Homem Animal 18 e 19 – drogas (parte 9)

Salve, salve, seres humanos da terra.
Continuando minha série de resenhas da fase do Grant Morrison no Homem Animal. Essas edições que eu estou resenhando hoje são as primeiras do terceiro encadernado, que já segue para a conclusão da fase. Então vamos lá.

Relembrando: Na edição anterior, o Homem Animal ganhou definitivamente o status de ecoterrorista e, enquanto isso, Lennox pegou o trabalho de se livrar dele. No fim da edição, Buddy encontra Highwater em sua casa, pedindo ajuda.

Brincando nos Campos do Senhor – Homem Animal #18

Homem Animal 18 capa

Essa história começa com uma página dois dias no futuro. Dois amigos de Buddy falam com ele, mas ele parece catatônico. Então o tempo retrocede e voltamos para o dia em que o Highwater chegou lá.

Highwater tinha aparecido na casa dos Baker com as pernas sendo apagadas, mas agora ele já está melhor. Ele conversa com o Homem Anima e conta um pouco da própria história (ou do que lembra dela) e resolve mostrar o recorte da página em quadrinhos que ele encontrou no Arkham (lá na edição 10). Mas, a página desapareceu e agora o papel é um mapa. O mapa aponta para uma reserva indígena no Arizona. Ele entende que toda essa loucura na vida dele, e os fragmentos de informação que ele encontra estão o guiando para algo grande, que deve se concluir lá. O Homem Animal aceita ir com ele.

Eles vão até lá, escalam uma meseta e, no caminho, encontram botões de peiote. Entendendo que é o destino, eles tomam o peiote e começam a ter alucinações. Daqui em diante todas as páginas são psicodélicas e com um monte de elementos que fazem referências a acontecimentos passados e dão pistas sobre o que vai acontecer. Não vou ficar descrevendo porque não faz sentido.

Algumas coisas importantes:

Posinha, a rapoza (citada pelo homem desconhecido na edição 10) aparece e serve como guia para o Homem Animal. Ela traz mensagem do “mundo acima” (citado na edição 5). O Homem Animal finalmente visita e entende o que é o Gabarito (ou campo morfogenético) ao qual ele está conectado e de onde ele tira os poderes. E, além disso, ele vê pinturas aborígenes que mostram a Crise (nas infinitas terras) e apontam que uma segunda crise está por vir (Crise Infinita vai acontecer só em 2005). Enquanto isso, Highwater encontra seu próprio totem, que é uma Águia gigante.

Na última página da edição, Ellen Baker, a esposa do Buddy, recebe a visita do Lennox, o assassino.

Uma Nova Ciência da Vida – Homem Animal #19

Homem Animal 19 capa

Essa edição continua a loucura e a viagem do droga dos dois personagens, mas segue mais para o campo da metalinguagem dos quadrinhos, com uma pitada de física teórica. Buddy vê um grande mar de sangue e um universo vazio, uma parede negra infinita. Então, pela primeira vez, o Homem Animal cai para fora dos quadros dos quadrinhos.

Em um espaço em branco, fora dos quadros, ele encontra sua versão antiga, a versão original, apagado durante a crise. Ele (o antigo) reclama que a vida dele foi apagada assim como as vidas de milhões. Mas quem é o culpado?

E aí, finalmente, Buddy olha para trás e vê você (quem está lendo). Pela primeira vez ele nos enxerga, lendo os quadrinhos.

Homem Animal i can see you


Highwater fala para Buddy sobre a teoria da Ordem Implícita, do Bohm, conectando com o conceito de Tempo Sonho, mas logo depois ambos são devorados por uma baleia, junto com Posinha, a raposa. Por fim a onda passa, eles trocam uma ideia rápida e o Homem Animal volta para casa.

Em casa, ele encontra sua esposa e seus filhos assassinados. No dia 27 de setembro. Depois disso ele fica em estado catatônico, mostrado na primeira página da edição anterior.

Fim da edição.

O que acontece quando a continuidade muda?
O que acontece com todas aquelas vidas?
Quem é responsável?

O que eu achei dessas edições 18 e 19?

Essa edição é muito pirada, mas traz um dos grandes momentos da fase, que é quando o Homem Animal olha para fora do quadro e diz que está nos vendo. O Highwater fica por ali, com uma piração ou outra, mas acaba tendo uma participação menor, afinal, o protagonista é o Homem Animal. O momento em que ele encontra sua versão antiga é bem interessante também. Toda essa loucura vai se seguir até o fim do arco.

Sobre a morte da esposa e filhos no fim da edição 19, eu cantei essa bola na minha última resenha. Depois de sofrer seu reboot, o Homem Animal está, finalmente nos anos 90, onde os heróis são sombrios, cheios de dúvidas e de perdas. Pois é, a perda dele ia chegar alguma hora e, se você pensar bem, agora ele já tem até um uniforme preto.

Homem Animal
Eles nos mudam e torturam.
Eles nos matam aos bilhões.
Para quê?
Por entretenimento?

Essa é a realidade do Homem Animal agora, ser um super herói trágico e amargurado de seu tempo. Pelo menos por enquanto.

Toda a fase do Morrison saiu em 3 encadernados pela Panini. Essas duas edições são as primeiras do terceiro encadernado que você pode comprar pela Amazon clicando aqui.


Então é isso, esse foi o nono post dessa série das histórias do Homem Animal. Eu adoro essa fase.
E você, já tinha lido? Achou tudo uma loucura?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 28 setembro, 2022

    […] adorei essa raposinha dele. Linda. Me lembra a raposa do The Fox and the […]

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