Homem Animal, de Grant Morrison – parte 1 (#1 ~ #4)

Salve, salve, seres humanos da terra.
Esse é o primeiro post de uma série onde vou resenhar, em partes, os arcos das aventuras do Homem Animal, especialmente a fase do Grant Morrison, que é um dos meus autores preferidos de quadrinhos.

Um monstro feito de vários macacos fundidos. Essa página dá o tom da fase Morrison.

Um breve histórico dessa fase:

Grant Morrison foi um autor da “segunda invasão britânica”. Ele ficou responsável por revitalizar o Homem Animal no pós-crise, assim como Alan Moore revitalizou personagens como o Monstro do Pãntano.

Então ele pegou para escrever uma minissérie com o personagem, mas a editora da DC (acho que era a Karen Berger na época) gostou e contratou ele para continuar escrevendo o personagem até a edição 26.

Essa fase começa com um arco de história de super-herói (esse primeiro arco é o que eu vou falar hoje), mas logo vira uma piração meta-linguística. Vamos chegar até lá.

Um breve histórico do Homem Animal:

O Homem Animal foi criado em 1965 na revista Strange Adventures 180. Ele foi um personagem B, que apareceu em menos de 10 histórias próprias antes de ser totalmente esquecido. Em 1984 ele se une a um grupo de personagens chamados Heróis Esquecidos (Forgotten Heroes), que também não durou muito, mas apareceu na Crise nas Infinitas Terras.

Por algum motivo, esse personagem sempre atraiu a atenção do Grant Morrison, talvez por ser um dos poucos super heróis que tivesse esposa e filhos. Então Morrison pegou para escrever o personagem que, depois dessa fase, se tornou o personagem das histórias estranhas. Tudo de esquisito, psicológico/psicodélico que acontece no universo DC, envolve o Homem Animal de alguma forma.

Essa série terá várias resenhas e deve cobrir toda a fase do Morrison (talvez eu continue depois). No fim, você vai entender o que foi a loucura desse período.

Vamos para a resenha finalmente.

Homem Animal #1 ~ #4

Zoológico Humano:

Homem Animal 1

Na primeira história, temos Buddy Baker, o Homem Animal, decidindo voltar ao ramo do heroísmo, então ele começa a treinar os poderes para entender os seus limites.

Enquanto isso temos o primeiro vislumbre de quem vai ser o vilão do arco. Um cara de sobretudo que sofre com os barulhos e cheiros da cidade. Ele está em busca de algo e parte para cima dos Laboratórios Star.

Um amigo de Buddy se propõe a ser empresário dele e consegue para ele uma entrevista na TV. Ele participa é zuado pelo apresentador, mas isso garante que ele seja chamado pelos Laboratórios Star para resolver um mistério.

Algo atacou o laboratório e fundiu todos os macacos em uma estranha massa amorfa de carne.

Vida na Selva de Pedra:

Homem Animal 2

Na segunda edição o doutor conta que o laboratório foi atacado por uma barata humanoide gigante. O Homem Animal começa a rastrear quem invadiu o laboratório e tem um rápido encontro com o Superman.

O vilão misterioso continua amargurado com a cidade e o que ela faz com os animais e percebe que está sendo seguido. Ele funde um rato a um homem e ordena que o Homem-Rato ataque o Homem Animal. Eles lutam, mas o Homem Animal termina a edição sem um dos seus braços. (Esse desmembramento deveria estar na minha lista, mas eu esqueci.).

Em paralelo a isso, começa uma segunda trama, que mostra um grupo de caçadores bem desgraçado indo para um bosque e encontrado a Ellen Baker, esposa do Buddy.

