Nope! (Não, não Olhe) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu preciso falar desse filme, que eu vi, revi, mas fico enrolando para resenhar. Mas vamos lá, porque a hora chegou (e isso tem a ver com outro filme que eu vi e vou resenhar em breve). Então vamos nessa com Nope!

Nope! (Não, não Olhe) é um filme do Jordan Peele (Corra, Us) e isso é muito importante para a minha resenha.

Nope!

Nope

O filme começa com uma cena de um show, tipo uma Siticom, mas com um chimpanzé. O chimpanzé fica maluco e ataca todo mundo. Corta.

Nos dias atuais, temos o personagem do Daniel Kaluuya (O.J) que vê seu pai ser morto em um acidente misterioso. A família trabalha criando cavalos treinados para filmes, mas agora que o pai morreu os negócios não estão indo bem. Ele e a irmã (Keke Palmer) tentam fazer a coisa dar certo, mas a grana está ruim e eles precisam vender seus cavalos para Jupiter.

Jupiter (Steve Yeun, o Glen de The Walking Dead) é o garoto do show do começo do filme, o rapaz que sobreviveu ao ataque do Chimpanzé. Ele tem um parque temático de cowboys e faz uns showzinhos de variedades.

Algo nos céus:

O grande lance é que existe uma coisa sinistra acontecendo naquela região. Algo grande que fica escondido nas nuvens e como cavalos, pessoas, coisas, em geral além de causar um campo eletromagnético maluco que . No fim das contas é um et gigante, que chupa coisas e come.

Então O.J e sua irmã decidem que é uma boa ideia, tentar filmar a criatura e ganhar uma grana com a primeira filmagem top de um alienígena de verdade. Eles compram umas câmeras, arrumam um amiguinho e até um diretor de cinema doidão para ajudar.

Enquanto isso, Jupiter tenta fazer um show com a criatura. O lance é que o monstro só te devora se você olhar para ela. Mas quando tentam fazer um show, dando destaque para o monstro, ela vem e come todo mundo.

Daí começa a cena final deles tentando filmar a criatura, com iscas, bonecos de posto para detectar o monstro, câmera analógica para não desligar. Tudo o mais.

Daí é uma correria doida, muito risco de vida e eles tentando uma filmagem da criatura.

Fim.

Nope

O que eu achei de Nope!?

Como eu disse, eu tive que assistir esse filme mais de uma vez. E não, ele não é nem de perto tão complicado como Us. O negócio é que eu fiquei procurando algo que não tinha, necessariamente, pelo menos não como destaque. Eu fiquei com a sensação de que eu não peguei alguma coisa, mas acho que isso porque o filme é do Jordan Peele e eu fiquei procurando uma metáfora racial.

Assistindo de novo, acho que eu peguei o lance. O filme fala muito mais sobre o showbizz, a fama, o trabalho midiático e como esse trabalho consome as pessoas. E isso fica evidente quando você presta mais atenção no Jupiter do que nos irmãos Haywood.

Trauma?:

Jupiter é um cara que trabalha na TV desde criança. Ele sofreu uma experiência traumática, mas continuou no showbizz (deve ter ficado um tempo fora). Agora ele é um adulto, que manja muito do trabalho de arte/shows, mas que é meio desconhecido. Ele tem um museu de si mesmo, onde ele se alimenta de seu próprio passado como Gloriana Tenebrae, a Rainha do Terror. Ele foi destruído pelo show perigoso (com animais no caso), mas segue vivendo disso (porque possivelmente não sabe fazer outra coisa), se arriscando com um extraterrestre devorador de gente.

Os Haywood acabam estando nesse trabalho também. Eles treinam lá seus cavalos para Hollywood, mas o trabalho não está dando certo, eles não sabem fazer outra coisa. E eles ficam deslumbrados em ter controle sobre o monstro. Ainda tem o diretor, que se arrisca mais para ter um take melhor. Tem um jornalista que aparece, sofre um acidente, mas quer que tirem pelo menos uma foto dele antes de ser salvo. Tudo é sobre filmar o melhor take, conseguir o melhor momento.

O fato do monstro só atacar quando você olha para ele tem um pouco a ver com isso também. É sobre isso, sobre a nossa curiosidade de observar a tragédia. Nosso ímpeto de nunca parar de olhar o que é oferecido (o monstro vai ficando mais espalhafatoso para tentar de fazer olhar para ele). No fim das contas é tudo sobre ver e ser visto. Mais ainda. É sobre não conseguir não olhar e sobre não aguentar não ser visto.

Acho que é isso.

Nope

Concluindo:

É um filme divertido. Não acho melhor do que Corra e Us. Mas ainda é um bom filme. Falha minha de ir assistir ao filme esperando uma metáfora racial. Tenho que lembrar o óbvio ululante que eu mesmo esqueci: Não é porque o diretor é negro, que todo filme dele tem que ser sobre racismo. Isso tem a ver com a próxima resenha. Volte aqui amanhã.

Mas é um bom filme. Recomendo. Assista que é bom, sim.

Então é isso. Filme legal. Assista lá.
E você? Já viu? Faz sentido o que eu disse?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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