Tomates Verdes Fritos (1991) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme interessante que eu já tinha ouvido falar, mas achava que era qualquer outra coisa. Então vamos nessa com Tomates Verdes Fritos.

Tomates Verdes Fritos é um filme 1991 e eu conhecia o nome. Mas na minha cabeça de dodói eu achava que era um filme da família de Tomates Assassinos ou algo assim. Daí nunca peguei para assistir, até que uma pessoinha especial me disse que esse é um dos filmes da vida dela e eu topei assistir. E não, não tem nenhum tomate assassinando ninguém.

Tomates Verdes Fritos:

O filme se passa em dois tempos, nos dias de hoje e nos anos 1920 (meu deus, já estamos nos anos 20 de outro século). Nos tempos atuais temos Evelyn, uma mulher de meia idade em um casamento frustrado. Ela está visitando uma pessoa num asilo, quando ela conhece uma senhora fofoqueira que quer contar uma história para ela. E é a história dos anos 20.

Nos anos 20, temos a história de duas amigas, muito amigas meeeesmo: Ruth e Idgie. Ruth era a namoradinha adolescente do irmão de Idgie, até que ele morre atropelado por um trem depois de ficar com o pé preso. O tempo passa, Ruth se afasta da família porque seu contato era o namoradinho, enquanto Idgie fica traumatizada e cresce sendo uma jovem porra-louca. Ela frequenta bares, joga pôker, sai no soco com os maluco e tudo.

Quando a Ruth volta elas ficam muito amigas, mas daí a Ruth casa, elas se afastam de novo, a Idgie descobre que o marido bate nela e leva uns caras para tirarem ela de casa. Ruth está grávida e tem um menino, que vai sendo criado pelas duas. Elas abrem um café/restaurante que vende Tomates Verdes Fritos, que dá nome ao filme.

Daí acontecem várias outras tretas. Chega a Ku Kux Klan na cidade, querendo segregar os negros, mas a Idgie não aceita. A Ruth ajuda um cara que é um bêbado e está mal de vida. Elas ficam cada vez mais amigas e tal.

Roubo e assassinato:

A treta principal é que o marido da Ruth quer vir roubar o neném dela. Algo acontece e o cara desaparece. Até que anos depois o carro dele aparece num rio e começam a investigar o assassinato dele, mesmo não tendo corpo. A polícia quer acusar o Big George, um funcionário negro do restaurante, mas a Idgie não arreda o pé e vai com a acusação até o final. Ela acaba inocentada.

Ruth morre de doença em algum momento em uma cena muito triste, porém calma e bonita.

Vemos essa história em partes, porque ela é contada pela velhinha em vários dias em várias visitas. Enquanto isso, vemos a saga da Evelyn tentando transar com o seu marido que parece o Faustão jovem reviver seu casamento. Ela começa a trabalhar vendendo cosméticos, começa a ficar fitness e se tornar uma mulher corajosa, com apoio da senhorinha.

Final (spoiler de filme idoso):

No final (sim, vai ter spoiler porque esse filme tem mais de 30 anos), parece que a senhora morreu, mas não morreu ela foi embora, mas não tem mais casa, então a Evelyn convida-a a morar com ela e o marido, porque agora ela é poderosa e manda na própria vida. Então a senhorinha, que agora pode confiar totalmente na Evelyn, conta o final da fofoca. Quem matou o marido da Ruth e o que aconteceu?

E sim, esse filme sobre mulheres fortes, amizades e uma fofoca edificante, vira um filme de canibalismo. O cara chegou agredindo todo mundo para roubar o bebê, tomou uma pancada na cabeça e morreu. Daí tinham que decidir o que fazer com o corpo. E é isso, esquartejaram o maluco e venderam como churrasco no restaurante.

O Marido dela era da Klan, então foi fogo nos racista. E fogo nos racista a gente apoia.

E o filme termina com Evelyn levando a senhora para casa.

O que eu achei de Tomates Verdes Fritos?

Não gostei porque não tem nenhum fruto (tomate é fruto) assassinando nenhum ser humano. Então sou contra. É brincadeira.

Adorei o filme. Boa história, bons personagens nem tão complexos, mas também não simplórios, reviravoltas interessantes e um cenário muito bacana. É um filme sobre uma fofoca edificante, porque vemos a vida da Evelyn em função de uma história bem contada. E também tem a virada canibal maluca que é tratada com uma leveza sem igual para o tema.

No fundo é um filme sobre mulheres fortes de formas diferentes. Tem mulher forte e doida no caso da Idgie, mulher com cara de certinha, mas forte de sua própria forma também, no caso da Ruth. E a Evelyn constrói sua força durante o filme.

É um belo filme sapatônico meio enrustido, mas é um ícone e deu uma cutucada na mente de uma geração inteira. Então é meio que um clássico LgBtqiap+. Ele é baseado em um livro e parece que no livro fica mais claro que elas são um casal.

O filme já tem mais de 30 anos, então uma ou outra técnica é meio datada, mas são detalhes muito pequenos só para quem é bem maldito que nem eu.

Excelente, preciso agradecer a uma gatinha maravilhosa que me indicou esse filme e assistiu a ele comigo. Adorei.

Então é isso. Um filme que já tem idade para ter dor nas costas. Gostei.
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