BANDERSNATCH, o filme-jogo de Black Mirror – resenha sem spoiler

Salve, salve, seres humanos dos anos 80.
Ontem, dia 28 de Dezembro de 2018, a Netflix lançou um episódio especial de Black Mirror, um filme chamado Bandersnatch!

 

Bandersnatch

 

BANDERSNATCH estreia um novo conceito (que na verdade é um conceito antigo) na Netflix, que é o conceito de filme interativo. A mecânica é muito simples, em determinados momentos do filme, dois “botões” aparecem na parte inferior da tela e você deve clicar em uma delas. Cada botão aponta a narrativa para um caminho diferente e você pode aproveitar a narrativa de várias formas diferentes.

Essa é a mesma ideia dos antigos livros-jogo, onde, ao final de cada capítulo você deve escolher qual caminho seguir. Cada caminho te leva a um capítulo diferente e existem vários finais possíveis. Esse conceito também é a base de quase todos os RPGs eletrônicos. E é claro que o episódio vai usar todos esses elementos em sua narrativa.

 

 

Vou fazer um resumo do cenário só com as informações dos primeiros minutos para não revelar muito.

Sinopse ampliada:

No episódio, BANDERSNATCH é um livro-jogo escrito por um maluco que é considerado um gênio, mas que enlouqueceu e matou a esposa. O protagonista é um programador que está fazendo um jogo baseado nesse livro e está prestes a mostrar sua primeira demo para uma empresa de jogos.

Perceba a maluquice a e os níveis de metalinguagem envolvidos aqui. Existe um livro-jogo com essa característica da escolha. Aí tem esse guri querendo fazer um jogo, que também tem escolhas, sobre o livro. E nós, como espectadores, estamos assistindo isso em uma espécia de filme interativo.

É um filme interativo, sobre um jogo interativo sobre um livro interativo.

 





Assim como os livros jogo, o filme tem vários finais e você tem que assistir várias vezes para conhecer todos os finais. Talvez tenha um final ‘feliz’, mas talvez não (estamos falando de Black Mirror aqui).

Por outro lado, existem momentos em que você chega ao final e volta (como se tivesse chegado a um game over), mas as cenas que você vai ver não são apenas repetições. Elas mudam e o rumo da história muda a todo momento e você tem que ficar muito esperto se quiser extrair o máximo do filme, afinal, ele é um jogo.

 

 

Eu só assisti uma vez e consegui ver alguns finais, mas não acho que esteja nem perto de ter visto todos. Vou precisar assistir de novo. Existem vários momentos em que o filme acaba e você pode voltar para o último ‘save point’, mas em um dado momento a Netflix simplesmente me empurrou para os créditos na marra. Então eu acho que talvez tenha um fator de esgotamento (você tem que ter feito algumas escolhas e visto o suficiente para ele te mandar para os créditos) ou um fator de tempo (você está ‘jogando’ a tanto tempo sem chegar no final certo, então sua experiência acaba aqui).

Realmente não sei como a parada funciona, mas acho que entendi boa parte do esquema. Não vou falar muito mais, por que eu teria que citar cenas e dar muitos spoilers.

 




Em resumo, é uma história com múltiplos caminhos e muita metalinguagem. É uma narrativa sobre narrativas e é um jogo sobre jogos. Nada é o que parece e a interação é bem divertida.

O que eu achei de BANDERSNATCH?

A ideia da interatividade e a forma como a programação trabalha para saber o que você já fez e o que ela pode acelerar é muito legal. A experiência dessa loucura toda é muito legal. E para quem gosta de metalinguagem esse episódio é uma bomba. Simplesmente sensacional.

Agora, a história mesmo é meio qualquer coisa. É uma mistura de histórias batidas que todo mundo já viu, pelo menos até os finais onde eu cheguei, pode ter outros finais muito mais insanos, talvez.

Para concluir, vale muito a pena assistir. É isso.

 

 

Então é isso, é uma experiência muito legal. Eu curti.
E você, já viu e concorda? Discorda? Ficou com vontade de assistir?
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Um abraço.
E tchau.



Vulto

Desprezível.

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