Planetary #5 e #6 – Doc Brass e os 4 (parte 4)

Salve, salve, seres humanos e super deuses da terra.
Esse é mais um post da minha série de resenhas de Planetary, a mais maneira série de quadrinhos de todos os tempos (na minha opinião, é claro). Esse é o quarto post da série, para saber do que se trata, recomendo ler o primeiro.

Relembrando: Elijah Snow é um cara velho, “um fantasma assombrando todo o século 20”. Porém ele esteve fora de ação por muito tempo e se sente muito perdido desde que entrou para o Planetary.

Essas duas edições tem ligações com as edições 1 e 2.

O Bom Doutor: Um Romance de Planetary (#5):

Planetary 5 - Doc Brass


Nessa edição Elijah Snow decide conversar com Doc Brass, aquele herói pulp que foi resgatado na primeira edição. Então eles conversam sobre pessoas conhecidas por ambos, como Jenny Sparks e John Cumberland (ambos personagens de outras histórias da Wildstorm).

Enquanto isso, Doc Brass intercala com sua própria história de origem e de seu grupo de aventureiros Pulp. As páginas onde ele conta sua história são páginas amareladas com uma única imagem e texto corrido, exatamente como as revistas pulp eram.

Planetary 5 - Doc Brass e Hark


Não vou me ater aos detalhes, mas vou citar algumas partes importantes dessa conversa entre velhos. A começar pelo fato de ambos terem nascido em 1 de janeiro de 1900, assim como Jenny Sparks, eles são filhos do século.

Doc Brass fala um pouco sobre Hark e sobre suas aventuras. Snow fala que não entende o que o Planetary quer, mas obviamente Brass não sabe nada, afinal ele passou os últimos 54 anos preso em uma caverna. Mesmo assim ele consegue dar algumas perguntas para que Snow possa começar a trabalhar.

E, por fim, ele dá a maior lição que Snow precisa.

Planetary 5 - Doc Brass e Elijah Snow

É um mundo estranho – Planetary #6

Planetary 6 capa


Essa é a história onde a treta toda realmente começa. Se até agora só pareceu que o Planetary fica andando por aí e conversando com pessoas, agora temos os vilões da história. Muita coisa acontece nessa edição, então eu vou mudar a ordem e vou comentando alguns pontos importantes.

Na edição 2, Ilha Zero (a ilha dos monstros gigantes), depois que os guardam morrem com gás dos nervos, Elijah e Jakita aproveitam para pegar os arquivos deles. Nesses arquivos tinham informações sobre algo chamado projeto Artemis, que tem ligação com Os 4.

A história, resumindo muito é mais ou menos a seguinte. A Alemanha nazista tinha um grupo secreto de cientistas (além daqueles que a gente já sabe). Esses cientistas foram absorvidos pelos Estados Unidos e começaram um projeto de exploração espacial secreto, em paralelo com o Apollo. Esse é o projeto Artemis.

Projeto Apollo

Projeto Artemis:

O projeto Apollo era a cara do projeto, enquanto a Artemis era o braço de espionagem no espaço. Enquanto a Apollo chegou na lua em 1969, a Artemis já tinha estado lá quase 10 anos antes.

Em 1961 a Artemis é lançada em direção à Lua, com 4 tripulantes: Randal Dowling, Jacob Greene, William Leather e Kim Suskind, os 4. A nave nunca chegou, mas existem algumas gravações que indicam que eles passaram por algum tipo de anomalia multiversal. Quando a Artemis voltou à Terra, os 4 não eram mais humanos.

Toda essa informação e mais alguns dossiês são mostrados para o Elijah Snow, que fica putasso, querendo matar alguém. Desde a volta dos 4, eles se tornaram as mentes secretas responsáveis por saquear e roubar tudo de excepcional que acontece na terra. Super cientistas, aventureiros que guardam suas próprias descobertas para si próprios. Além disso, agora o Planetary tem a localização de um dos prédios dos 4. Então eles vão para cima.

Os 4

4 Voyagers Plaza:

Como eu disse antes, toda essa explicação é intercalada com a ação de agora, que se trata da dupla, Jakita e Elijah, invadindo o prédio dos 4. Chegando lá eles encontram William Leather, que rapidamente nocauteia a Jakita e encara o Snow.

Então temos uma conversa estranha. Leather conhece Snow de algum lugar. Ele diz que eles já se conhecem bem e que “eles” só o deixam vivo porque ele torna o jogo mais divertido. Por fim ele some, mas deixa Snow com algumas perguntas:

“Quem ganha com a lacuna na sua memória?
Quem conhece a história secreta de Elijah Snow?
O que seus parceiros de equipe estão deixando de lhe contar?”

Planetary William Leather

E assim acaba a edição e esse primeiro encadernado, com um monte de mistérios em aberto.

O que eu acho dessas duas edições de Planetary?

A edição 5 é uma edição mais morna. Ela segue a ideia das edições anteriores de fazer histórias focadas em outros estilos narrativos do século. Ela é muito interessante porque tem as partes em estilo pulp e posiciona esses heróis na complexa história desse mundo. Doc Brass e seus amigos eram os responsáveis por “manter o mundo estranho” na sua época, o que agora é tarefa do Planetary.

Em paralelo à narrativa do Doc Brass, o objetivo dessa edição é mostrar o incômodo do Snow, que vai crescer na edição 6. Além de nos lembrar que o Snow é muito velho e ainda tem muita história para contar, é claro.

A edição 6 é matadora. Finalmente temos vilões para o time de campo. Os 4 são exatamente o oposto do Planetary. Enquanto os heróis resgatam e salvam coisas, os 4 são super acumuladores e destruidores sádicos de toda a cultura secreta. No fim das contas, é um combate sobre preservar ou simplesmente acumular para demonstrar poder. Mas isso tudo vai ficar mais claro lá para frente.

Os 4 a Crítica:

Uma coisa que é óbvia para quem lê muito quadrinho, mas pode não ser clara para todo mundo: Os 4 são o Quarteto Fantástico (também surgiram no 1961) e a sede de poder deles tem um pouco (muito) de crítica à Marvel e de algumas maracutaias que um tal de Stan Lee fez por aí. Mas a crítica principal é a Reed Richards, que inventa portal para outras dimensões e outras coisas, mas nunca entrega uma tecnologia nova para melhorar a vida da humanidade.

Essa edição mostra que os 4 são filhos da puta, mas não para nós. Mais para frente você vai saber porque, e você vai odiar os 4.

Concluindo:

Planetary saiu na Pixel Magazine, em 3 encadernados fininhos (a versão que eu tenho) e em um omnibus capa dura lindão que eu devo comprar um dia. Você pode comprar na Amazon clicando aqui.


Então é isso, essa edição é o fim do começo de Planetary. Agora é para valer.
E você, já leu Planetary? Ficou interessado nos 4?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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