Lua de Fel (1992) – resenha
Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de post de resenha e eu quero falar de um filme sensacional apesar de ser ditrigido por um cara escroto. Então vamos nessa com Lua de Fel, do Roman Polanski.
Lua de Fel:
Lua de Fel (Bitter Moon) é um filme do Roman Polanski de 1992. O filme conta a história de dois casais que se conhecem em um cruzeiro e suas histórias se cruzam.
Nigel, esposo de Fiona, conhece Mimi no bar do navio. Eles trocam uma ideia rápida, mas não acontece nada. Porém, quando ele está saindo, ele encontra com Oscar, um velho cadeirante que é o esposo da Mimi. Ele diz para ele ter cuidado, porque ela é perigosa e ela quem deixou ele de cadeira de rodas.
Então Oscar decide contar a história do casal para Nigel que vai ficando cada vez mais a fim da Mimi, que é uma maravilhosa. Ah sim, Nigel é casado com Fiona, que fica desconfiada, mas deixa ele ir lá ouvir a história do velho maluco-doido. Nisso Oscar vai contando a história do seu amor e ódio com Mimi para Nigel, deixando claro que talvez ela queira ficar com ele, mas só depois que ele ouvir a história toda.
E o filme vai intercalando essa história com o flerte atual no navio. O filme é uma grande fofoca das boas.
Oscar e Mimi:
Oscar é um herdeiro americano que quer ser escritor. Então ele vai para Paris, onde conhece uma menina linda de tênis brancos. Como um bom herdeiro, ele não tem nada melhor para fazer e fica caçando ela por um tempão, até desistir e encontrá-la trabalhando como garçonete.
Eles se apaixonam rápido e ela vai morar com ele. Eles se dão bem, transam muito e ela parece ser a única pessoa do mundo que gosta do que ele escreve. Oscar e Mimi transam bastante (já disse isso?) até que eles brigam por ciúmes e com o tempo ele vai perdendo o tesão nela. Eles até chegam a testar uns fetiches, mas não rola.
Eles brigam, ele manda ela embora, ela até vai por um tempo. Então ela volta, chorando e dizendo que quer voltar, que aceita qualquer coisa para ficar por ali. Então Oscar decide simplesmente ser cruel e testar os limites dela.
Não vou descrever o que ele faz exatamente, mas ele “se livra dela”. Então ele segue na vida boêmia até que sofre um acidente. Mimi volta e vira cuidadora dele, agora que ele está de cadeira de rodas. E aí é a vez dela ser cruel com ele.
É uma relação sadomasoquista além do sexo.
De volta ao navio:
Nigel vai ficando cada vez mais interessado em Mimi enquanto Oscar conta sua história de amor que vira uma história de ódio.
Então ele termina de ouvir a história pouco antes da noite de ano novo, onde ele pretende se dar bem. E eu não vou contar como o filme acaba, mesmo sendo um filme velhinho.
O que eu achei de Lua de Fel?
Esse filme é fantástico. É uma grande fofoca de 2 horas, com umas cenas excelentes de sexo e um final muito interessante. Um filmão (embora o Polanski seja um escroque), com diálogos excelentes e uma história que te prende do começo ao fim, como uma boa fofoca faria. É claro, se um homem de cadeira de rodas diz para você que a esposa deixou ele assim, mas eles ainda estão juntos, você vai querer ouvir a história.
O Oscar e um escroto de marca maior. Como um bom herdeiro, ele passa a vida toda acreditando que o mundo pertence a ele. Ele conhece Mimi, arrasta ela para a sua vida, a consome e a descarta depois que o tédio chega. Depois disso, como um bom rico entediado, e com oportunidade, ele decide ser cruel. Um teste da própria impunidade.
A Mimi tem o corpo e a paixão de um mulherão, mas tem uma personalidade rasa e até infantil no começo (born sexy yesterday). Mas aí ela acaba sendo moldada pela crueldade e entrando no jogo de Oscar.
O interessante é que ela não é maquiavélica com um plano infalível para prevenir que ele fuja. A relação entre eles é uma relação de amor e ódio, mas também uma relação de dependência emocional muito forte. Os dois não têm mais ninguém que os entenda e nem mais grandes motivos para continuar vivendo.
O Nigel é um bobo também. Um cara branco sem características, mas que acha que o que está acontecendo é sobre ele de alguma forma.
Uma coisa interessante é que o Oscar passou a vida inteira tentando contar histórias (como escritor), mas fracassou miseravelmente. Enquanto isso sua vida é uma fofoca história fantástica. A única e última história boa que ele já contou.
Curiosidade:
Uma curiosidade. No meio do filme francês culto leblêblê, toca uma música brasileira (duas vezes). É a música Katia Flávia a Godiva do Irajá do Fausto Fawcett.
Concluindo:
Em resumo é um filmão com gente quebrada. Recomendo demais. Lembrando que é um filme bem erótico, tem peitinho, tem fetiche, tem cena de sexo e tudo o mais. Não é para assistir com a mãe no domingo. Mas é um filme excelente para assistir com o/a crush. Talvez você precise parar no meio para fazer coisas de adulto… claro que eu estou falando de conversar sobre sentimentos e inseguranças, uma coisa muito adulta. Achou que eu estava falando de quê?
Lua de Fel está no site pirata mais próximo da sua residência. Assista.
Preciso agradecer à pessoinha maravilhosa que me indicou esse filme. Você sabe quem você é.
Então é isso. Filmão profundo, gostoso e excitante. Gostei demais.
Mas e você, já viu? O que acha?
Deixe sua opinião aqui na área de comentários.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.
Obrigada por me apresentar a belíssima música Katia Flávia. Já tinha visto o filme mais de uma vez e não teria reconhecido hahaahah
Excelente resenha, como sempre! ❤️