Morte em Família – Batman (1988) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um tempinho que eu não falo de quadrinhos e hoje eu quero falar de um semi-clássico do universo do Homem Morcego, um gibi muito importante chamado Morte em Família. Talvez você já tenha ouvido falar, mas talvez não.

Batman Morte em Família

Morte em Família é um arco em quadro edições publicada em 1988 (termina em janeiro e 89) na revista do Batman (Batman 426 a 429) e é mais conhecida como “aquela história onde o Coringa mata o Robin”.

Você provavelmente já viu essa imagem aqui, certo?

Batman Morte em Família

O interessante é que esse gibi é sempre citado nos grandes resumos sobre o Batman e seus Robins, mas não é tratado como uma leitura obrigatória. Ela saiu na segunda metade dos anos 80, assim como Cavaleiro das Trevas, A Piada Mortal, Batman: Ano 1, Watchmen, dentre outros que são clássicos.

Eu mesmo nunca tinha lido, mas não sentia falta. Basta saber que o Robin morreu no final dos anos 80 e que voltou depois perto de Crise Infinita como Capuz Vermelho.

Então fui ler.

Morte em Família – a História:

A história começa com uma cena de ação do Batman com seu Robin, enfrentando um monte de bandidos. O Robin é imprudente e se coloca em perigo, o Batman fica puto da cara e eles discutem. Então o Batman resolve tirar o Robin de serviço e demite ele.

Enquanto isso o Coringa foge do Arkham mais uma vez. Ele decide vender um míssil nuclear, que ele roubou em algum momento e mantinha escondido.

Jason anda triste-melancólico por Gotham e acaba no bairro onde ele nasceu. Ele encontra uma antiga amiga de sua mãe que lhe dá uma caixa de documentos. O garoto encontra seu registro de nascimento e vê que o nome de sua mãe está borrado, mas começa com S. A mãe que ele conhecia se chamava Catherine, então provavelmente ela não era a sua mãe. Ele segue algumas pistas e consegue uma lista de 3 mulheres que eram amigas de seu pai e tinham nomes começados com S. Todas fora dos Estados Unidos.

O Coringa vai para o Líbano para vender a bomba. O Batman vai atrás. E Robin vai para Israel para encontrar uma das suas candidatas à mãe. Mas acontece que ela é uma agente e está no líbano também.

Líbano:

No Líbano eles investigam, se reencontram “Nossa Robin, você por aqui? Que coincidência” e descobrem que o Coringa vai vender a bomba, a tal agente Israelense está envolvida. Rola uma cena de ação, o grupo consegue impedir que terroristas consigam um míssil nuclear e tudo acaba bem. Mas a agente não têm filhos, logo não é mãe do Jason.

O Coringa segue para a Etiópia para levantar uma grana.

Enquanto isso, Batman e Robin procuram a segunda mulher da lista, Shiva Woosan. Parece que um grupo de mercenários sequestrou ela. Eles investigam, descobrem onde está e vão lá para salvá-la. Chegando lá e porrando os bandidos eles descobrem que a Shiva, na verdade está treinando os mercenários (sim, é aquela Lady Shiva).

Lady Shiva deita o Robin na porrada e depois luta contra o Batman. Ela ganharia também, mas o Robin bate nela pelas costas e assim a dupla dinâmica consegue derrotar a Shiva. E não, ela não é a mãe do Robin. Então eles partem para a Etiópia, mas o Coringa já foi para lá.

Etiópia:

Não, não é coincidência que o Coringa tenham ido para a Etiópia por motivos diferentes. O motivo é o mesmo: Sheyla Heywood.

Sheyla era médica em Gotham, teve um filho com o pai do Robin, mas teve que fugir por ter cometido um erro em uma operação. Esse é o motivo do Coringa estar na Etiópia: ele conhece ela, sabe que la é foragida e usa isso para chantageá-la. O plano é desviar remédios da ajuda humanitária.

Ela topa, e eles começam a operação. O Coringa troca as caixas de medicamentos por gás do Riso. Chegando lá a dupla dinâmica tem duas missões: ficar de olho no armazém e impedir os caminhões.

Batman manda o Robin vigiar o armazém e esperar enquanto ele para os caminhões. Mas a mãe do Jason está envolvida e ele resolve resolver. No fim das contas a mãe trai ele e ele toma uma surra do Coringa e dos capangas. O Coringa amarra a mãe lá, deixa uma bomba e sai fora.

Batman Morte em Família

Mas, o Robin não morreu com a surra. Ele ainda consegue se levantar e libertar sua mãe traíra. No fim as contas a bomba explode e acaba a edição. Na edição seguinte o Batman chega e encontra os dois. Os dois morrem.

Ainda nessa terceira edição o Coringa se encontra pessoalmente com o Aiatolá do Irã. É sério. Não é brincadeira não. Ele deixa uma mensagem para o Batman, um endereço.

Batman Morte em Família

De volta aos Estados Unidos:

Acontece o enterro do Jason e o Batman vai pesquisar o endereço. Ele descobre que não é um endereço em Gotham, mas sim em Nova York, é onde fica a sede das ONU. Ele vai até lá e encontra o Superman, que recebeu uma pista de que o Batman apareceria lá. Eles se estranham quando chega, o Coringa, que agora é o mais novo Embaixador do Irã na ONU.

Na última edição temos a treta política. O governo (com apoio do Superman) não quer que o Batman bata no Coringa para não causar um incidente internacional. E o Batman fica muito puto.

O Batman chega a invadir o prédio onde a delegação iraniana está, fica cara-a-cara com o Coringa, mas consegue se controlar e não partir para cima dele.

No dia seguinte o Coringa tenta fazer um atentado no meio da reunião da ONU, mas o Superman impede a bomba. O Coringa tenta fugir de helicóptero, o morcegão vai atrás, rola uma luta e no fim das contas o helicóptero cai. O Coringa desaparece.

E fim.

O que eu achei de Morte em Família?

A sensação que eu tenho é que os grandes temas são muito interessantes. O impulsividade do Robin, que é criticada no começo da história é o que coloca ele na pior situação de perigo da sua vida no final. A morte dele é muito triste mesmo.

Além disso, é bem trabalhado o conceito do Batman, que mesmo com muito ódio do Coringa, depois de uma perda terrível, consegue se controlar. Ele não mata, mesmo o Coringa. Mesmo depois da morte do Robin.

Mas, tirando os grandes temas, parece que o resto da história é meio capenga. As coincidências que levam os personagens para o líbano, a história mal contada da Bomba Nuclear que não vai a lugar nenhum. O rolê com a Shiva. O Aiatolá aparecendo do nada. Tudo parece meio feito de qualquer jeito. Meio ‘colado com cuspe’.

A história não tem aquela maestria página-a-página como Piada Mortal e Watchmen tem. É uma história essencial de saber que existiu, mas não é leitura obrigatória. Você pode ler um resumo que está tudo bem. Nem precisa falar de Shiva, Líbano, Bomba Nuclear, nada disso.

Essa é a minha opinião sobre Morte em Família. É legal, mas é esquisito.

Então é isso, um gibi que eu deveria ter lido a muito tempo, mas não tinha lido. No geral eu gostei.
E você, o que acha? Já leu? Ficou com vontade?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. 17 outubro, 2022

    […] jogo você joga (ou pode jogar) com quatro dos pupilos do Morcegão: Asa Noturna, Capuz Vermelho, a Batgirl e um Robin. O Robin eu não sei se é o Tim Drake ou o Damian. Acho que é o Tim […]

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