Batman e Mulher Maravilha (Brave and the Bold) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu trouxe uma história com dois dos maiores heróis dos quadrinhos: Batman e Mulher Maravilha. Mesmo sendo com esses grandes heróis, isso não garante que a história seja boa. Mas vamos lá falar de Brave and the Bold: Batman e Mulher Maravilha.

Batman e Mulher Maravilha Brave and the Bold

The Brave and the Bold (O Bravo e o Audaz) é uma série clássica da DC lá dos anos 50. Sempre foi uma revista para testar parcerias e grupos, tanto que as primeiras histórias da Liga da Justiça e do Esquadrão Suicida aconteceram nessa revista. Essa primeira versão teve 200 edições e várias tentativas de relançamento foram feitas depois. As coisas mudam bastante, mas sempre com a ideia de parcerias.

Essa nova versão é de 2018, e é uma minissérie de 6 edições com uma história fechada do Batman com a Mulher Maravilha. Então vamos lá falar dessa história da Princesa Amazona e do Cavaleiro das Trevas.

O roteiro e a arte são do Liam Sharp.

The Brave and the Bold: Batman e Mulher Maravilha:

A história se passa em um lugar chamado Tír Na Nóg, o reino perdido das fadas. Os povos faerie estão presos nesse lugar já que as “calçadas” para nosso fundo foram fechadas. Uma guerra está prestes a começar e os dois povo principais estão começando a brigar mais uma vez. Esses povos são os Fomorianos e os Dé Danann.

Tem um deus antigo responsável por esses povos: Cernunnos. Para impedir a guerra, ele resolve pedir ajuda a uma pacificadora, a Mulher Maravilha. Então ele interrompe a lua de mel dela com o Steve Trevor para pedir ajuda. Diana aceita ajudar e quando chega lá, o rei está morto.

Enquanto isso, no bairro irlandês de Gotham, pessoas ficam catatônicas e o Batman vai investigar. Além disso, vemos um druida falando umas doideiras.

Tem um suspeito do assassinato do rei, mas Diana usa o Laço da Verdade nele e vê que ele não matou. Então ela resolve chamar um detetive para ajudar na investigação. Então trazem o Batman.

Investigação em Tir Na Nóg:

A investigação é bem morosa, mas os heróis descobre algumas coisas. A rainha conta a história para eles, que envolve uma guerra com um vilão chamado Balor Evil-Eye. Eles descobrem que as fadas apagam as próprias memórias para suportar viver em Tir Na Nóg por toda a eternidade. E descobrem que, acima de tudo, o rei morto, Elatha, queria libertar seu povo.

Eles descobrem que alguém roubou o braço de prata do corpo do filho do rei e isso quase leva a uma guerra porque alguém conspurcou o corpo.

Finalmente o Batman tem a ideia de conversar com a única testemunha (já na edição 5) e descobre que o rei estava rindo e dizendo que “funcionou” antes de morrer. Então ele resolve tudo, porque ele é o Batman.

Batman e Mulher Maravilha Brave and the Bold

O Plano:

O próprio rei roubou o braço de prata do filho e descobriu algum jeito de fazer uma magia muito doida que permitiria que ele trocasse de corpo com o mendigo druida lá de Gotham. Então o druida ficou feliz de ter ajudado, estava rindo porque deu certo, mas morreu em seguida. O guri que achou o corpo era só um pobre coitado com azar.

Em Gotham, o rei das fadas corta o próprio braço (que é um pecado para as fadas) e coloca o braço de prata no lugar. Com a magia ele consegue abrir as calçadas e libertar as fadas. Esse era plano do rei, mas ele não contou nada para ninguém e esse é o problema.

A Guerra:

Do nada, as portas do mundo das fadas são abertas e ninguém sabe o porquê (porque o rei não contou para ninguém). Então Balor, o suposto vilão da guerra do passado, que não tinha feito nada até agora, reaparece e fala: “Então moçada, eu libertei vocês. Bora marchar comigo”.

Isso começa uma nova guerra que acontece na correria, porque o roteiro gastou 5 edições com uma investigação muuuuito lenta.

A guerra é resolvida na correria, o deus Cernunnos morre, Balor derrota o rei Elatha, mas a Mulher Maravilha vem voando e derrota ele com um socão no olho (que é a fonte de poder do vilão). A Guerra acaba tão rápido quanto começou.

Enquanto isso, Batman usa gás do sono para parar as fadas que estão entrando em Gotham.

Batman e Mulher Maravilha Brave and the Bold

Epílogo:

No finalzinho, já para acabar a história, Cernunnos ressuscita como um bebezinho sátiro fofinho. E em Gotham, o Batman comenta que as próprias fadas se trancaram lá por algum motivo. Eles perderam a liberdade para trancar algo muito sinistro e do mal.

E agora as calçadas estão abertas entre os mundos.

Fim da edição.

O que eu achei de The Brave and the Bold: Batman e Mulher Maravilha ?

Gosto da ideia de usar essa mitologia irlandesa para uma história da Mulher Maravilha. O potencial do encontro de mitologias é bem interessante. O Batman não se encaixa nesse cenário, mas colocaram um mistério para justificar a presença dele. O problema é que o mistério é ruim. A Mulher Maravilha fica sendo a explicadora de coisas para o Batman, ao mesmo tempo que outros personagens ficam explicando coisas para os dois.

A sensação é que essa poderia ser uma bela história se o background já estivesse construído. Mas como não estava construído, a história é um amontoado de diálogos expositivos e flashbacks de personagens com os quais ninguém se importa.

No fim, tem um plano que não é do mal e não incomoda ninguém (o rei podia ter contado para todo mundo de boa) e uma guerra relâmpago para justificar uma ceninha de ação com a Diana. É tudo fora do lugar.

Tem páginas com designs muito bonitos, porque usam elementos gráficos meio célticos (ou pelos menos simulando), mas os desenhos dos personagens eu não achei tão bonitos. A Mulher Maravilha está bonita, mas aí é fácil.

Em geral, a história é bem fraca e eu não recomendo. Acho que isso nem saiu no Brasil, porque é uma história totalmente esquecível.

Mulher Maravilha punchs Balor Evil-Eye

Então é isso aí. Batman e Mulher Maravilha, dois dos maiores heróis em uma história bem meia-boca. Não recomendo.
Mas e você, acredita em fadas?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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