Longe de Tudo – quadrinho nacional no Catarse

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu quero falar de um projeto interessante. Projeto que chegou para mim e está em financiamento coletivo pelo Catarse. Então vamos nessa com Longe de Tudo.

Longe de Tudo é uma hq de Fabrício Martins, Laura Jardim e João Henrique Belo.

A sinopse de Longe de Tudo (eu adaptei um pouco) é a seguinte:

A hq se passa em um futuro distópico, onde uma guerra entre as máquinas e a humanidade aconteceu. Poucos sobreviveram. Então hoje, as pessoas não usam mais tecnologia eletrônica com medo das máquinas, enquanto os robôs se isolam em grandes cidades onde não há humanos.

Porém, em uma floresta, distante dos conflitos, o inusitado acontece:

João Henrique, um solitário humano, conhece Arthur, um robô que aparenta não compartilhar da aversão entre as duas “espécies”. De inicio, a relação entre eles é pautada no medo e no desentendimento. Mas aos poucos, as necessidades por sobrevivência e a vontade de afastar a solidão, superaram as barreiras entre humanos e máquinas. E em um mundo distópico, bem longe de tudo, surge uma amizade.

A narrativa é toda composta por pequenos contos que retratam essa amizade, ao longo de muitos anos, compartilhando histórias, memórias e segredos.

É uma coletânea de pequenas histórias, mais ou menos. Me parece mais uma coletânea de cenas e de diálogos em um mundo que já foi pro saco. Claro que eu não li a hq, ainda, mas me parece que os diálogos são bem contemplativos e não focam em tentar responder o setup do mundo. A guerra já passou e agora os personagens só precisam viver e reinterpretar esse novo status quo.

Os personagens tem algumas caraterísticas interessantes também. João tem alguma inspiração em John Henry, o homem que derrotou a máquina (aquele mesmo que inspira o Aço da DC). Enquanto isso Arthur tem inspiração no HAL de 2001, Uma Odisséia no Espaço.

Mas, o mais interessante mesmo, é que parece que João, o Humano, é muito mais físico e pragmático, enquanto Arthur, o robô, é mais ligado em metáforas, conhecimento e arte. Normalmente pensamos o contrário, que a humanidade do humano vai trazer a máquina para perto (acontece em Família Mitchel).

Mas aqui me parece que João é pragmático porque precisou sobreviver, enquanto Arthur pode ser mais curioso.

Bom, não vou conjecturar mais sem ler.

O projeto está no Catarse até o dia 14 de outubro. Por 15 reais você consegue uma cópia digital. E por 65 tem livro físico impresso. Apoie lá que parece um baita gibi.

Longe de Tudo tem 208 páginas todo colorido. É um ótimo preço.

Então é isso. Quadrinho brasileiro é sempre bom de pegar para ver. Eu gostei.
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Um abraço.
E tchau.

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