VINGADORES: ULTIMATO – resenha SEM SPOILER

Salve, salve, seres humanos, árvores, guaxinins, deuses, alienígenas e todos os tipos de supercaras no universo.
Você já sabe que hoje estreou Vingadores: Ultimato. Todo mundo sabe disso.
Pois bem, acabei de assistir e vou dar os meus pitacos, SEM SPOILER.

 

Vingadores: Ultimato – resenha SEM SPOILER

(Pode ter spoiler dos filmes anteriores)

Um rápido Background:

O filme se passa logo depois do Vingadores: Guerra Infinita, onde o Thanos conseguiu juntar as joias do infinito e metade da população do universo virou farinha, incluindo vários dos heróis e heroínas do mundo todo. Dos que estavam no espaço e enfrentaram o Thanos no porradeiro que aconteceu em Titã, sobraram apenas o Tony Stark e a Nebula (nunca sei como é o nome dela aqui no Brasil, acho que Nebulosa.

Na terra, sumiu uma galera também. Um deles foi o Nick Fury, que mandou um chamado para a Capitã Marvel antes de sumir. Também é importante lembrar que os amigos do Homem Formiga também sumiram e deixaram ele preso dentro do “Reino Quântico” (só de escrever esse nome me da vontade vomitar).

Então esse é o cenário: Metade dos seres do universo viraram poeira; Homem de Ferro e Nebula estão no espaço; Capitã Marvel já está na terra e se enturmou com a galera (cena pós-créditos do filme dela); Os Vingadores (o que sobrou deles) está triste-melancólica; e o Homem Formiga está preso no mundo da pseudo-ciência nervosa.

Sobre a estrutura do filme:

É difícil falar da estrutura sem dar spoiler, isso por quê logo no começo do filme acontece uma parada que não está nos trailers e que quebra totalmente a expectativa.

O que da para dizer sem quebrar muito é: algumas coisas que pareciam complexas são resolvidas muito rapidamente e outros problemas surgem do nada.

Uma coisa que todo mundo já sabia e que rola mesmo (dava para saber pelos trailers), é que tem viagem no tempo (e no espaço) através do reino quântico e da tecnologia das Partículas Pym. A ideia é aquela mesmo: voltar no tempo, pegar as joias e desfazer o que o Thanos fez, mas relaxa que isso acontece em menos de meia hora de filme (o filme tem 3 horas!).

O que da errado com esse plano é que deixa a coisa mais interessante lá para frente e esse spoiler eu não vou dar (talvez em outro post).

O que é Vingadores: Ultimato?

Existem algumas características principais que eu posso comentar sem “piorar” a experiência de quem vai assistir ao filme.

Depois de Guerra Infinita da para imaginar que esse filme vai ser uma extensão do clímax anterior e que vão ser 3 horas de porradeiro desembestado sem hora para acabar. Quem achava isso pode até ter achado o começo do filme chato, já que a estrutura do filme não é essa.

A estrutura do filme parece um pouco o esquema das mega sagas dos quadrinhos, com missões e funções paralelas para que cada grupo de heróis possa aparecer um pouco em seu devido tempo (isso também tem o efeito prático de não manter todo mundo em cena o tempo inteiro). A viagem no tempo é a ferramenta para isso.

Dessa forma, me parece que, esse filme não é, por si só, um clímax estendido do filme anterior. Vingadores Ultimato funciona muito mais como o fim desse grande arco de 10 anos do universo Marvel e usa o artifício da viagem no tempo como ferramenta para fazer um ode saudosista a tudo que já rolou nesse universo.

 

E o terceiro terço é porradaria para todo lado com uma porrada de personagens, exatamente como o fim de qualquer mega saga deve ser.

Então, resumindo, Vingadores Ultimato é uma ode a todo o passado do Marvel Cinematic Universe, com direito a cenas do primeiro filme dos Vingadores.

E isso é importante de falar: Os personagens que tem arco nessa história são os personagens do primeiro filme dos Vingadores: Capitão América, Homem de Ferro, Viúva Negra, Thor, Hulk e Gavião Arqueiro. Os personagens atuais super queridos, como Homem Aranha, Pantera Negra, a Capitã Marvel e até o Thanos tem papéis secundários no filme. As estrelas são os Vingadores “originais”.

O que eu achei do filme?

Eu gostei bastante do filme!

O roteiro de resolver as coisas inventando uma viagem no tempo é meio capenga? É.
A ideia do Thanos de eliminar, aleatoriamente, metade da vida do universo por que isso traria equilíbrio (instituto de pesquisa Data Foda-se) continua sendo horrível? Sim.
Ainda não entendi o que diabos o Caveira Vermelha está fazendo como personagem místico no espaço? Sei lá.
O roteiro perde tempo resolvendo coisa que não importa só para mostrar os personagens sendo legais? Também.

Apesar disso tudo, eu mantenho a minha ideia de que esse filme funciona como uma mega saga de quadrinhos. A maioria das mega sagas tem roteiros capengas para justificar páginas duplas com muitos personagens fantasiados se porrando loucamente! É isso!

Nos quadrinhos isso já enjoou porque tem muito, mas no cinema, essa quantidade de personagens e o nível megalomaníaco de destruição e porradaria é uma parada muito grande. E muito legal de assistir!

Alguns pontos Fracos:

Assim como em Homem Formiga e a Vesta, toda a ciência nesse filme é pura baboseira. Pelo menos eu já me acostumei com baboseira de viagem no tempo e já sei lidar com isso, ao contrário da baboseira de “cura com energias quânticas”.

O nível de poder do Thanos varia muito de um momento para outro e varia de acordo com o oponente. É uma saída fácil, bem compreensível, mas incomoda um pouquinho.

O roteiro corre para fechar algumas coisas, especialmente com os personagens secundários. Isso deixa alguns diálogos bem simplificados, tipo “É isso? É. Então tá”

 

Alguns pontos Fortes:

Os personagens que são destaque no filme estão TODOS muito bem. O Thor tem um arco bem legal. O Hulk tem uma virada bacana. O Gavião Arqueiro e a Viúva Negra vivem uma história fantástica. E, claro, Capitão América e o Homem de Ferro resolvem tudo o que tem que ser resolvido.

A Marvel podia tentar focar em todo mundo e falhar miseravelmente, mas preferiu bater o pé e afirmar: “Esse filme é o fim desse ciclo, o ciclo do primeiro Avengers“. Para mim isso deu super certo. Tanto que alguns personagens que eu curto muito tiveram papéis reduzidos e eu nem me importei. Acho que funcionou.

O jeito como eles resolveram a Capitã Marvel foi bem legal. Colocaram ela no jogo sem muita enrolação e conseguiram não deixar ela presente o tempo todo para desnivelar o rolê. Isso funcionou muito bem.

E as brigas são foda! Simples assim.

 

Em resumo:

Vingadores: Ultimato é um baita filme gostoso de ver no cinema. O roteiro está longe de ser genial, mas entrega o que promete: uma história simples com muito personagem, muita nostalgia e o principal, gente fantasiada se batendo.

Recomendo bastante. Veja no cinema que o telão recompensa, mas evite o 3D.

 

Então é isso, baita filme longo. Baita resenha longa. Recomendo.
E você, já assistiu? Concorda comigo? Discorda de mim?
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Um abraço.
E tchau.