O Gambito da Rainha – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
No final de Outubro estreou na Netflix a série O Gambito da Rainha (The Queen’s Gambit no original), uma série sobre xadrez e vícios. Só assisti agora no fim de novembro e finalmente vou falar um pouquinho dessa série. Então vamos lá.

The Queen’s Gambit é uma série baseada no livro de mesmo nome escrito por Walter Trevis. Não, não é uma série baseada em uma história real. O livro é de 1983 e isso é importante porque nos anos 80 ainda estávamos na Guerra Fria.

A série conta a história de Elizabeth Harmon, uma menina que perdeu a mãe em um acidente de carro e foi parar em um orfanato. No orfanato ela descobre duas coisas que serão as bases para toda a sua vida: xadrez e calmantes. Sim, eles davam calmantes para as crianças desde pequenas.

Então a pequena Elizabeth, que era filha de um Doutora em Matemática, fica viciada em remédios e começa a jogar xadrez com o zelador no porão. Rapidamente ela fica melhor que ele e se destaca derrotando os alunos do clube de xadrez da escola local.

Então ela é adotada e logo participa do primeiro torneio. Tem uma treta familiar entre o pai e a mãe adotiva e ela vai tendo que lidar com isso enquanto escala rapidamente no cenário americano do xadrez.

Torneios:

A série segue com vários torneios, muitos vitórias, poucas derrotas, até que Beth Harmon conhece, e tem a oportunidade de jogar contra o melhor do mundo, o russo Borgov. E aí começa a rivalidade entre ela, que nesse momento já é campeão americana, contra ele, o maior jogador russo e campeão do mundo.

Enquanto isso, ela precisa lutar contra si mesma e lidar com o próprio vício. Além que algumas questões familiares e sentimentais, mas disso eu vou deixar para você que vai assistir à série.

O final da série é ela jogando mais uma vez contra o Borgov, afinal, não poderia ser diferente. Para ser a melhor do mundo, ela deve derrotar o melhor do mundo. Nem considero como spoiler isso.

Uma coisa interessante é que a Netflix contratou grandes enxadristas, como o próprio Kasparov, para planejar as partidas que seriam jogadas na série. Eles usaram começos de partidas clássicas, mas com algumas pequenas alterações (muitas das partidas clássicas terminam em empate). Então as partidas são bem realistas e realmente bem jogadas.

O que eu achei de O Gambito da Rainha?

A série é bem legal. O ritmo é interessante só com 7 episódios.

As partidas de xadrez são muito boas, muito bem feitas e a Anya Taylor-Joy está arrasadora no papel. A trilha sonora é bem bacana também.

Guerra Fria em O Gambito da Rainha:

Eu vi uma crítica dizendo que era o Rocky 4 do xadrez, porque tem a narrativa de “temos que derrotar os russos“. Até tem um pouco, mas isso é tão pouco falado na série que nem me incomodou. A Beth mesmo não está nem um pouco interessada na treta política. Ela quer ser a melhor do mundo e precisa derrotar o melhor do mundo para isso. O fato dele ser russo é irrelevante.

Tem uma coisinha de guerra fria, porque o governo americano quer usar o sucesso dela como propaganda, mas isso é mais uma coisa do governo do que dela. E também não tem muito da narrativa de “Os russos são do mal. O sistema soviético cria máquinas e não pessoas”. Os russos que ela derrota são bem amáveis até.

Mas, de fato o livro foi escrito ainda na Guerra Fria por um americano. Isso é fato. Então sim, é propaganda americana. Mas não chega a comprometer a série não.

Concluindo:

De forma geral a série é bem legal. Recomendo, mesmo que você não entenda de xadrez (saber os movimentos das peças ajuda). Eu mesmo não entendo muito.

Uma coisa que me incomodou é que, em algumas partidas, ficam mostrando as caras das pessoas em vez de mostrar o tabuleiro. Queria ver mais os movimentos. Mas, novamente, não compromete a série.

Em resumo, baita série gostosinha de assistir. Recomento.

Inclusive voltei a jogar xadrez depois de assistir à série. Agora quero aprender de verdade.

Então é isso, O Gambito da Rinha é uma série muito boa e está na Netflix. Então se você já paga, recomendo bastante.
E você, joga um xadrezinho? Ficou interessando?
Deixe sua opinião aqui na área de comentários.
Curta a fanpage, siga no twitter e no instagram.
Compartilhe esse post.
Um abraço.
E tchau.