Triângulo da Tristeza – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme bem esquisito, mas também interessante. Então vamos nesse com Triângulo da Tristeza.

Triângulo da Tristeza:

Triângulo da Tristeza

Triangulo da Tristeza é um filme de 2022 com roteiro e direção de Ruben Östlund. O filme conta uma história que começa estranha e parece totalmente desconexa por um tempo. Mas acho que dá para achar uma linha interpretativa interessante no fim das contas. Eu cheguei numa interpretação que funciona para mim, pelo menos.

O filme começa com jovens modelos masculinos em uma audição. É tudo meio constrangedor e esquisito. O entrevistador pergunta para os modelos o que eles acham de trabalhar em um ramo onde as mulheres ganham mais.

Depois temos um desfile de moda, onde pessoas precisam ceder seus lugares para supervips. E o desfile começa com uma frase do tipo “Somos todos iguais”.

Então somos apresentados a um casal de modelos. Eles brigam e tem uma relação bem estranha entre eles e entre o dinheiro. Mas seguem juntos.

Parte 2 – o cruzeiro:

Então temos um cruzeiro de super ricos, mas o casal de modelos está lá porque ganhou uma cortesia. Tem uns russos super ricos e excêntricos, todo mundo é rico, esnobe e pedante, com bastante destaque para o abismo social entre os convidados e a tripulação.

O capitão é um bêbado e decide fazer seu “jantar com o capitão” na quinta-feira, mesmo sendo avisado de que haverá uma tempestade nessa noite. Além disso, a comida fica passada porque a tripulação inteira fica ocupada por um capricho de uma russa rica-esnobe.

O jantar é um show de horrores, com todo mundo passando mal. O capitão fica bêbado junto com um russo e eles ficam discutindo socialismo x capitalismo no rádio do navio enquanto todo mundo vomita horrores em um navio balançante que parece que vai afundar.

Finalmente o navio é atacado por piratas, explode e naufraga. Alguns poucos sobreviventes acabam em uma ilha.

Parte 3 – a ilha:

Triângulo da Tristeza

Na ilha ninguém sabe fazer nada, até a chegada de Abigail, uma faxineira do navio, em um bote salva-vidas. Ela é a única que sabe pescar, cozinhar e acender fogo. Então ela toma o controle da situação, se tornando uma líder incontestável. Ela usa seu poder para dar uns pegas no modelo lá do começo do filme que também sobreviveu ao naufrágio. Eles ficam vivendo ali na ilha, com vários constrangimentos.

E o final eu não vou contar.

O que eu achei de Triângulo da Tristeza?

Esse filme é esquisito. Na verdade ele é meio que uma comédia de incômodo. São 2 horas e porrada de constrangimento e gente sem noção falando bobagem. Ele é brutalmente desconsertante.

Mas no fundo, sua narrativa é (me parece) sobre poder e sobre como o poder se esconde em relações que fingem ser igualitárias quando claramente não são.

É constrangedor quando os supervips tomam lugar das pessoas e logo em seguida o desfile começa com “todos somos iguais”. Assim como é constrangedor a russa fingindo ser legal com a tripulação, mas sem aceitar um não como resposta. E é ainda mais constrangedor quando dizem “somos todos iguais” quando a Abigail tenta se impor como a única adulta funcional naquela praia de inúteis.

Triângulo da Tristeza

É claro que não dá pra falar de poder sem falar de dinheiro. Então algumas dessas relações de poder são óbvias, mas outras nem tanto.

E no fim temos a tragédia quando uma personagem prevê o poder escorrendo de suas mãos.

Eu gostei do filme? Sim. Mas eu entendo algumas críticas. Acho que se você tentar interpretá-lo como um filme de crítica social foda, ele é raso e não chega lá. Pior que isso, ele é raso e óbvio demais.

Porém, se você olhar para ele como uma comédia de constrangimento, ele funciona legal e ainda tem de bônus algum comentário social (ainda assim, raso).

Então acho que a apreciação desse filme depende de como ele foi vendido para você.

Eu gostei. E recomendo. Mas assista como uma comédia estranha com gente esquisita. Pode ser legal. Mas pode não ser também.

Triângulo da Tristeza

Então é isso. Filme esquisitão. Gostei.
Mas e você? O que acha?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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1 Resultado

  1. Carla disse:

    Filme interessante, constrangedor. E, sim, é preciso ver como uma comédia estranha sobre jogos de poder.

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