Superman e Authority – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos. Então vamos nessa com mais um trabalho do doido varrido Grant Morrison que eu tive que ler duas vezes para não pegar nem metade das referências. Então vamos nessa com Superman e Authority.

Authority:

Authority é um grupo de Super Heróis daquela editora Wildstorm, que era da Image, mas depois saiu e foi comprada pela DC. É a editora de Planetary, Stormwatch e Authority.

O Stormwatch era um grupo de heróis muito poderoso mesmo que vigiava a terra contra ameaças realmente enormes. Quando a líder, Jenny Sparks, morre, o grupo passa por um rebranding e passa a se chamar Authority.

O Authority são aqueles heróis que querem mudar o mundo na marra. Eles invadem um país para tirar um ditador do poder. Começam a aceitar refugiados na Balsa e partem para cima de super criminosos, matando muitas vezes. É um grupo muito diferente de heróis como o Superman, por exemplo.

Supeman:

Eu não tenho acompanhado a maioria das coisas recentes da DC (porque estou relendo altas velharias), mas o que você precisa saber é: O Superman agora é o Jon, filho do Clark com a Lois. E o Clark está ficando velho e os poderes dele estão diminuindo. Pelo menos nessa história, porque agora na DC tudo pode estar ou não na cronologia (em alguma delas).

E agora o Super decidiu montar seu próprio Authority, o que é muito contra-intuitivo pelo que eu expliquei logo acima. Então vamos ver o que o careca biruta que a gente adora (eu gosto pelo menos) vai aprontar com esse super grupo fora da casinha.

Então vamos falar da história finalmente.

Superman e Authority:

A história começa com Manchester Black (ex líder da ELITE, um super grupo extremo que se achava heroico) sendo atacado pela polícia. Ele toma um tiro e o Superman aparece dizendo que cuida daquilo.

Black acorda na Fortaleza da Solidão. Então Superman (Clark) diz que precisa da ajuda dele para montar uma super equipe. Enquanto o azulão enfrenta robôs da Zona Fantasma, Black decide ajudar e fazer parte dessa maluquice.

Então começam a forma o time. Os primeiros a entrar são Apolo e Meia Noite (membros do Authority original) e a Aço (Natasha Irons, filha do Aço original). Então eles partem para a primeira missão, entrar no Inferno para libertar Magia, aquela mesmo que foi do Esquadrão Suicida nos anos 80 (acho que ela fez parte da Liga da Justiça Dark também).

Passado essa parte, o grupo já parte para a missão final. Um ataque está para acontecer em Dubai, mas o Super acredita que alguém está atrás dele e eles ainda precisam contatar um último membro, uma menina chamada Raio de Luz. Ela é uma velocista e é a primeira humana nascida em Marte.

Daí a história parte para um clímax completamente doido porque o Morrison não sabe escrever final.

Black, Meia Noite e Aço vão para Dubai para sair na porrada com um monte de robôs e com um outro grupo que também se chama Authority. Apolo e Magia vão atrás da Raio de Luz que está prestes a cometer suicídio por influência do Eclipso.

E o Superman fica de isca para ser atacado pelo vilão, que logo ficamos sabendo ser o Ultra Humanoide, o primeiro super-vilão do Super.

Final:

No fim das contas o Super derrota o Ultra Humanoide (que está com um corpo de Solomon Grundy) e descobre que ele está trabalhando com Brainiac. Isso bloqueia o plano dos robôs em Dubai, que era só uma distração. E Apolo e Magia conseguem derrotar o Eclipso, salvar a Raio de Luz e ainda ganham uma nova OMAC para o time.

No fim das contas Superman esnoba os vilões e diz que nada disso é mais com ele, afinal, tem outro Superman na Terra. Ele tem outra coisa para fazer.

E aí finalmente ele explica porque montou esse novo time. Para libertar o Mundo Bélico.

O que eu achei de Superman e Authority?

A história é uma enorme zona de doideira super corrida como quase tudo que o Morrison faz. Tem um bilhão de referências a maluquices tecnológicas esquecidas da história do Superman. Ele resgata o fato de que o Ultra Humanoide é o vilão(super) mais antigo do Superman, antes mesmo de existir Lex Luthor.

O plano do vilão é meio bobo e perdido, mas é só para ter algumas porradarias enquanto a história de formação da equipe acontece. Além disso temos essa nova personagem, a Raio de Luz, que tem alguma ligação com a Muralha da Fonte, então tem coisa dos Novos Deuses para aparecer se o Morrison seguir com essa história.

Meio que não é o discurso principal da série, mas tem alguns temas muito legais que o Morrison coloca na história. Muita coisa sobre internet.

A Aço enfrenta uma invasão de robôs e trolls com consciências copiadas da internet. São vários monstros fazendo comentários escrotos de internet. Tem um neonazista no grupo de vilões que fica de mimimi porque não tem liberdade de expressão pra ser nazista. O Eclipso parece um troll de internet tentando fazer a menina se suicidar também.

Há ainda uma discussão sobre mudanças climáticas, cúpula do clima e como a humanidade se recusa a mudar. Brainiac diz que quer salvar o mundo da destruição da praga que é a raça humana.

Tem muita coisa interessante e nem dá para ficar comentando tudo aqui.

Mas no geral é isso. É uma hq para iniciados que gostam de piração e muita referência de cronologia. Eu adorei.

Minha tristeza é o que fizeram com o Coldcast, que virou um idiota.

A arte Mikel Janín é muito legal também.

Então é isso. Quadrinho doido do Morrison para quem gosta de quadrinho doido do Morrison. Eu gostei.
Mas e você, o que acha da ideia Superman e Authority?
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Um abraço.
E tchau.