Rain (Regn) – um curta sobre… chuva?
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de post de curta metragem e eu tenho que trazer esse post que uma senhorita maravilhosa me apresentou. Então vamos nessa com Rain.
Rain (Regn) é um curta sueco de Johannes Stjärne Nilsson. O curta conta a história de uma mulher que tem uma chuva só para ela. Ela acorda e percebe gotas caindo em seu travesseiro. Logo vemos que está sempre, sempre, chovendo sobre ela. Sabe aquela gag de desenho animado quando tem uma nuvem de chuva apenas sobre uma pessoa. Pois é, chove apenas nela.
Assista aí ao Rain, depois eu comento:
Eu gostei bastante do curta, achei estranhamente divertido e a atriz é muito boa nesse papel esquisitíssimo.
Agora, o que me incomoda é essa mania que alguns canais de youtube têm de colocar uma “explicação” do curta no título do vídeo. “Vivendo com depressão”.
Quem pegou esse curta e colocou nesse canal acrescentou esse título, não é o título original do curta, que é apenas Chuva (Rain ou Regn). Ao contrário do Soft Rain.
Esse curta é mesmo sobre depressão? Tenho minhas dúvidas. Eu entendo a ideia de que é uma dor que só você sente e que você pode parecer bem, mas que na verdade você está passando por uma dificuldade de fazer as coisas básicas da vida. Porém, isso pode valer para outras formas de tristeza também. E além disso, não me parece que a depressão condiz com o final. Ela sorri para outras pessoas durante o curta, mas no final ela sorri sozinha. A experiência com a chuva “normal” faz ela lidar melhor com a sua chuva. Isso me parece pouco para depressão. Eu imagino depressão como algo mais complexo do que isso.
Penso em algo mais como luto, talvez. Uma dor de uma perda. Algo que chove em todos um pouco. Mas eu não sou psicólogo nem nada.
Enfim, fica a interpretação em aberto. Acho que a arte tem dessas coisas. Interprete como desejar. E me conta aqui nos comentários.
Então é isso. Curta legal. Adorei.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.
Eu amei a sua reflexão sobre luto. Sobre perda de alguém para a morte, para uma separação. Essa chuva que tem fases sobre nós – e aos poucos vamos nos encontrando em um outro lugar. Não que a depressão não seja uma interpretação possível também. Vai do sentimento de quem assiste. Concordo com você que atrapalha quando o título explica demais.