Ex Machina – resenha sem spoilers

Salve, salve, seres humanos da terra.
Eu tenho assistido muitos filmes recentemente e preciso resenhar eles logo para não esquecer tudo e perder todo esse material que está na minha cabeça. Então vamos nessa falar de Ex Machina, que eu já devia ter assistido, mas deixei passar.

Ex Machina

Ex Machina (2014) – resenha:

Ex Machina é um filme de 2014 e foi uma das grandes revelações daquele ano. Muita gente falou bem, eu pensei “tenho que ver”, mas não vi. Finalmente assisti agora em 2022.

Ex Machina conta a história de um programador de uma grande empresa multizilionária. Ele ganha um sorteio que dá a ele uma viagem de uma semana para se encontrar com o dono da empresa, um rico-esnobe excêntrico que mora em uma instalação super isolada em uma paisagem maravilhosa.

Chegando lá, ele descobre que essa instalação é uma instalação de pesquisa, e que o CEO, rico excêntrico desenvolveu uma Inteligência Artificial super complexa que ele quer testar.

A empresa se chama Bluebook, ou algo assim, mas na verdade é o Google. É uma empresa que ficou gigante por causa de um mecanismo de busca e que tem um Sistema Operacional que roda em quase todos os celulares. É o Google.

Então o CEO, Nathan, pede que o programador (o sorteio não foi um sorteio), Caleb, teste o robô, Ava, para ver se ela tem um consciência genuína. Eles chamam de teste de Turing, que não é o caso, mas logo concordam que é mais do que isso.

O Teste:

O Teste de Turing (resumindo muito) é um teste conceitual para inteligências artificiais. Basicamente você diz que uma inteligência artificial é real se uma pessoa pode conversar com ela sem saber que estava conversando com uma máquina.

Nesse caso o teste é diferente. O Caleb sabe que a Ava é uma máquina, mas vai conversar com ela para ver se ela consegue convencê-lo de que ela tem consciência.

Plano e contraplano:

Obviamente nada é o que parece. O Nathan, como todo rico multimilionário, tem seus próprios planos que ele acredita que só ele mesmo entende porque ele é rico e especial. Caleb vai tentar não ser enganado por ele vai tentar descobrir o que está rolando. Ele é um parceiro, uma ferramenta ou um refém.

E no meio disso tudo, temas a Ava, que é uma máquina que talvez tenha consciência e sentimentos, mas talvez não. E talvez ela tenhas seus próprios planos.

Então o filme se desenvolve como um jogo de xadrez, entre vários agentes super inteligentes, cada um com sua própria agenda que a gente só vai entender mesmo no final do filme.

A mecânica se dá através de um jogo de câmeras. Caleb conversa com Ava em uma sala cheia de câmeras. Nathan pode ver as conversas, mas de tempos em tempos a energia da instalação cai e eles podem conversar sem que Nathan saiba. Ou será que ele sabe, mas finge que não sabe? Caleb está sendo testado também?

E esse é o clima do filme.

Ex Machina

O que eu achei de Ex Machina?

Esse filme é fantástico! Eu já tinha uma ideia que ele era bom porque em geral a galera fala muito bem dele e tal. Eu confesso que tinha um pouco de preguiça porque eu sou programador e vejo muita gente excessivamente empolgada com qualquer promessa sobre Inteligência Artificial.

Então sempre que me indicam filme de coisas que eu sei como funcionam, eu fico com medo de me frustar (Pi, estou olhando para você).

De fato, a base teórica sobre I.A que é usada no filme é bem consolidada e muito bem amarradinha. Mas o pulo do gato é que, no fim das contas, nada disso importa muito.

No fim das contas o que importa mesmo é que o rico milionário realmente acredita que pode fazer o que quiser em seu mundinho. E de certa forma pode mesmo. Ele usa as pessoas como recursos e quer criar recursos que pareçam pessoas para que ele possa usar mais e mais. Mas para seguir nessa análise eu vou ter que contar o final.

O que eu quero dizer é: a pergunta do começo deixa de ser relevante lá pela metade do filme. No fim me parece que a decisão já está tomada. E o filme se torna uma história sobre pessoas.

A fotografia do filme é linda. A montagem é muito legal e a Alicia Vikander, que faz a Ava, está demais no papel. Ela carrega o filme nas costas.

Então concluindo: Filmaço! Me arrependo de não ter assistido antes. Recomendo demais.

Ex Machina

Então é isso. Adorei.
Mas e você? Viu Ex Machina? Ainda lembra dele?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 21 dezembro, 2022

    […] e um cara que pensou em um teste para IA antes de existirem computadores pessoais (procure por Teste de Turing), foi julgado, castrado quimicamente e se suicidou um ano […]

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