Cosmogonias (hq nacional) – resenha
Salve, salve, seres humanos e tatus-bolinha da terra.
Voltando a falar de quadrinho nacional por aqui. Hoje eu quero falar de Cosmogonias, hq de Cadu Simões financiada pelo catarse.
Cosmogonias, por Cadu Simões – resenha.
Cosmogonias é uma série de histórias curtas em uma hq pequenininha, rápida e muito agradável de se ler, todas envolvendo a criação de universos, a linguagem dos quadrinhos e a vida em si como elemento primordial da narrativa.
A primeira história fala sobre um universo que acaba e um novo que começa tendo as histórias em quadrinhos como base.
A segunda mostra Tánatos, a morte, tentando impedir que um homem se mate para não precisar trabalhar e poder ensaiar com sua banda de Death Metal. Uma lição de vida ensinada pela morte.
A terceira conta uma cosmogonia, uma criação de universo, como o boot de um sistema informacional que começa a ser criado do Kaos, uma massa de informação discorde e disforme, e chega a nosso estado atual, o estado de uma tragicomédia.
Na quarta história temos a batalha de um centurião romano enfrentando uma medusa em um mundo de metalinguagem envolvendo quadrinhos.
A quinta história é em prosa, e não em quadrinhos, e conta uma história de reconstrução. Morte. Um encontro com o senhor dos mortos. O retorno e a arte.
A sexta e a última história fala do desaparecimento dos tatus-bolinha. Onde foram parar os bichinhos com os quais as crianças brincavam?
O que eu achei? Eu já comentei por aqui que eu adoro histórias curtas, sejam contos, curtas metragens e isso vale para quadrinhos também. Por mais que em narrativas longas o escritor/roteirista possa criar coisas interessantíssimas, é nas narrativas curtas que os autores têm o grande desafio narrativo que é resolver uma história com pouco espaço.
É isso que faz essa coletânea tão legal. Todas as histórias são muito legais e você não precisa de compromisso para lê-las. 5 minutinhos você lê uma história e se diverte. Em uma viagem de ônibus você lê a revista inteira.
As histórias são muito legais. O Cadu Simões manda muito bem no roteiro e os artistas são todos muito interessantes também, em especial o Juliano Kaapora, que me quebrou com a última página de A Jornada do Herói Quadrinista, e a Camila Torrano com suas referências clássicas em Onde Estão os Tatus-Bolinha.
Eu não sei onde a revista está à venda, mas você pode dar uma olhada na página da Aedo edições que fez a edição.
Veio junto uma edição de Homem Grilo & Sideralman, que pode vir a ter review também, quem sabe?
Roteiro: Cadu Simões.
Arte: Jozz (Cosmogonia),
Mario Cau (Always Look on the Bright Side of Life),
Mario Cesar (Primeiro Estásimo de uma Cosmogonia Quântica Hesiódica Platônica Ovidiana),
Juliano Kaapora (A Jornada do Herói Quadrinista),
Camila Torrano (Onde Estão os Tatus-Bolinha?)
e Will (Catábase)
Se quiser conhecer mais quadrinhos nacionais, veja também esses outros posts:
665 A Visinha da Besta, por Thiago Holsi
Persistente, por Bianca Reis
Mare Rosso, por Chairim
Cerulean, por Catharina Baltar
Era Uma vez um Feliz para Sempre, por Estúdio Armon
Então é isso galera. Revista excelente. Se puder comprem.
Leiam, comprem e financiem o quadrinho nacional.
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Um abraço.
E tchal.
post publicado originalmente por mim no portal Cultura Nerd e Geek