Homem Aranha: Longe de Casa – resenha

Salve, salve, seres humanos, elementais e heróis de outra realidade.
Estreou na semana passada o segundo filme do Amigão da Vizinhança (segundo do Tom Holland) o Homem Aranha: Longe de Casa.

Eu fui lá assistir e agora vou dar os meus pitacos sobre esse filme.

Essa primeira parte é sem spoiler, e quando forem entrar os spoilers eu aviso. Pode ir tranquilo. Ah sim, vai ter spoiler de Vingadores: Ultimato, esteja avisado.

Homem Aranha: Longe de Casa – resenha

O filme se passa depois Vingadores: Ultimato, e logo é a primeira visão que vamos ter de como o mundo ficou depois do que eles chamam de Bleep, quando metade das pessoas do planeta desapareceram e reapareceram 5 anos depois. Peter, a MJ, o amigo nerd e a menina loirinha foram algumas das pessoas que sumiram, mas alguns dos alunos da escola ficaram e seguiram a diante. Depois não se fala mais tanto disso, houveram os desaparecimentos, depois todo mundo voltou. Algumas pessoas vão ter mais dificuldade para lidar com isso, mas a maioria dos conhecidos do Peter Parker sumiram também e para ele pouca coisa mudou.

O que gerou mudança mesmo, e esse é o grande trama da história, foi a morte do Tony Stark. A grande questão é que o Peter é escolhido para ser o próximo grande herói do universo Marvel, mas ele é só um garoto e não se vê pronto para o trabalho.

Peter tenta tirar férias com sua turma de escola, deixar de ser o Homem Aranha por um tempo e fazer suas coisas de adolescentes (tentar ficar com a MJ).

Enquanto isso, a SHIELD, em parceria com Mysterio, um novo herói vindo de um universo paralelo onde a terra foi destruída, enfrentam estranhos elementais que aparecem pela Europa.

Parando por aqui, para não dar spoiler. Então, em resumo, o filme é sobre o Peter Parker querendo viver seu romance adolescente, mas sendo confrontado, o tempo todo, com a responsabilidade de ser o escolhido do Tony Stark e, possivelmente, o único Vingador disponível para fazer o trabalho.

O que eu achei de Homem Aranha: Longe de Casa? (ainda sem spoiler)

O filme é muito legal. O roteiro tem seus momentos de “Muito conveniente isso aí”, mas nem chega a incomodar. A história flui de um jeito bem ok, o roteiro é bem escrito e os diálogos são muito bons. As piadinhas funcionam bem também.

E as cenas de ação são espetaculares. A forma como o Homem Aranha está ágil e faz coisas estrambólicas, saltando e fazendo maluquices com as teias é simplesmente sensacional.

O filme tem alguns plot twists bem legais (vou comentar daqui a pouco, na zona de spoiler) e o final é bem legal.

Em resumo, eu adorei o filme. Me diverti muito e recomendo para todo mundo. Pode assistir no cinema sem dó. Até tem coisa para falar mal, mas vai entrar na zona de spoiler.

E o filme tem duas cenas pós-créditos.

Daqui para frente tem spoilers! Cuidado!

O Mysterio é o vilão do filme e ele não é de universo paralelo coisa nenhuma. Além disso, é ele quem controla os Elementais que são, na verdade, ilusões associadas a drones do mal. Quem lê quadrinhos já sabia, mas deve ter sido muito legal ser surpreendido com essa virada.

Eu vou considerar que quem chegou até aqui já assistiu o filme.

Um dos grandes problemas do filme é a revelação de que Tony Stark fez exatamente o que o Capitão América tentou impedir no segundo filme (O Soldado Invernal): um sistema de espionagem, ilegal, que acessa dados de qualquer pessoa (independente de quem seja) e está ligada a um sistema de armas perigoso e mortal. Era ruim quando foi feito pela SHIELD e pior ainda quando foi dominado pela Hidra, mas se foi o Tony que fez… então ta tudo bem. Tudo bem, mesmo que seja entregue para um garoto de 16 anos? Tudo bem.

É esse tipo de irresponsabilidade que me incomoda nos filmes da Marvel. Os caras só pensam no roteiro principal e o resto pode ser uma maluquice só.

Uma coisa interessante é que, mesmo sendo um mentiroso, o Mysterio diz que essa é a terra 616, que a terra principal nos quadrinhos. Isso pode ter sido só uma pista falsa, mas pode significar que, sim, existe um multiverso e que ele acertou o número na cagada.

Uma coisa que eu não pude falar lá em cima, é que os efeitos nas cenas de luta do Aranha contra o Mysterio são muito legais. Muito legais mesmo. O problema é que o Mysterio parece um baita vilão, mas depois da cena do trem fica difícil acreditar que ele tenha qualquer chance.

Cenas Pós Créditos

Nas cenas pós-créditos, temos muitas viradas em pouquíssimo tempo. Primeiro publicam um vídeo onde o Mysterio diz que o Homem Aranha o matou e depois revela a identidade do Aranha. Tudo isso com J.K. Simmons de volta ao papel de J.J. Jameson.

Por fim ainda temos a cena que mostra que a Maria Hill e o Nick Fury eram, na verdade, Skrulls. Pode parecer uma bobagem, mas essa virada coloca os Skrulls operando na terra. Isso ainda vai ser importante.

Concluindo:

A Marvel utiliza bem os ecos das próprias narrativas para trazer coisa nova, mas com recordações das antigas. Com toda a certeza, Homem Aranha: Longe de Casa tem a mesma função do primeiro Homem de Ferro: Falar sobre responsabilidade e sobre assumir o seu lugar no mundo. E termina, de forma semelhante, com um heróis desmascarado que tende a ser a inspiração para a próxima geração de heróis.

A diferença aqui é a forma: se o Homem de Ferro (apesar de ser um cusão) trouxe grandes e nobres heróis consigo, acho que o Homem de Aranha, acusado de assassinato, deve trazer uma geração jovem de renegados. Então essa é a minha aposta.

Então é isso, Homem Aranha é um baita filme legal, mas tem um problemão chamado Edith. Como vão resolver isso eu não sei, mas espero que resolvam.
Mesmo assim eu gostei e recomendo, pode assistir sem medo de ser feliz.

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