A Natureza da Besta Fera:

Homem Animal 3

Enquanto o Homem Animal descobre como usar o poder das minhocas para regenerar o próprio braço (e não morrer de hemorragia), o vilão é revelado e seu objetivo é explicado

O vilão é, na verdade, um herói das antigas chamado Fera B’wana, um herói dos anos 60, que tem poderes mentais e pode fundir animais. É revelado que os laboratórios Star estavam fazendo testes com uma nova forma de Antraz e teriam infectado uma macaca especial com o vírus teste. A macaca se chama Djuba e era a companheira do Fera B’wana no monte Kilimanjaro.

Enquanto isso, na mata, a situação escala e um dos caçadores começa a agir feito louco, mata uma gata e até ameaça estuprar a Ellen. A situação se resolve de forma trágica, com um dos caçadores atirando no próprio colega que estava indo longe demais.

O Fera B’wana ataca o laboratório e rouba a macaca de lá. O doutor conta a história para o Homem Animal, que fica putasso. Enquanto o herói se prepara para o confronto, Djuba morre e o “vilão” fica enfurecido.

Quando vivíamos todos na Floresta:

Homem Animal 4

Na história final do arco, finalmente temos o confronto final entre o Homem Animal e o Fera B’wana. O Fera está muito puto por que sua amiga macaca morreu, mas também está infectado com o vírus que ela carregava. Buddy até tenta conversar, mas a porradaria é inevitável. Ele funde animais e manda contra Buddy, que foge usando seus poderes de animal.

O Fera tenta derrubar o herói com seus poderes mentais. Mas Buddy acessa os poderes dele e eles entram em um combate mental que acaba quando o “vilão” piora por conta da doença.

Por fim, o Homem Animal usa os próprios poderes do Fera para fundir anticorpos do corpo dele e criar superestruturas defensivas acabando com a doença. Por fim o Homem Animal deixa claro que não vai ser um clássico, então ele não prende o Fera Bwana, que não era vilão de fato, e até da um soco no cientista da Star.

Enquanto isso, no desfecho da história da mata, vários dos gatinhos morrem, mas um se salva, deixando claro que nem tudo são flores, mas ainda há alguma alegria nesse mundo. E na última cena, o Fera funde o cientista da Star com a macaca morta como vingança.

E assim acaba esse primeiro arco.

Homem Animal Fera B'wana e Djuba
Esse é o vilão da história. Chorando pela morte de sua amiga Djuba.

O que eu achei de Homem Animal #1~#4:

Esse primeiro arco tem uma função muito importante nessa grande fase do Grant Morrison. Esse arco coloca o Homem Animal de volta à cena super-heróica (ele vai fazer parte da Liga Cômica), mas já define que essa história não será “preto e branco”.

Essa aventura com o Fera Bwana vai colocar o Homem Animal no seu novo papel de protetor dos animais, mas já deixa claro que essas histórias serão mais complexas. Ainda não tem quebra da quarta parede e meta-narrativas (começam na próxima edição), mas já existem citações que dão a entender que existem forças do destino em jogo.

Além disso, o Homem Animal passa a se tornar um herói bem poderoso, já que ele pode roubar poderes de outros super humanos.

Esse arco costuma a ser mais esquecido porque depois da próxima edição a coisa vira a maluquice que todo mundo se lembra. Mas, é importante lembrar que essa é uma história de transição: Ainda é uma história de super herói, mas já começa a deixar de ser (aos poucos). Mas é um boa história sim. Recomendo.

Concluindo:

Toda a fase do Morrison saiu em 3 encadernados pela Panini. Esse arco está no primeiro encadernado que você pode comprar pela Amazon clicando aqui.


Então é isso, esse foi o primeiro post dessa série das histórias do Homem Animal. Eu adoro essa fase.
E você, já tinha lido? Achou tudo uma maluquice?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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7 Resultados

  1. Eu amo essa série, é um dos quadrinhos que mudaram minha vida.

    • Vulto disse:

      Vou resenhar toda a fase do Morrison. Talvez eu continue com quem veio depois(acho queé o Miligan), mas ainda não tenho certeza ainda.

      A seguir:O Evangelho do Coiote

  1. 5 fevereiro, 2023
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