THE PERFECTION – resenha sem spoiler

Salve, salve, seres humanos da terra.
Há algum tempo atrás, eu fiz um post com um trailer de um filme loucasso chamado The Perfection. A sinopse fala de uma moça prodígio no violoncelo que conhece a nova estrela de sua antiga escola. Por outro lado, o trailer já mostra umas paradas bem bizarras, com loucura, inveja, amor… e um cutelo.

 

Pois bem, eu não sabia como seria o filme, mas queria assistir mesmo assim. Então, finalmente eu o vi e vou dar o meu pitaco agora.

Eu sempre considero que o que está no trailer não é spoiler.

The Perfection – resenha sem spoiler

A primeira coisa a dizer é que, de cara, o card do filme na netflix já te entrega que o filme é LGBTQ, então, sim, as duas moças se pegam, mas isso é bem no começo do filme antes das coisas ficarem realmente interessantes (e esquisitas).

O filme começa com essa moça Charlotte (Alisson Williams), que era uma musicista fodona de um instituto, mas que se afastou para cuidar da mãe e ficou fora da cena musical por 10 anos. Agora, ela está de volta a cena, e descobre que existe uma nova mestra violoncelista, a Elizabeth (Logan Browning).

 

Elas se conhecem em um evento na China e logo ficam amiguinhas. Então elas resolvem fazer uma viagem e a Elizabeth começa a passar muito mal, com vômitos e com a sensação de larvas e insetos andando pelo seu corpo (a cena sinistra do trailer). Daí para frente, as coisas começam a ficar realmente esquisitas.

Enquanto uma avalanche de eventos começa a acontecer de forma muito rápida, o filme te apresenta ao passado de Charlotte e de Elizabeth e você vai sacando que toda a maluquice é justificada. E acho que isso é o máximo que eu posso falar sem dar spoiler. Nada é o que parece.

O que eu achei de The Perfection?

The Perfection é um filme de plot twist. A base da experiência dele são as viradas surpreendentes e a trilha sonora fantástica. Então fica difícil falar sem spoilar tudo.

O roteiro tem um problema de tratar um tema muito sério de forma meio displicente, usando só como um artifício para justificar as ações das personagens. Mas, tirando esse uso que me pareceu um pouco irresponsável (não tenho certeza, mas é a minha primeira impressão) o filme é simplesmente impecável.

 

A história parece meio boba no começo, mas daí todo mundo enlouquece e as coisas ficam muito interessantes e muito sinistras. Pode até ter umas paradas meio erradas no filme, mas a experiência cinematográfica é de tirar o fôlego. Durante metade do filme você fica pensando “Eita pooorra!”, enquanto na outra metade você pensa “E agora? O que essa galera vai arrumar?”.

É o tipo de filme que prende a atenção e deixa incomodado quase o tempo todo.

 

Do ponto de vista mais técnico, a edição do filme é muito legal, cheia de flashbacks chamados usando uns cortes bem interessantes, mas o destaque mesmo vai para a trilha sonora.

A trilha sonora é simplesmente sensacional! Tem momentos em que a trilha é diegética (quando as meninas estão tocando) e momentos em que notas (de violoncelo, ficando no tema) aparecem do nada para passar uma tensão bem pontuada. É muito bem feito.

Em resumo:

Tem um artifício de roteiro que me incomoda, mas isso não chega nem perto de estragar o filme. Acho que The Perfection é excelente como narrativa e assisti-lo é uma baita experiência legal. Recomendo bastante.

Assistan na Netflix.

Então é isso, um filme esquisito e cheio de viradas. Eu adorei.
E você, já tinha ouvido falar desse filme? Já viu e gostou? Não gostou? Por quê?
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Um abraço.
E tchau.