Maldita (continuação de Condenada) – de Chuck Palahniuk – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um tempinho que eu resenhei o Condenada, um livro do Chuck Palahniuk (aquele cara do Clube da Luta). Era para ser uma trilogia, mas parece que o terceiro livro nunca saiu. Pois bem, li o segundo livro, o Maldita, mas estava enrolando para resenhar. Mas chegou a hora, então vamos lá.

Maldita (Doomed) – resenha

Para falar do segundo livro eu vou ter que dar spoiler do final do primeiro. Então está avisado.

O Condenada termina com a Madison, a menina morta de 13 anos, presa na terra depois de perder sua carona de volta para o inferno na noite de Halloween. Agora a garota morta é uma fantasminha nada camarada presa na terra.

No final do primeiro livro é revelado que toda a história da Madison é escrita pelo capeta. Tudo que ela faz, já fez, e vai fazer faz parte de um plano maligno previsto, planejado e profetizado por Satã e seus amigos.

Agora, o mundo dos vivos vive um surto de uma nova religião chamada rudismo. Isso aconteceu porque Madison ligou para seus pais (no final de Condenada) e deu mensagens de falsas coisas que eles deveriam fazer para ir para o céu. Coisas como falar palavrão, peidar, cuspir no chão, essas porras. Acontece que os pais acreditam nisso e passam a mensagem para frente, então Madison é responsável por um recorde de almas indo para o inferno.

Enquanto viagem como gasparzinha pela terra para encontrar seus pais junto com um médium noiado, Madison relembra seu passado, quando passou um tempo na fazenda com seus avós. Descobrimos que os amigos dela no inferno, já se comunicavam com sua família há várias gerações e guiaram tudo na vida deles para chegar naquele momento, onde Madison traria o apocalipse usando seus pais. E tem uma história bizarra com a jovem Madison, seu avô e um gloryhole.

Em paralelo a isso, temos uma outra Madison feita com o esperma de Satã, preso em uma camisinha, sendo gerada no lixo. Uma ilha de plástico gigante. E mais um monte de bizarrices.

Tudo culmina para o apocalipse enquanto Madison lembra do passado e de como toda a sua família foi manipulada por seus ‘amigos do inferno’.

O que eu achei de Maldita?

Tem uma sagacidade em ‘era tudo um plano do demônio’, porque isso explica a sorte brutal que a Madison tem durante todo o primeiro livro. Mas, por outro lado, esse é o grande problema do livro também. Eu já entendi que é tudo um plano (mesmo que no passado seja interessante), não precisa ficar repetindo o conceito o tempo todo.

Tem umas boas bizarrices, em especial a parte na Ilha de Trânsito (é uma cena bizarra, digna de Assombro), mas tem umas piadas que são só bobagem. O rudismo é uma imbecilidade leva a sério demais. As pessoas tem uma religião baseada em peidar e falar palavrão e isso fica insuportável muito rápido.

Outra coisa chata é a tiradinha tecnológica que o livro tenta ter. O livro é escrito como como se a Madison estivesse escrevendo um blog, mas ela fala como se estivesse escrevendo no twitter. E isso não ajuda em nada. Não serve para nada. Só enche o saco.

E ainda por cima ela usa a expressão Control + Alt (que aparecem no primeiro livro) para descrever emoções. E isso claramente não funciona. É bem triste para dizer o mínimo.

“Com isso, o resto do meu fantasma escorre da tomada intacto, mas Control + Alt + Desiludido”

A parte da Madison jovem na casa da avó é muito maneira. O resto, tem conceitos interessantes, mas é muito chato por ficar repetindo uns elementos muito ruins. E o final não encerra nada de coisas nenhuma, deixando a conclusão para um terceiro livro que não vai sair.

Em Resumo:

Algumas coisas interessantes, perdidas no meio de um livro muito mal amarrado e que não termina.

Não recomendo a leitura desses dois livros, Condenada e Maldita é frustrante o final ( a falta de final ).

Então é isso, triste resenhar um livro muito meia boca de um autor que eu gosto tanto.
Mas e você, já leu? Concorda? Não leu e perdeu a vontade?
Deixe sua opinião aqui na área de comentários.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.