Planetary – Pelo Mundo Todo (#1 ~ #2) (parte 2)

Salve, salve, seres humanos, fantasmas e monstros gigantes da terra.
Continuando a minha série de posts sobre Planetary, que é para mim a maior e melhor série de quadrinhos. No primeiro post, eu fiz uma contextualização sobre do que a série trata e falei sobre o prólogo. Nesse segundo post, eu começo a falar das edições em sim. Então vamos lá.

Pelo Mundo Todo – Planetary #1

Planetary 1

A primeira edição começa em um deserto esquecido por deus, no meio de lugar nenhum. Elijah Snow está nesse trailer quando chega Jakita Wagner, representando a organização Planetary. Ela diz que sabe que ele é um cara “das antigas”, com quase cem anos de idade, mas que sumiu de cena nos últimos 10 anos. Ela convida ele para trabalhar para o Planetary e ele aceita relutante.

Obviamente essa história se passa antes do prólogo (Snow já está na equipe no prólogo).

Agora de roupa lima e banho tomado, Jakita apresenta Snow ao conceito do Planetary, fala sobre a coisa toda de desvendar os mistérios do século 20, fala sobre o Quarto Homem (para saber mais leia o post de introdução) e o apresenta ao Baterista. Então eles partem para a primeira missão.

Planetary Jakita Wagner
“Você assombrou todo o século 20, Sr. Snow.”

A missão – Adirondacks:

Existiu um heróis secreto nos anos 30, um tal de Dr. Brass, um clássico herói Pulp, cientista super aventureiro e um homem à frente do seu tempo. Esse cara simplesmente desapareceu em 1945 (fim da Segunda Guerra Mundial) sem deixar vestígios. O último paradeiro conhecido deles foram as montanhas Adirondacks, onde foram encontrados, por satélite, algo que parece uma construção secreta.

Então o Planetary vai lá investigar e descobre que o Doc Brass ainda está vivo, com as pernas destruídas e protegendo algo. Esse algo é um computador quântico criado em 1945. A história (muito resumida) é a seguinte:

Doc Brass
Doc Brass e seus companheiros. Todos referências aos personagens Pulp, com exceção do Spider (mais à direita), que é ele mesmo, já que já estava em domínio público.

Doc Brass e outros seis heróis (todos referências à heróis Pulp) formaram uma sociedade secreta para guiar a civilização para um caminho melhor. Eles decidiram não interferir na guerra, mas sabiam que as bombas seriam lançadas. Então, criaram esse computador super computador quântico capaz de criar universos processar neles e destruí-los para encontrar o universo perfeito (parece a trama de Crise Infinita). Mas, em um desses universos, um grupo de heróis descobriu o que estava acontecendo e veio para enfrentar os 7. Então teve um quebra pau entre os heróis Pulp e essa nova geração (que parece muito a Liga da Justiça).

Liga da Justiça
Os heróis do multiverso. Referência à Liga da Justiça.

Todos morreram exceto o Doc Brass que ficou lá (preso por mais de 50 anos em uma caverna) para proteger a máquina.

E assim acaba essa primeira edição, deixando claro para o Snow o que o Planetary faz: Recolhe as histórias secretas (assim como essa) do mundo fantástico.

“É um mundo estranho. Vamos mantê-lo assim”

Planetary
Heróis Pulp versus heróis da era Comics.

Ilha – Planetary #2

Planetary 2

Nessa segunda edição um grupo de malucos de uma seita terrorista religiosa japonesa chega a uma ilha chamada de Ilha Zero. Esse local se encontra entre o Japão e a Russia e é um local “sem dono”. Chegando lá eles encontra o corpo de um monstro gigante. O time de campo do Planetary vai ao Japão por que a equipe local descobriu que essa seita está indo para lá.

A história é que, nos anos 40, depois de Hiroshima e Nagazaki, monstros gigantes começaram a aparecer nessa ilha. Ninguém sabe se foi por causa de uma bomba, um portal dimensional, um artefato místico ou qualquer outra explicação. Nos anos 70 eles começaram a morrer

A seita é cercada por soldados de algum exército secreto (eles têm bandeiras dos Estados Unidos, Russia e Japão). Então o líder deles atira em uma de suas bolsas repleta de gás dos nervos e todo mundo começa a morrer, tanto a seita quanto os soldados. Jakita corre e Snow fica na linha do gás e é então que descobrimos que ele tem poder de roubar calor das coisas.

Com os guardas mortos, o Planetary aproveita para fazer a limpa nos arquivos locais. Antes de ir embora, eles vêm um monstro gigante voando por ali. O tempo dos monstros gigante se foram, mas alguns sempre sobram.

Godzilla
“Isso é sagrado.”
É claro que é sagrado. É o Godzilla!

O que eu acho dessas duas primeiras edições de Planetary?

Eu não comecei a ler Planetary na ordem. Eu já tinha lido algumas edições picadas (inclusive a última) quando fui ter o material todo na ordem. Então não sei dizer se essas duas edições prendem, porque eu já estava preso muito antes.

Ainda não da para ter uma ideia de como todas essas coisas vão se ligar mais para frente, então pode parecer um monte de informações soltas, mas vai por mim: vale muito a pena.

Como eu sempre digo, Planetary é a série em quadrinhos definitiva do século 20, porque retrata quase todo o cenário cultural do século na forma dessas histórias secretas.

Eu não sei se você reparou, mas a edição 1, mostra o confronto entre os heróis Pulp e o surgimento dos super-heróis como conhecemos hoje (comics), na figura de personagens que representam a Liga da Justiça. Essa batalha se dá no final dos anos 30 e começo dos 40 (o Superman surge em 38) e se consolida com o fim da Segunda Guerra.

A segunda temporada fala de monstros gigantes no japão, mas fala do período onde a humanidade tinha medo da bomba atômica, que vai desde o fim da guerra (“Começou no dia após a bomba em Hiroshima”) até os anos 70, fim do auge dos filmes de monstro gigante. (Godzilla é de 54). Mas os monstros não acabaram, sempre surgem novos (Godzilla está ai até hoje).

Concluindo:

Então, Planetary inteiro vai ser essa viagem por toda a história da cultura pop do século 20. Sabendo disso a leitura fica ainda melhor. E spoiler, a próxima história tem a ver com anos 60, mas isso fica para o próximo post.

Ah, sim, as capas também emulam capas da época. É só ver essa capa da edição 2, por exemplo. É uma capa clássica de Atomic Horror.

Planetary saiu na Pixel Magazine, em 4 encadernados fininhos (a versão que eu tenho) e em um omnibus capa dura lindão que eu devo comprar um dia. Você pode comprar na Amazon clicando aqui.

Então é isso, Planetary é demais e essas duas histórias já começam muito bem.
E você, já decidiu ler? Já tinha lido e está relembrando?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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3 Resultados

  1. 22 fevereiro, 2023

    […] com esse capacetinho é muito bom. É claro que destoa da personagem, mas tem bem o tom das personagens pulp mesmo. Com a diferença dela ser a heroína né. Nos anos 20 ela seria uma garota refém nas pernas […]

  2. 8 dezembro, 2023

    […] é nosso queridão, o monstro gigante que todos amamos e que iniciou o gênero. No começo ele era o vilão que aparecia para destruir tudo porque sim, mas depois de um tempo o […]

  3. 9 dezembro, 2023

    […] nosso queridão, o monstro gigante que todos amamos e que iniciou o gênero. No começo ele era o vilão que aparecia para destruir tudo porque sim, mas depois de um tempo o […]

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