A Menina que Roubava Livros – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de literatura, isso porque eu lembrei que eu sei ler e acabei lendo uns livros aí. Acredite se quiser. Então vamos nessa falar de uma menina que também sabe ler e rouba uns livros aí. Vamos nessa com A Menina que Roubava Livros.

A Menina que Roubava Livros

A Menina que Roubava Livros é escrito por Markus Zusak, que é um australiano, mas é filho de um austríaco e uma mãe alemã. O livro se passa na Alemanha nazista, majoritariamente fora dos fronts de combate, mas o Zusak se baseou nas experiências dos pais, que eram crianças na época.

A Menina que Roubava Livros – resenha:

A protagonista é uma menininha chamada Liesel Meminger. Ela e seu irmãozinho estão para ser deixados para adoção, pois sua mãe não pode criá-los, mas seu irmãozinho morre na viagem e esse é seu primeiro contato com a morte. E é o primeiro contato dela com o roubo também, pois ela rouba o manual do jovem coveiro, deixado cair por um jovem coveiro. Ela ainda não sabe ler, mas esse livro que é a última coisa que a liga a seu irmão a fascina.

Então ela é entregue na casa dos Huberman. Hans e Rosa Huberman são um casal de alemães de bom coração em um momento difícil da guerra. Hans é doce e amável, enquanto Rosa é uma matrona gritalhona e severa, mas com um grande coração também.

Outros personagens:

A partir daí acompanhamos a vida da jovem Liesel e dos outros moradores da rua Himmel enquanto o país se torna mais e mais nazista e a guerra se aproxima. Além de Liesel, acompanhamos Rudy Steiner, o jovem que é melhor amigo de Liesel e fica querendo um beijo dela até o final.

Outro personagem muito importante é o judeu de nome Max Vanderburg. Ele é um judeu, filho de um homem a quem Hans Huberman devia uma promessa. No meio da caça aos judeus ele é enviado para a casa dos Huberman, que o acolhem no porão. Isso vai gerar um drama a mais para a família, mas também vai gerar uma grande amizade e muitos aprendizados para uma jovem garota alemã.

Durante a fogueira de queima de livros, Liesel rouba um livro da fogueira e é vista por Ilsa Herman, a esposa do prefeito, para quem sua mãe lava e passa roupas. Isso vai gerar uma proximidade entre a menina e a mulher que perdeu um filho. Depois elas brigam e Liesel começa a roubar livros dela também. É uma relação estranha.

Temos ainda personagens que aparecem menos, mas que servem muito bem para compor o panorama da rua Himmel. Os filhos de Hans, a vizinha que teve filhos mandados para a guerra. A família Steiner. A dona da vendinha que é nazista mesmo e fã do Hitler. Dentre outros personagens.

Concluindo:

No fim das contas a guerra chega à rua Himmel. Primeiro em forma de pobreza e racionamento. Depois em forma de Max Vanderburg. Depois alguns homens são convocados. E então vêm os bombardeios.

Tudo isso implica na virada final que eu não vou comentar, mas é bem consistente. E bem triste também.

Morte:

Eu não comentei até agora, mas o livro é narrado pela Morte. Ela conta a história de um livro escrito pela própria Liesel Meminger em seu porão. Então funciona assim: A Liesel é uma menina que presencia a morte em vários momentos, então a morte sempre vê ela.

Então um dia ela começa a escrever a própria história em um livro (o que é muito importante porque no começo do livro ela tem muita dificuldade em ler e escrever), mas ela perde esse livro e a Morte faz algo que ela não deveria fazer. Ela coleta o livro. E isso faz com que ela conheça a história da Menina que Roubava Livros, mas ela nos conta do seu jeito, falando sobre como é levar as almas e sobre as cores do céu.

É interessante, mas tenho uma consideração a fazer.

O que eu achei de A Menina que Roubava Livros?

O livo é bem legal por dois motivos muito simples: O período é um período muito intrigante (e interessante pelos motivos errados). E porque a protagonista é muito legal.

A história é muito bem amarrada e o que faz o final ser o que é, é construído com calma e tranquilidade, mesmo em um cenário horrível e deprimente que é a alemanha nazista. Além disso a narrativa é muito fluída com um ritmo legal e metáforas muito bem colocadas em momentos chave. É inteligente sem ser pedante.

Tem a coisa da Morte, que quer contar a história dando spoiler. Isso é um pouco irritante. Parece que o autor fazia muita questão que soubessem que ele já sabia o final enquanto escrevia o começo. Então todo o começo é meio que “olha, vão acontecer uns negócios tristes hein. Fica esperto”. E isso é chatinho demais, porque ele quer dar pitaco, mas sem dar spoiler. Então no começo tem umas boas frases que não servem para dizer nada de coisa nenhuma, porque você ainda vai ler aquelas coisas.

Lá pela metade do livro isso fica interessante, porque você já foi apresentado aos personagens, já tem um setup da história e com as pistas você deduz o resto. Mas no começo é muita falação espertinha. Mesmo relendo da segunda vez, eu vi que não agrega muita coisa.

Mas tirando isso, é um livrão. Recomendo.

Agora vou ver o filme e devo resenhar aqui também.

A Menina que Roubava Livros

Então é isso. Livro legal. Tive que reler porque esqueci de resenhar a primeira vez. Gostei de novo.
Mas e você, já roubou algum livro?
Deixe aqui um comentário.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

Você pode gostar...

1 Resultado

  1. 1 abril, 2023

    […] O Diário de Anne Frank (Tagebuch der Anne Frank) é um livro publicado em 1947 (depois da Segunda Guerra Mundial) com textos escritos pela jovem Anne Frank entre junho de 42 e agosto de 44. Ela era uma judia que vivia nos Países Baixos (que a gente chamava de Holanda), durante a ocupação Nazista. […]

Deixe uma resposta