Telemetria de Máquina da Morte – Planetary 21 (parte 15)
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos, mesmo que tenha tido um post extra de quadrinhos ontem, então vamos lá continuar com as resenhas de Planetary que já estão chegando na reta final. Hoje é dia de falar de Telemetria de Máquina da Morte, uma das minhas edições preferidas.
Então vamos lá.
Telemetria de Máquina da Morte – Planetary #21
A história começa com Elijah Snow procurando uma personagem que tinha aparecido até então, Melactha. Ele já derrotou um dos 4 e está atrás dos outros (na verdade ele já derrotou 2, mas não está contando para ninguém), então ele faz uma consulta com sua amiga. Ele chama Melanctha de Maga, mas ela diz que é uma cientista.
Ela começa a explicar para ele que, acima, na macroestrutura das coisas, existe a Sangria, mas que Feynman e outros cientistas depois dele estudaram o que existia nos níveis submicroscópicos das estruturas da Terra. Ela fala de moléculas, depois de átomos, depois de picotecnologia, quântica, cromodinâmica e quarks e de coisas cada vez menores. As menores estruturas possíveis, o “chão de fábrica da criação”.
Depois disso ela começa a falar sobre alma, a ideia de como as almas são campos elétricos que ficam presos ao corpo dos mortos, infectando o chão e voltando ao mundo dos vivos através das plantas. De acordo com ela, diversas religiões e cultos utilizaram o contato com determinadas plantas ou outras substâncias justamente para se conectar com essas microcoisas que se encontram no substrato mais baixo da existência.
Plantas que permitem que as pessoas entrassem em contato com os mortos, as mesmas plantas que ela colocou no chá de Elijah Snow.
Então começa a viagem do Snow.
Mergulhando:
Elijah entra nesse lugar que Melanctha descreve como limite inferior da existência: o mundo dos mortos, um ecossistema de almas. Lá ele encontra pequenas bolhas que conversam com ele através do pneuma. Essas criaturas são super estruturas informacionais, mas também são, de alguma forma, almas. Elas se comunicam com Elijah Snow e depois se afastam dele.
Durante a viagem essas esferas (ou almas) dizem que ele não faz parte daquele lugar. Que ele não é uma pessoa. Com isso, Melanctha completa a sua suposição, os filhos do século, os super humanos nascidos em 1 de janeiro de 1900, como Jenny Sparks, Blackstoke, Doc Brass, o Hark e o próprio Elijah Snow, não são pessoas. Eles são artefatos, ferramentas de proteção de um sistema de vida supercomplexo.
Cada um desses super seres têm um propósito diferente para existir e Melanctha não acredita que o objetivo do Snow seja caçar os 4. Ela diz que ele tem, na verdade, um objetivo muito maior.
Então a consulta acaba e Melanctha manda Snow, que está muito abalado, embora. Na última página ele vai embora e, no penúltimo quadrinho, Elijah Snow olha para fora do quadro.
Fim da edição.
O que eu acho de Telemetria de Máquina da Morte?
Eu adoro essa edição e ela é, realmente, uma das minhas favoritas de toda Planetary. Não tem ação, mas a quantidade de piração conceitual que rola nessa história exige que você leia várias e várias vezes.
Na verdade, essa edição é tão complexa que eu tenho a sensação de que esse post está muito ruim, porque eu não sou capaz de resumir os conceitos sem copiar todo o texto aqui. É claro que a minha explicação é um resumo, então eu realmente espero que você leia, ou releia, essa edição maravilhosa.
Eu queria que a Melanctha aparecesse mais, mas essa é a única aparição dela. O objetivo é amarrar algumas coisas, deixar outras em aberta e dar uma pausa na ação da parada.
Ah sim, importante dizer, tem muita coisa dita nessa edição que é real do ponto de vista científico. Termos como Cromodinâmica que estuda os quarks é real, por exemplo. Claro que boa parte é piração também, mas serve para arrumar a base de todo o lore de Planetary.
Tudo é informação. Os bebês do século são sistemas de proteção do mundo. O Baterista sabe (e Snow está se tocando) de que eles estão em uma história em quadrinhos. Tudo isso vai ser importante para o desfecho da série. Não é uma edição que está aqui só para ser linda.
Então é isso, uma das minhas edições preferidas. Eu adoro.
E você, ainda não se convenceu de que precisa ler Planetary?
Deixe sua opinião aqui na área de comentários.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.