Saneamento Básico, filme nacional – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme brazuca das antigas. Um clássico bizarro do qual eu lembrava umas cenas, mas nunca tinha assistido inteiro (acho que tem vários filmes br que são assim). Então vamos nessa com Saneamento Básico.

Saneamento Básico (2007):

Saneamento Básico

Esse filme tem uma premissa muito simples. Uma cidadezinha no sul do Brasil precisa construir uma fossa. Eles fazem uma reunião e levam sua petição para a prefeitura. Acontece que a prefeitura não tem verbas para a obra, mas tem verbas para um vídeo. A verba é de um projeto federal e eles não querem devolver o dinheiro para Brasília (deus me livre de devolver dinheiro). Então a personagem da Fernanda Torres tem a ideia de fazer um filme sem dinheiro nenhum e usar o dinheiro para a fossa (quem nunca?).

Os personagens são super simples. Eles não tem a menor ideia de como fazer um filme (mas um amigo tem uma câmera). Eles sequer sabem o que é ficção (não que seja algo simples, pensando bem). Então eles decidem fazer um filme de monstro.

Daí o filme é uma comédia nonsense de um monte de gente sem muitas habilidades tentando fazer um filme. As atuações, de grandes atores fazendo personagens que não são atores atuando, são engraçadas demais.

A cena que eu lembrava, é o momento em que eles estão tentando entender o que é ficção. Eles olham no dicionário e vêm a palavra Quimera, que é um monstro. E eles confirmam que, sim, tem que ter monstro no filme.

O casal da Fernanda Torres com o Wagner Moura é um casal muito fofinho. Eles vivem brigando por motivos banais, mas são discussões bobas e as sutis demonstrações de amor deles são bonitinhas demais.

No fim eles conseguem concluir o filme com ajuda do Lazaro Ramos e com o patrocínio da Só Lindezas.

O filme é um sucesso, mas falta dinheiro e a obra da fossa não é concluída.

O que eu achei de Saneamento Básico?

Silene Siegal em Saneamento Básico

O filme é uma zona metalinguistica de gente improvisando sem conhecimento nenhum. Tanto Saneamento Básico quanto O Monstro do Fosso, são filmes com coração e isso é o que vale.

O Wagner Moura e a Camila Pitanga estão demais nos papéis, mas o destaque mesmo é pra Fernanda Torres. Gosto da persona dela, uma pessoa culta, mas nem tanto, que fez uma faculdade de Administração, mas está presa em uma cidadezinha. Gosto de como ela é super empolgada para escrever um roteiro com palavras bonitas ao mesmo tempo que ela é super insegura. A cena em que bate a bad e ela acha o filme deles muito ruim dá uma tristeza genuína, que me toca profundamente porque eu já passei por isso. Aquele momento em que você duvida do seu projeto e se arrepende do tempo que investiu nele.

O filme é uma comédia incrível que só poderia ser feita no Brasil. Ela é brasileira até o osso e isso é lindo.

Esse filme não está em nenhum streaming que eu conheço. Mas eu achei na pirataria mesmo. E eu não vou dar o link pra quem me pedir *wink*.

Então é isso. Filmaço brasileiro. Recomendo demais.
Mas e você? Lembrava desse filme?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. Carla Carrion disse:

    Que resenha mais linda!
    Captou a essência do filme: uma comédia excelente com toques de delicadeza e doçura.

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