Odisseia Cósmica (1988) – resenha com spoiler

Salve, salve, seres humanos da terra e do espaço.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu trouxe um material da DC que é um clássico dos anos 80. Um épico espacial com muitos dos maiores heróis e um dos maiores vilões da DC enfrentando uma ameaça realmente fantástica. Então vamos lá falar de Odisseia Cósmica.

Odisseia Cósmica – resenha

Odisseia Cósmica é um uma minissérie de quatro edições (de 48 páginas) lançada em 1988 com roteiros do Jim Starlin (A Saga de Thanos) e arte do Mike Mignola (Hellboy). A ideia era restabelecer algumas referências do que permaneceu no universo cósmico da DC depois da Crise, com um épico que se estendesse por toda a galáxia.

A história começa com uma tentativa de invasão de tropas de Apokolips na Terra. A invasão é facilmente derrotada por Superman e Magtron, mas um parademônio perde a carona de fuga e acaba preso em Gotham. Batman enfrenta ele depois.

Enquanto isso, tropas de Darkseid encontram Metron zoado em sua cadeira. Metron, em suas pesquisas, encontrou finalmente a Equação Antivida, que é uma entidade nessa história. O encontro com a Equação deixa ele em estado catatônico a viagem de Metron abre uma brecha para que espectros da equação venham para nosso mundo. Uma ameaça deste tamanho exige que Darkseid peça ajuda dos heróis.

Então Darkseid faz uma aliança com Nova Gênese e convoca um monte de heróis para tentar salvar o universo.

O plano:

A ideia é que os Espectros da Antivida vão tentar causar uma grande catástrofe para que isso permita que elas venham para o nosso universo. Se eles explodirem 4 planetas em pontos estratégicos da galáxia, a galáxia entrará em colapso. Os quatros planetas são Thanagar, Rann, Xanshi e a Terra.

Então Darkseid constrói aparelhos para prender os espectros e divide os heróis em duplas. Superman e Orion vão para Thanagar; Batman e Forrageador vêm para a Terra; Estelar e Magtron vão para Rann; e o Lanterna Verde (John Stweart) e o Caçador de Marte vão para Xanshi.

Em paralelo a isso, Darkseid sabe que as duplas podem falhar (se duas falharem o mundo já era) e por isso ele tem um plano B. Utilizar as energias mágicas selvagens do caos para enfrentar a entidade. E para isso ele precisa convencer Jason Blood a se unir, mais uma vez, com o demônio Etrigan. E o Batman pede que um amigo fique de olho no Darkseid.

As missões:

Em Rann, o espectro controla uma forma de vida líquida que não pode ser derrotada. Estelar e Magtron encontram Adam Strange e eles caem na porrada contra o monstro. Magtron fica todo orgulhoso, mas quem resolve a parada mesmo é a Estelar.

Em Thanagar, o espectro controlou as mentes dos thanagarianos e todo seu aparato bélico. Superman consegue derrotar o espectro e destruir a bomba enquanto Orion luta contra os Thanagarianos controlados. Por fim eles brigam porque Orion enfiou porrada em todo mundo (matando alguns) mesmo sabendo que eles estavam sendo controlados.

Em Xanshi, o espectro da Antivida assume o controle do próprio clima do planeta. Lanterna Verde se acha fodão demais e acha ruim que ele precise ficar protegendo o Caçador de Marte. Então ele decide resolver tudo sozinho, prende o marciano em uma bolha e voa na frente para destruir a parada. Mas a bomba foi pintada de amarelo e o poder do Lanterna não funciona. Por culpa dele, Xanshi é o sistema inteiro é destruído no processo.

Na Terra, o espectro está usando o corpo do parademônio do começo da história e de um policial morto. Batman e o Forrageador usam as capacidades detetivescas do o morcegão para encontrar a bomba. Chegando lá eles apanham bastante e quase não conseguem destruir a bomba. No fim, O Forrageador ataca a bomba e se explode junto com ela.

Plano B:

Darkseid leva Etrigan para enfrentar a Antivida. Eles não conseguem derrotar a criatura, mas o rei de Apokolips consegue capturar um pedaço da essência. Na hora de fugir as coisas dão errado e tudo parece que vai dar errado quando o tal amigo do Batman aparece: O Senhor Destino.

Juntos, o Senhor Destino, Darkseid, Pai Celestial, Orion e Etrigan, fazem uma magia doida lá e conseguem fugir fechando a barreira para o mundo onde a Equação Antivida vive existe.

O fim:

No fim Darkseid fica bolado porque não conseguiu pegar a equação. Superman termina puto com o Orion. Batman também fica puto porque Orion é um racista e tem preconceito contra o povo do Forrageador, que foi o único a se sacrificar. E Jason Blood voltou a ser Etrigan.

E a consequência mais importante é com o John Stweart, que deixou um planeta morrer. Ele chega a cogitar suicídio, mas o Caçador de Marte usa psicologia reversa para impedi-lo.

E assim acaba a história que fez com que Darkseid se unisse com os heróis da Terra e de Nova Gênese.

O que eu achei de Odisseia Cósmica?

Eu já tinha ouvido falar desse gibi, mas tinha passado batido por mim várias vezes. Ao contrário de Morte em Família, essa é uma hq que todo mundo fala que é bom, mas que não têm grandes consequências. O John Stewart vai carregar essa questão de Xanshi por anos, mas eu não sabia que era nessa história que isso tinha acontecido.

A história é fantástica, com muita ação e um ritmo muito bom, especialmente para juntar o time que é bem rápido. O hq tem ação o tempo todo, vários tipos de narrativas diferentes em cada uma das frentes de combate e diálogos muito bons entre os personagens.

A história não é datada e a arte do Mignola é fantástica até hoje. É um cara que tem uma arte que não envelhece mal.

Em resumo, Odisséia Cósmica tem a grandiosidade de uma mega saga (das boas), mas sem a enrolação, as milhares de edições e tie-ins. Uma porrada de história em menos de 200 páginas. Recomendo demais.

A versão encadernada da Panini tem um editorial muito bom que fala dos bastidores e deixa tudo melhor ainda. Tem na Amazon, mas dá para achar mais barato por aí.

Então é isso, um gibi muito bom e muito rapidinho de ler. Recomendo demais.
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