Loja de Unicórnios, dirigido pela Capitã Marvel – resenha sem spoiler
Salve, salve, seres humanos e unicórnios da terra.
Há um mês atrás eu fiz um post de um trailer esquisito de um filme que parecia bem esquisito. O nome esquisito do filme é Loja de Unicórnios (Unicorn Store), com a Brie Larson (Capitã Marvel) e o Samuel L. Jackson (Nick Fury). Ontem eu assisti ao filme e vou dar a minha duvidosa opinião sobre ele.
Loja de Unicórnios – resenha sem spoiler
Loja de Unicórnios é o primeiro longa dirigido pela Brie Larson (ela já dirigiu dois curtas). O filme conta a história de Kit (interpretada pela própria Brie Larson), uma mulher que é expulsa da faculdade de artes e volta a morar na casa dos pais.
Apesar de ter pais compreensivos, ela se sente um fracasso e uma fraude. Kit não sabe como ser uma pessoa adulta e não sabe o que fazer da própria vida. Ela arruma um emprego temporário e tenta “ser adulta” e responsável.
Mas, a vida de Kit muda mesmo quando ela recebe um convite para “A Loja”, um lugar que vendo o que você precisa. Chegando lá, ela encontra “O Vendedor”, que é o Samuel L. Jackson, e oferece para ela um Unicórnio. Mas, para ganhar seu unicórnio, Kit precisa arrumar a sua própria vida para receber seu Unicórnio.
E daí vem, uma jornada de autoconhecimento e de arrumação da zona que é a vida.
Em resumo, o filme é mais ou menos isso: Kit não sabe como ser adulta, acha que todo mundo despreza ela, mas vai tentar ser melhor para merecer um suposto Unicórnio.
O que eu achei de Loja de Unicórnios?
A primeira coisa que me deixou em dúvida e não fica claro no filme é: Quantos anos tem essa diaba dessa personagem?
A Brie Larson tem 29 anos, mas sobre a personagem eu não sei se:
a) É uma atriz de 29 anos interpretando uma adolescente de 16 (tipo malhação);
b) Uma atriz de 29, interpretando uma jovem adulta de 20, que age como uma adolescente de 16.
ou c) Atriz de 29, interpretando uma personagem de 29 com um leve retardo mental.
Eu acho que é a opção ‘b’, por que bate com a coisa dela estar na faculdade, mas vamos lá.
Eu gostei do filme, mas entendo totalmente quem não gostou. Ele é um filme bem viajante e drogado, quase infantil em algumas partes, mas com um sarcasmo sagaz em alguns momentos.
Os diálogos são muito interessantes, exatamente por ser totalmente irreais. O que acontece do filme é uma loucura, um devaneio, quase um sonho. Enquanto Kit sofre com uma opressão que não existe tanto assim, a vida vai acontecendo e todo mundo é meio excêntrico, meio bizarro. Esse parágrafo em si não faz muito sentido, mas faz sentido por que o filme é bem assim. As coisas vão acontecendo e acontecendo, e chega o final e tudo bem.
Falta Conflito?
Uma coisa que pode incomodar é a falta de conflito. Quer dizer: eu entendo que depressão e síndrome do impostor (tenho muito, inclusive) são problemas sérios para quem tem, mas para a pessoa acostumada com o cinema Hollywoodiano, falta um monstro, um vilão, uma luta, alguma coisa. Nesse sentido, da para dizer que não tem conflito.
Para fazer uma comparação rasteira, esse filme me lembra o estilo de O Fabuloso Destino de Amelie Poulain. Não tem um grande problema que move a protagonista. Basicamente, ela tem os problemas pessoais dela, então ela cria uma quest maluca que ela tem que resolver por si só. E, durante essa jornada, a personagem se conhece melhor e aprende a gostar mais de si mesma e se torna uma pessoa melhor.
A jornada tem começo, meio e fim, mas não é motivada por um conflito/agente externo. A jornada começa por que é o jeito que a personagem tem de resolver os conflitos internos. E a jornada é viajante, lúdica e semi-drogada, o que gera diálogos muito maneiros e cenários surreais. É mais ou menos por aí.
Concluindo:
Em resumo, eu gostei do filme, mas entendo perfeitamente quem acha que ele tem um ritmo bem devagar, não tem ação e é meio viajante demais. Eu gosto, por que eu gosto do absurdo, do viajante, do onírico e de toda essa viagem de droga aí.
O ponto forte são as atuações, todo mundo está muito bem, e os diálogos esquisitos. Eu curti.
O filme é dirigido pela Brie Larson, mas o roteiro é da Samantha McIntyre.
Então é isso, um filme viajante e nada a ver, mas eu gostei.
E você, já tinha ouvido falar desse filme? Assistiu e concorda? Discorda?
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Um abraço.
E tchau.
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