DINASTIA M (hq da Marvel) – resenha (parte 2)

Salve, salve, seres humanos e mutantes da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu vou continuar a resenha que eu comecei na semana passada. Eu tinha falado das quatro primeira edições de Dinastia M, então agora, para acabar vou falar das edições 5 a 8. Não li os tie-ins e dá para entender a história normalmente. Então vamos lá.

Para saber do que a história se trata, leia a primeira resenha. Eu vou fazer um resumo bem resuminho, mas para entender leia lá.

Resumão das 4 primeiras edições:

Dinastia M começa com a Feiticeira Escarlate devastada e com os Vingadores e os X-Men decidindo se devem matar ela, porque ela sempre enlouquece e acaba fazendo merda. Na última vez, ela matou o Gavião Arqueiro, o Visão e Homem Formiga.

Chegando em Genosha para conversar com ela e decidir o que fazer com ela, os heróis são atingidos por um clarão e acordam em um mundo diferente. Nesse novo mundo, os Mutantes são a maioria e os “Sapiens” sofrem bullying. A família Magnus é tipo uma realeza em Genosha, e a SHIELD é uma polícia Mutante.

Wolverine é o único que lembra de como o mundo era e começa a se revoltar. Ele se une com a resistência humana, que tem uma menina chamada Layla. Layla lembra das coisas e tem o poder de fazer as pessoas lembrarem. Então eles vão até Emma Frost e libertam ela.

DINASTIA M #5 a #8 – resenha

A quinta edição se passa toda com o novo grupo buscando os heróis e libertando as mentes de cada um, fazendo com que eles lembrem do mundo “real”. O grupo liberta o Ciclope, Homem Aranha, Kitty Pride, Miss Marvel (Carol Denvers), Tony Stark, Demolidor, Dr Estranho e Mulher Hulk. Além disso, a galerinha do time da Shield, corre atrás do grupo e acaba tendo a mente corrigida também.

O mais marcante é o Homem Aranha, porque nesse mundo ele está feliz casado com a Gwen Stacy e nesse mundo o tio Ben está vivo. Então quando ele se lembra, ele lembra da morte da Gwen e o tio Ben. Ele fica muito abalado e o Wolverine ajuda ele a se recompor.

No fim da edição vemos a família do Magneto pela primeira vez. E somos apresentado a um memorial para Charles Xavier.

Preparação

A sexta edição é a preparação para a batalha e trabalha um pouco o psicológico dos personagens. Magnus está dando uma festinha com pessoas importantes do mundo inteiro: Dr Destino, Ororo, T’Chala e Namor.

Enquanto isso, Emma Frost domina a Shield e o grupo parte para cima de Genosha. Chegando lá o plano é simples: O Estranho vai tentar entrar em contato com a Wanda, Emma Frost e a Layla vão tentar encontrar o Xavier com ajuda do Manto. E o resto vai sair na porrada como distração. Simples assim.

A edição acaba com o grupo da Rainha Branca encontrando o memorial ao Xavier, mas o Manto vê que o corpo não está lá.

Porradaria:

A edição 7 é o clímax. Enquanto a porradaria acontece, o Dr Estranho consegue conversa com a Feiticeira Escarlate. Ela parece meio avoada, como alguém que queria um mundo de paz, mas não imaginava que o pau fosse voltar a quebrar. O Dr. Estranho está achando que foi o Magneto que mandou ela fazer isso, mas aí ela revela (em um flashback) que foi o Pietro que fez isso.

Lá na luta, o Mercúrio se mostra poderoso e sai batendo em todo mundo. Magneto encontra a Emma Frost, mas já que não foi ele quem mandou a parada, a Layla usa seus poderes e Magneto se lembra do mundo real e fica sabendo o que o Mercúrio fez.

O confronto final é entre Magneto e o Mercúrio. O Gavião Arqueiro aparece e acerta uma flecha na Feiticeira, porque ele sabe que foi assassinado por ela na linha do tempo normal. Magneto mata o Mercúrio.

Wanda recupera a consciência total dos seus poderes, apaga o Gavião Arqueiro, ressuscita o Mercúrio e começa a falar com quem está por ali. Ela culpa o Magneto por fazer a vida deles um inferno. O problema é que eles são mutantes.

Então, finalmente, chega a cena que talvez você já conhece. A Feiticeira Escarlate diz “Sem mais Mutantes”. Uma explosão. Um clarão. Fim da Edição.

Conclusão:

A edição 8 é um epílogo com as consequências dessa maluquice toda. O mundo voltou ao normal, mas algumas pessoas, que estavam protegidas pela Emma Frost, lembram da coisa toda. O Homem-Aranha lembra e é um dos mais sofridos.

Aparentemente tudo voltou ao normal. Mas, enquanto isso, na escola Xavier, vários mutantes estão perdendo poderes. Muitos mutantes deixaram de ser mutantes (perderam os genes e os poderes) e essa á a grande consequência.

É deixado uma pista de que o Gavião Arqueiro vai voltar. Os X-Men vão atrás do Magneto naquela Genosha destruída e descobrem que está sem poderes. Xavier e o Mercúrio seguem desaparecidos.

E por fim, vemos uma Feiticeira Escarlate que não lembra quem é (e parece não ter poderes) em algum lugar do Leste Europeu.

E assim acaba a história, com uma redução gigante na quantidade de mutantes no mundo, Feiticeira Escarlate, Mercúrio, Xavier e Magneto fora do jogo. Fim de Dinastia M.

O que eu achei de Dinastia M (House of M)?

Essa é uma daquelas histórias da Marvel que não é ruim, mas envelheceu mal. Eu acho que ela funciona como narrativa, porque tem bons diálogos, e cumpre seus propósitos editoriais, reduzir a quantidade de mutantes e tirar a Feiticeira Escarlate da jogada.

O problema é que, hoje, já sabemos que nada disso mais vale. Em algum momento ela volta e nada mais disso importa. E volta em uma fase que nem é tão boa (eu vou reler para resenhar aqui, aguarde). Então tudo que tem de épico, acaba esquecido no tempo.

Ainda é uma boa história, especialmente por conta do drama do Homem-Aranha, mas tem bons momentos com os dramas familiares do Pietro com a Wanda. Tem um ótimo momento quando ele descobre que vão matá-la (ainda na primeira edição), mas o Magneto se questiona se não seria melhor mesmo.

É uma discussão séria e ela permeia toda a história. Matar ou não matar? Quando ela vai pirar de novo? Deixar a Feiticeira Escarlate viva é como viver sob a vontade de uma deusa louca?

É claro que isso é um recurso muito usado, especialmente com personagens femininas. Mulheres poderosas enlouquecem. E isso é um problema também. Mas, mesmo assim, é um tema a ser discutido sim.

Eu gostei da história. Recomendo que você leia só a minissérie principal mesmo. Os tie-ins devem contar histórias de como são as vidas desses personagens nesse mundo da Dinastia M. Mas não devem acrescentar muita cosia.

Isso saiu aqui no Brasil em um encadernado fechado, mas está meio caro por aí.

Então é isso, um quadrinho legal. Gostei.
Mas e você, já leu? Ficou com vontade?
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Um abraço.
E tchau.