Peepland (hq) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu quero falar sobre um material diferenciado. Pode parecer putaria por causa das capas, mas não é não, eu já explico. Então vamos nessa falar de Peepland!
Peepland é uma hq do selo Crime da Hard Case, uma editora que deve ser nova porque eu nunca ouvi falar. A hq é uma minissérie em 5 edições publicadas no final de 2016 e começo de 2017. Os roteiros são de Christa Faust e Gary Phillips e a arte é de Andrea Camerini.
A história começa em uma Peepland, que é um conceito muito interessante de um lugar onde eu nunca iria. São cabines onde você entra e paga para uma garota fazer striptease. A pessoa fica separada da garota por um vidro. É tipo uma sala de visitas de cadeia, só que você paga por um striptease e talvez para assistir uma sessão de masturbação feminina.
Acho bizarro, mas acho muito doido que exista uma parada dessa e que as pessoas se sintam confortáveis. Tipo cinema pornô. Bizarro, mas antropologicamente bizarro também.
Peepland – resenha:
Bom, a história começa quando um cara está fugindo de criminosos, entra em uma dessas cabines da Peepland e deixa uma fita escondida com uma das garotas, Roxy. Esse cara cai no trilho do trem e morre enquanto foge de alguns bandidos. A história mesmo é sobre a fita.
O cara que morreu se chama Dirty Dick, ele é um diretor pornô que grava mulheres em filmes exhibit na rua. Enquanto ele filma uma garota, no plano de fundo ele acaba filmando um assassinato. O problema é que a pessoa que está matando uma garota no beco é alguém importante. Então começa toda uma história de queima de arquivo.
Roxy e um ex-namorado começam a tentar descobrir o que tem na fita e isso desencadeia uma série de eventos. Policiais corruptos começam a correr atrás da fita. Um cineasta amador tenta ganhar uma grana com a fita. Um garoto negro leva a culpa do assassinato só porque sim. A namorada da mãe do garoto comete alguns roubos para pagar um advogado. O garoto negro leva a culpa mesmo sem julgamento nem nada. Os roubos geram consequências. E políticos também entram no meio da história.
Tudo isso com muito crime, muita violência e morte também. E tudo acontece entre o natal e o ano novo.
O que eu achei desse gibi?
Apesar do nome remeter à paradinha lá das cabines e uma fita pornô, a história não é sobre sexo. Peepland é sobre violência e poder. Afinal, tudo é sobre sexo, exceto sexo, que é sobre poder.
Um assassinato começa uma história que envolve racismo, corrupção policial, política (bem pouquinho) e preconceito. Tudo muito rapidinho e tudo muito brutal também.
Tem uma sutileza que é uma página na primeira edição e a última página da edição 5. Uma página mostrando a vida andando normalmente na Times Square. Depois de tudo, várias pessoas mortas, vidas destruídas, a vida segue em Nova York. Ano novo vida nova, nada importa.
É um tipo de realismo que sempre me agrada. Eu realmente gostei bastante.
A arte da Andrea Camerini é muito maneira também.
Então é isso. Peepland é um gibi super maneiro. Recomendo demais.
Mas e você, o que acha do conceito?
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Um abraço.
E tchau.
2 Resultados
[…] que vai acontecer exatamente eu não sei, mas com certeza é um monte de coisa estranha com sexo, drogas e música estranha com gente esquisita. O trailer tem um monte de cenas confusas de viagem […]
[…] É uma antologia de terror, mas a coisa do peepshow tem a ver com sexo, desejos e fetiches. Me lembrou do quadrinho peepland. […]