Dorohedoro – resenha sem spoilers

Salve, salve,seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de anime. Sim, eu assisto um ou outro anime, mas não contem para ninguém. Brincadeira. Então vamos nessa que tem muita coisa para falar de Dorohedoro. Mas antes de tudo eu preciso agradecer à menina Máyra que me indicou essa bomba.

Dorohedoro

Dorohedoro:

Dorohedoro é um anime drogado e alucinado. Quando você acha que já viu de tudo na bizarrice do anime, ele te surpreende com algo ainda mais fora da casinha. Na maioria das vezes é um bizarro engraçado, mas as vezes é um pouquinho agressivão também.

A história é uma confusão e demora muito para você ir entendendo as coisas. E muita coisa você fica sem entender mesmo.

Em Dorohedoro, existem dois mundos, o mundo dos feiticeiros e o Buraco. Os feiticeiros possuem fumaça, que é como eles fazem magias. E eles podem abrir portas entre os dois mundos. Então os feiticeiros vão para o Buraco para treinar magia e ficar zoando as pessoas de lá.

Caiman:

O protagonista é o Caiman, um homem que foi transformado em lagarto. Só a cabeça dele é de lagarto. Mas na verdade ele não sabe quem era antes, porque não tem memória. Tudo que ele sabe é que tem uma pessoa dentro da sua boca de jacaré.

Então ele e sua amiga porradeira Nikaido saem porrando todo e qualquer feiticeiro que aparece no Buraco. O Caiman morde a cara da pessoa, que se vê dentro da boca do monstro. Lá dentro, o homem dentro da boca fala “Não é você”. Então Caiman pergunta “O que o cara dentro da minha boca te falou?”. E geralmente ele mata o feiticeiro depois.

Isso não é bem spoiler, porque é exatamente a primeira cena do anime. Já começa com um feiticeiro dentro da boca do Caiman, acontece essas coisas que eu expliquei, e nosso heróis corta o cara em pedacinhos, literalmente.

Então aos poucos vamos sabendo mais sobre o Caiman, que ele não lembra de nada, não lembra quem era, mas gosta muito da Nikaido, que é uma grande amiga. Enquanto isso também somos apresentados ao mundo dos feiticeiros. E é aí que tudo fica uma maluquice.

O Mundo dos Feiticeiros:

Dorohedoro

Quando vem a descrição que existem dois mundos, é fácil achar que vem uma crítica social óbvia, onde os Feiticeiros são os riquinhos que vão dar um rolê na favela para zoar os pobres. Mas não é nada disso porque o mundo dos Feiticeiros também é uma loucura. Existe uma hierarquia insana, todo mundo usa máscara, existe tráfico de fumaça, drogas, cultos insanos e Diabos (Akumas).

A história começa a correr mesmo, quando um feiticeiro sobrevive à Nikaido e Caiman (sim, nossos heróis matam geral) e pede ajuda de En, um feiticeiro fodão. Ele chama Noi e Shin, os batedores deles que vão sair na porrada com a galera do Buraco.

Daí rolam muitas lutas, porradaria, gente morrendo, gente morta voltando, decapitações, festas e uma busca para desvendar os segredos de Caiman, Nikaido e de basicamente todo mundo. O anime tem muitos flashbacks e cada vez vamos entendendo mais sobre esses dois mundos que são uma doideira sem tamanho.

E isso é tudo que eu posso falar sem contar a coisa toda.

Ah sim, posso contar que a história não acaba também. O anime só tem uma temporada na Netflix, mas isso não encerra a história. E acho que a segunda temporada nem saiu de fato.

Então achei que estava completo, mas não estava.

Dorohedoro

O que eu achei de Dorohedoro?

Esse anime é maravilhoso. Ele é de um mau gosto tão sensacional e mirabolante que chega a ser bonito de ver. Ele é bizarro e absurdo exatamente do jeito que eu gosto. É genial.

Abra a sua Netflix e assista à primeira cena. Começa com um cara dentro da boca de um homem jacaré. Segue com uma pergunta estranha e esse cara sendo fatiado. Depois tem uma cena de luta maravilhosa. Se você não gostar dessa cena, desista. Se você curtir a cena, saiba que é daí para mais doideira.

Dorohedoro

Agora falando sério. A história é mais ou menos bem amarrada (considerando que é um mundo maluco). A animação é fantástica. A trilha sonora é muito boa. E a narrativa é muito fluída.

Tem as doideiras de anime que a gente já conhece, mas um anime que sabe sair da piração para te presentear com o básico de cenas de porradaria gostosas e de um plano de fundo complexo, complexo de verdade, não apenas confuso.

Nem é só de insanidade vive o homem:

A sensação que eu tenho é que Dorohedoro me causa o mesmo feeling que algumas coisas dos quadrinhos Grant Morrison. Ele é louco-alucinado, usa conceitos insanos, uma estética grotesca, referências de magia e muita, muita, megalinguagem. Mas, independente das maluquices que ele quer fazer para revolucionar, ele ainda faz gibi de super heróis e coloca cenas marcantes de gente fantasiando se porrando e salvando o dia de formas extravagantes. Que é o que a gente gosta.

Então Dorohedoro me parece isso, é ousado, doido, esquisito e maluco. Mas ainda entrega o que a gente gosta, boas lutas, uma narrativa sobre amizades, personagens que crescem e são complexos, piadas de mal gosto, sangue, mutilação e boas lutas de novo. Eu já falei que as lutas são muito bem desenhadas? Pois é.

O anime usa rotoscopia em vários momentos e isso deixa a arte muito fluída também. Mas dá uma embaçada em alguns momentos na renderização. Mas isso é muito detalhe. Não incomoda.

Então resumindo. Dorohedoro é fantástico! Mas você tem que estar preparado para ser surpreendido com o bizarro. Se quiser um anime normal, passa longe. E se você for cristão e não gosta de diabos, referências diretas à Satã e cruzes invertidas, passa mais longe ainda.

Recomendo, mas só para as pessoas certas. E agradeço novamente à menina Máyra, quem me indicou, por saber que esse é o tipo de doideira que eu curto.

E a Noi é a melhor personagem.

Então é isso. Assista Dorohedoro por sua conta e risco. Mas não venha me xingar se não gostar. Eu avisei.
Ficou com vontade? Já assistiu e discorda do que eu disse?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 23 fevereiro, 2023

    […] contrário dos outros filmes do Ghibli que eu já vi, esse é uma piração completa. O mundo dos espíritos é super complexo e a Chihiro é criança demais para entender tudo. Então […]

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