)

O filme é escrito e dirigido por Martin McDonagh.

 

 

Então é isso. Baita filme. Recomendo muito.
E você? Ficou com vontade de assistir? Já assistiu? Gostou? Acha que merece o Oscar?
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Um abraço.
E tchau.

 



Vulto

Desprezível.

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