Falcão e o Soldado Invernal – resenha com spoiler

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje eu quero falar de uma série da Marvel, que teve muito hype e todo mundo viu quase ao mesmo tempo. Então é provável que você já tenha assistido, visto um monte de resenhas ou até tomado spoiler nas redes sociais. Mas eu sou um cara atrasado. Então minha resenha só vai sair agora porque sim. Então vamos lá que eu quero falar de Falcão e o Soldado Invernal.

Falcão e o Soldado Invernal é uma série da Marvel, que estreou no em março e terminou em abril com 6 episódios. No final de Vingadores: Ultimato, Steve Rogers fica velho e entrega o escudo para Sam Wilson, o Falcão. Ficamos achando que ele vai virar o novo Capitão América, mas ele entrega o escudo para o governo, em parte porque não se sente capaz.

Falcão e o Soldado Invernal – resenha:

A série foca na jornada do Falcão para aceitar que ele pode ser um Capitão América negro. Enquanto isso, o Soldado Invernal tenta se recuperar de seus traumas psicológicos ajudando a prender pessoas que eram da Hidra. Bucky fica puto com o Sam por ter entregado o escudo e eles vão ficando amiguinhos durante a série.

Os Apátridas:

O que move a série é um grupo de revolucionários, ou terroristas, chamados de Apátridas. A história é que, durante o Blip (os 5 anos onde metade da população desapareceu, por conta do estalo do Thanos) os países ricos derrubaram as fronteiras e aceitaram estrangeiros de todos os lugares. Agora que as pessoas reapareceram, essas pessoas estão sendo expulsas de volta para seus países, ou esquecidas em campos de refugiados (na prática eles não são refugiados, mas a ideia é essa).

Então essas pessoas foram traídas e os Apátridas fazem atentados contra uma agência que deveria cuidar dos refugiados, mas está fazendo um trabalho porco. E de alguma forma eles conseguiram um soro do supersoldado. São 8 super pessoas, lideradas por uma menina chamada Karli Morgenthau.

Zemo, John Walker e Sharon Carter:

O Falcão começa a caçar essa galera e o Bucky começa a ir junto. A preocupação principal é que os “terroristas” têm super poderes. Em paralelo, o governo dos Estados Unidos escolhe um novo Capitão América, o John Walker, que tem seu próprio ajudante, o Estrela Negra.

Os heróis precisam da ajuda do Zemo (o vilão de Guerra Civil), porque ele tem contatos. Zemo aceita ajudar porque odeia super soldados. Durante a treta toda, eles acabam sendo ajudados pela Sharon Carter em Madripoor, e também tem uma grande participação das Dora Milaje.

Spoiler:

No fim das contas acontece o que nós já esperávamos e o Sam Wilson, o Falcão, assume o manto de Capitão América, mesmo sem a aprovação dos Estados Unidos. John Walker vira o Agente Americano. E ficamos sabendo que a Sharon Carter é a Mercadora do Poder, a vilã responsável por desenvolver no novo soro do supersoldado.

Mas o que importa mesmo é que temos um novo Capitão América, agora um homem negro.

O que eu achei de Falcão e o Soldado Invernal?

Eu gostei muito da série. O ritmo é legal, a dinâmica dos personagens funciona. Os vilões são interessantes (e não estavam errados). E, principalmente, por ser uma série que fala de política.

A série nos lembra que o Capitão América pode ser usado como um elemento de propaganda, fala de racismo, fala de refugiados (de forma indireta) e também fala de engravatados que decidem a vida dessas pessoas sem conhecer a realidade delas.

A história do Isaiah Bradley (um Capitão América negro, que foi usado em experimento) é comovente. Ele está certo em ser pessimista “Nunca vão aceitar um Capitão América negro”, mas como contraponto temos o Sam representando a esperança com algo como “Vai ser difícil, mas eu tenho que tentar”.

É claro, que não é super complexo na parte política, mas tentaram falar de algumas cosias e funcionou no que tentou.

As cenas de ação são muito maneiras e isso é legal por ser com a galera sem poderes do universo dos Vingadores. Então esses personagens precisam ser muito habilidosos e muito absurdos em algumas coisas. As coisas que o Falcão Capitão América faz, voando e jogando o escudo, são muito maneiras.

Pela primeira vez vemos consequências do Blip, e já temos indícios de uma nova Hidra surgindo. Então a série deixa coisas para o futuro da Marvel, mas não é fundamental, porque quem não assistir à série pode entender que o Sam recebeu o escudo em Ultimato e virou Capitão. Tem uma sutileza nessas decisões.

Em resumo, baita série, se puder assista, se já assistiu, você já sabe do que eu estou falando.

Sim, a série fala sobre racismo, mesmo que tenha gente muito burra tentando dizer que não.

Então é isso, Falcão e o Soldado Invernal é uma baita série maneira. Adorei, especialmente a Sharon Carter.
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