Loki (minissérie em quadrinhos) – resenha com spoilers
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu trouxe uma minissérie bem interessante da Marvel. Então vamos lá falar de Loki!
Essa minissérie se chama apenas Loki e saiu em 2004, com roteiros do Robert Rodi e arte do Esad Ribic. A minissérie tem 4 edições e saiu aqui no Brasil em um encadernadinho de capa dura que vale muito a pena pelo custo-benefício. Pelo menos valia quando eu comprei. Então vamos lá falar da história.
Loki!
A história começa com uma premissa muito simples: Loki venceu Thor e seus aliados e, por isso, conseguiu o controle sobre Asgard. Como isso aconteceu não é mostrado, mas parece que, para isso, ele precisou fazer algumas alianças com outras forças antagonistas aos Asgardianos, o que não é estranho em outras histórias.
Então é isso, o Loki derrotou o Thor, mas nem tudo são flores.
Enquanto Loki é assediado por seus aliados, que querem sua parte do quinhão, Loki confronta seus prisioneiros: Sif, o próprio Thor, Odin, Balder, Odin e Frigga. Com cada um ele conversa e confronta, enquanto temos flashbacks da relação entre Loki e Thor.
Sif e Balder desdenham de Loki, dizendo que ele vai fracassar no final, como sempre. Odin e Frigga tem um tom mais triste e de menos confronto, enquanto Thor não fala nada. Só fica lá preso. Sif lembra da história de quando Loki cortou seus cabelos, enquanto Balder lembra de como foi morto por maquinação de Loki.
Mas, a grande novidade mesmo, é quando Loki conclui que Odin só o tomou como filho para ter um contraponto a Thor. De acordo com ele mesmo (mas Odin não nega), ele só servia para ser a escuridão que evidenciaria a luz de Thor Odinson.
Aliados?
Os aliados de Loki, dos quais ele não gosta e que também não gostam dele, alguns são bem clássicos também. Aparece a Encantor, Hela, Karnilla e Farbauti. Encantor dá a entender que ajudou na luta, mas não revela exatamente qual foi o acordo entre os dois.
Hela quer a alma de Thor e fica esperando que Loki finalmente o execute. Karnilla quer o Balder para ela e vai ter um papel essencial nela. Depois eu falo sobre a Farbauti.
Karnilla é uma personagem que eu não conheço da mitologia, mas lembro de uma história da época do formatinho, onde ela era apaixonada pelo Balder e queria prendê-lo em seu reino. Ela é uma feiticeira poderosa (acho que ela é uma Norne) e Loki vai pedir que ela o ajude a ver outros mundos. Ele quer saber se existem mundos onde Loki governa.
Farbauti é uma personagem da qual eu nunca tinha ouvido falar. Ela aparece como uma viajante encapuzada que viaja para Asgard durante as primeiras edições e chega na terceira. Ela é a mãe biológica do Loki.
Farbauti e os gigantes:
Farbauti conta a sua história de como ela sobreviveu. Ela diz que o povo dos gigantes de gelo de Joturheim estão prontos para se unir a Asgard sob o domínio de Loki.
A grande sacada aqui é que o Loki não sente nenhum tipo de empatia com Farbauti. Ele não consegue se sentir pertencente aos deuses Aesir, mas também não se sente pertencente ao mundo dos Gigantes.
E é aí que entra a virada da história. Durante seu tempo pensativo, Loki percebe que ninguém gosta ou confia nele. A única pessoa que sempre o respeitou e deu algumas segundas-chances, foi o próprio Thor.
O final:
Finalmente ele desiste de matar o Thor (Hela fica puta). Porém, durante toda a história, temos quadros mostrando que Thor está recuperando as forças.
Então quando Loki decide libertar Thor, pouco tempos antes, o Deus do Trovão se liberta sozinho. O Deus da Trapaça conta que iria soltá-lo, mas obviamente parece mentira.
E a história termina com uma martelada.
Fim.
O que eu achei de Loki?
Eu gosto muito desse quadrinho e não é a primeira vez que eu leio esse gibi. Na verdade nem sei porque nunca resenhei antes.
Eu gosto dela porque ela parte de uma premissa interessante: “O Loki venceu e agora?”, mas usa isso para trabalhar algumas histórias clássicas da mitologia nórdica, com uma boa análise da própria psiquê do Deus da Trapaça (melhor do que a série, inclusive).
Gosto desse conceito de que o Loki não se encaixa com os Aesir e nem com os Gigante do Gelo. Ninguém gosta dele, mas o Thor, de um jeito torto, respeita ele (ou pelo menos respeitou algum dia). E na real ele não tem muitos objetivos que não derrotar o Thor. Nem governar de fato é interessante.
Eu falei mais ou menos tudo o que acontece e a grande virada final da história, mas isso não tira o interesse em ler a história por dois motivos muito simples: Os diálogos são muito bons; e a arte do Esad Ribic é maravilhosa.
Mesmo se o roteiro fosse uma porcaria (não é), ainda seria um bom gibi de ler, porque a arte é simplesmente sensacional.
Então é isso. HQ curtinha, fechadinha em um encadernado. Roteiro muito maneiro com uma arte foda. Recomendo demais.
Então é isso. Sempre é bom recomendar hq fechada. Então recomendo.
Mas e você, o que acha? Já leu? Ficou com vontade de conhecer?
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Um abraço.
E tchau.