Kakegurui – anime ideia errada – resenha da primeira temporada

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de, mais uma vez, falar de anime, mesmo que eu não tenha muito o costume de assistir anime. Pois bem, a Johanna (que já escreveu aqui pro site), me indicou um anime que ela achou muito doido e que talvez eu gostasse. Isso porque eu entendo um pouquinho de teoria dos jogos, estatística, um pouco de poker e essas maluquices. Então fui eu assistir ao Kakegurui. E agora vou dar meus pitacos.

Kakegurui – resenha da primeira temporada

Kakegurui tem uma ideia bem simples. Temos a Yumeko Jabami, uma protagonista viciada em jogos de azar, muito habilidosa, que chega em um local onde o jogo de azar é uma cultura. Então toda a hierarquia local é baseado nos jogos de azar e no dinheiro. A Yumeko é a novata, mas logo se depara com todo um grupo de pessoas que controlam tudo basicamente ganhando deles nos jogos e controlando eles através de dívidas.

Então a Yumeko, que é novata, mas é viciada em jogos e super habilidosa, sai derrotando todo mundo e seguindo em direção ao topo. Ela tem um amiguinho noob que sempre fica espantado com suas habilidades e a loucura dela. Ela é realmente viciada na adrenalina de apostar tudo. Inclusive ela sente tesão quando aposta. E tem uma outra personagem que é suicida e fica excitada jogando roleta russa. Essa é a vibe do Kakegurui.

Ideia errada:

Eu guardei uma informação crucial até agora, o motivo de eu chamar Kakegurui de “anime ideia errada“. Tudo isso se passa em uma escola.

Pois é, o anime tem vício em jogos, roleta russa, tendências suicidas, endividamento forçado, escravidão por dívidas e meninas peitudas ficando muito excitadas enquanto ‘apostam a vida’. E todas as personagens devem ter por volta de 15 a 17 anos, todas desenhadas bem sensuais (quase todas).

Kakegurui é um anime muito errado.

Outro elemento interessante é o grêmio estudantil (que é a galera do topo da hierarquia que eu já tinha dito). Tem todo um rolê (umas saídas para encaixar a maluquice em um roteiro) de que os alunos doam para a escola e podem fazer parte do grêmio. Então têm pessoas que já chegam na escola da jogatina super ricas, mas a maioria dos membros do grêmio são super jogadores que já rapelaram muita gente.

Então tem uma questão social interessante, porque os super ricos mandam os filhos para essa escola muto louca para que eles aprendam a apostar o cu no truco ter nervos de aço e saber lidar com situações limite e essa maluquice japonesa de treinar super filhos.

Plano de Vida:

Outra coisa interessante são os planos de vida. As vezes alguém fica devendo muita grana para o Grêmio estudantil, então o Grêmio cria um plano de vida para essa pessoa: com quem ela vai se casar (normalmente políticos), quantos filhos vai ter e várias outras coisas.

Por algum motivo, adolescentes em uma escola tem todo um plano secreto para o futuro político do Japão. E temos a presidente do grêmio, uma jovem com postura de adulta, que está conspirando várias paradas que só devem ser reveladas na segunda temporada.

Essa é a cena de Kakegurui, personagens adolescente excitadas com coisas que já seriam problemáticas se fossem com adultos.

O que eu achei de Kakegurui?

Tecnicamente, tinha tudo para ser um bom anime. O traço é legal, a narrativa funciona e o ritmo é bem legal. Mas é um anime muito errado nos conceitos. Era só tirar da escola e colocar numa faculdade. Ia continuar sendo bem errado, mas não ia ser a porra dum anime pedófilo do caralho.

Mas tem uma coisa, o anime é problemático, mas ele te prende. É tipo acidente de carro que você não consegue parar de olhar. Eu sou louco dos sistemas e de teoria dos jogos então eu ficava muito interessando em saber o que mais eles iriam inventar (porque cada partida no anime é com um jogo diferente). A maioria dos jogos nem são bons como jogo, mas alguns deles são bem criativos.

Ah sim, tem uma parada legal. Os personagens tem cara padrão de anime, mas em alguns momentos, rolam uns closes com traço diferente que mostram eles de uns jeitos muito doidos. Todos são meio loucos obsessivos e isso fica claro nos closes.

Então em resumo é isso, os jogos são interessantes, mas o anime é ruim. Eu sou um lixo humano e devo terminar de assistir, mas NÃO RECOMENDO. Tem muita coisa melhor para assistir na Netflix.

Ah! Tem um live action, mas eu não assisti e nem a pau que eu vou ver tudo isso de novo. Está na Netflix também

Então é isso, um anime bem anime, cheio de ideia errada japonesa. Não recomendo.
E você, já assistiu Kakegurui? Discorda do que eu disse? Quer me desafiar para uma disputa em um jogo muito criativo?
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Um abraço.
E tchau.