Migrants – curta sobre migração

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de post de curtas metragens e eu trouxe um material bem interessante e poderoso. Eu estava um pouco cansado de só ver curtas de terror e procurei curta de animação. Mas esse aqui me quebrou legal e era melhor eu assistir algo com fantasmas e assassinatos mesmo. Então vamos nessa com Migrants.

Migrants

Migrants é um curta de cinco alunos da Pôle 3D school, na França. O curta fala sobre migração (ah, jura?!), mas com animais. A mensagem é bem simples e clara, mas ver acontecendo gera um sentimento interessante.

O curta conta a história de 2 ursos polares, um adulto e um filhote, em seu habitat, toda uma ilha enorme de gelo. O lugar está se desfazendo e derretendo e tudo o mais, e a dupla se vê à deriva em um pedaço de gelo. Então eles chegam a uma outra terra, um lugar verdejante e bem quentinho. Eles tentam se adaptar e conhecer o lugar, mas logo eles descobrem que os nativos dessa terra são um pouco hostis.

Uma coisa legal é que os ursos são ursinhos costurados. O curta não é stop motion, me parece uma animação digital, mas simula bonecos feitos à mão.

Assista aí ao Migrants:

Bom, como eu disse, a mensagem é bem óbvia, especialmente pensando no título do curta. A forma como eles são tratados se refere a como as potências tratam os seus imigrantes ‘ilegais’. Os Teddy Bears, que são bem padrãozinhos quando pensamos em ursos de pelúcia é a representação dessa classe dominante, que está preocupada em expulsar e não no que traz os migrates e o que os faz migrarem.

O interessante é que a sociedade dos ursinhos pardos se militariza para lidar com o problema. Eles começam apenas como cidadãos comum pegando armas (os galhos), mas no final do curta eles já são uma força policial fascista.

Tem um muro, ou uma grade grande que me faz lembrar do muro entre Estados Unidos e México.

E a cena final, do urso largado na praia, me parece uma referência a aquela foto do garotinho sírio morto na praia. Bem sinistro.

Então é isso. Um curta poderoso para pensar aí. Pense.
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Um abraço.
E tchau

Vulto

Desprezível.

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