Mulher Hulk do Dan Slott – resenha (parte 1)
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu quero falar de uma fase maravilhosa de uma personagem que eu adoro (mesmo conhecendo pouco), que é a Mulher Hulk. Então vamos lá falar da revista She-Hulk, volume 1.
Apesar de ser o volume 1, essa é a primeira revista com esse nome She-Hulk, mas não é a primeira mensal da personagem. Ela já teve pelo menos mais uma mensal que eu sei, que é a Sensacional She-Hulk, escrita pelo Byrne, mas não é disso que eu vou falar hoje.
She-Hulk é a mensal da Mulher Hulk, publicada em 2014~2015, com roteiros do Dan Slott. Essa mensal só teve 12 edições. Agora vou falar das 6 primeiras.
She-Hulk #1~#4 – resenha
Essa fase é famosa por ser focada no trabalho da Mulher Hulk, mais especificamente da Jen Walters, como advogada. Na primeira edição vemos que a Mulher Hulk vive uma vida desregrada e muito doida, dando várias festas na mansão dos Vingadores, vivendo de forma badalada e usando suas “vantagens de super-herói”.
A primeira edição foca em como a vida da Mulher Hulk é incrível. Porém, logo ela é “convidada a deixar de morar na mansão dos Vingadores” e é demitida. No fim da edição ela está na fossa, mas tudo muda quando ela é contratada para trabalhar num dos maiores escritórios de advocacia do mundo. Mas acontece que eles querem a Jennifer Walters e não a Mulher Hulk.
Jennifer Walters advogada:
A partir da segunda edição, Jennifer Walters começa a trabalhar para o escritório GLK&H. O legal é que esse escritório tem uma divisão de “direito meta-humano”, onde a Jen vai trabalhar, utiliza super-humanos para fazer algumas funções e tem um prédio onde os funcionários moram. Então rapidamente a hq se torna uma siticom jurídica sobre direito meta-humano.
Na segunda edição, Jen assume o caso de um cara que caiu em um tanque de água pesada atômica e ganhou os super-poderes de um Super-Homem-Atômico. Ele quer processar a empresa porque a vida dele virou um inferno. Ele não consegue tocar na esposa, ouve as pessoas falando dele na rua e perdeu o seguro, porque não cobrem “eventos meta-humanos”.
Para vencer ela usa o “precedente Fênix Negra“. Nessa série, o Dan Slott insere um conceito muito maneiro. Existem quadrinhos de heróis da Marvel na Marvel. Eles precisam ser aprovados pelos heróis (e provavelmente pela SHIELD) e por isso podem ser considerados documentos oficiais. É uma ideia sensacional. A Mulher Hulk lê quadrinhos nessa história.
Fantasma:
Na terceira edição, temos um caso de assassinato. Porém, o próprio fantasma do morto é a testemunha. O fantasma fala que a esposa que o matou, mas ele é um fantasma e não pode ser testemunha. A primeira parte da história é para convencer a juíza a aceitar o fantasma como testemunho. Para isso, Jen chama o Coisa para falar de gente que morre e volta, como a própria Mulher Hulk que já morreu algumas vezes.
No fim das contas, o depoimento do fantasma é aceito, mas a história não se resolve. Parte da história parece estranha, e uma investigação mostra que o fantasma estava mentindo. O Doutor Estranho tem um papel importante nessa edição.
Mulher Hulk e Homem Aranha:
Na edição 4, Pug (um dos funcionários do escritório) pede para conhecer o Homem Aranha, porque ele é um grande fan. Então ele oferece ajuda para o teioso. Ele convence o aranha a processar o Jonah J. Jameson.
Então vem o julgamento e o Dan Slott desenterra alguns casos das primeiras edições do Homem Aranha, quando o Clarim Diário publicou informações sobre o Aranha que logo se provaram falsas. O truque aqui é que o Homem Aranha pode depor como testemunha porque ele pode ter sua identidade confirmada pelo scanner de retina dos Vingadores (lembrando que os Vingadores são uma entidade oficial).
Enquanto o julgamento acontece, o Escorpião acha que é uma boa ideia atacar o tribunal para matar seus dois inimigos (o Jameson e o cabeça de teia) de uma vez só. A Mulher Hulk convence ele a não atrapalhar o julgamento, porque o Jameson está prestes a se dar mal.
No fim das contas, Peter Parker também é acusado de forjar fotos que incriminaram o Aranha (ele fez isso mesmo, é verdade) e acaba sendo intimado também. E por isso o Aranha precisa pedir para encerrar o processo com um acordo, já que ele não tem como pagar nada como Peter Parker.
O que eu achei dessas 4 primeiras edições da mensal da Mulher Hulk?
Eu já vou dar spoiler que eu gostei da série como um todo, mas essas primeiras edições são sensacionais. Os personagens são bons, tem muita referência e muitos outros personagens da Marvel aparecendo, mas a grande coisa é essa ideia de mostrar o jurídico num mundo cheio de super-maluquices.
Um personagem querendo processar uma empresa por um acidente que lhe deu poderes; um fantasma como testemunha; e um processo envolvendo o Homem-Aranha contra o Jameson; são ideias geniais.
Além disso, os diálogos são bons, vários personagens são inseridos muito antes de serem importantes de formas muito sagazes (isso não dá para ficar detalhando no review). Fora isso, a própria vida pessoal da Mulher Hulk vai sendo muito bem desenvolvida ao mesmo tempo.
A arte é meio irregular, tem partes muito boas e partes ruins, mas o roteiro segura completamente a história.
Então é isso, essa foi a primeira parte de 3, amanhã continua.
Mas e você, já abriu um processo contra um super-herói que destruiu seu carro?
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Um abraço.
E tchau.