Orion e o Escuro, metaficção quase fofinha – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de resenha e eu quero falar de um filme novinho que está em destaque na Netflix. Então vamos nessa com Orion e o Escuro.

Orion e o Escuro (Orion and the Dark) é um filme da Dreamworks de 2024, novinho, que está na Netflix. Me convidaram a assistir e eu peguei para ver. E foi uma grata surpresa, mas por pouco. Eu vou explicar.

Orion e o Escuro:

Orion é um garoto medroso. Ele tem medo de tudo, uma ansiedade brutal onde ele imagina que coisas horríveis vão acontecer mesmo em eventos muito simples. Ele começa narrando seus medos com seu caderninho (onde ele desenha), sofre um pouquinho de bullying ali e tal. Mas a coisa começa a ficar mágica mesmo, quando ele vai dormir e revela para nós que seu maior medo é o escuro.

Então ele conhece o Escuro, que é uma entidade sombria que trás a escuridão com a noite. Ele está chateado porque ninguém dá moral para ele e todos têm medo. Então ele chama Orion, o maior dos medrosos para viajar com ele, para entender que a noite e o escuro não são tão ruins assim.

Eles começam a viajar e encontram as outras entidades da noite: Sono, Insônia, Silêncio, Barulhos estranhos e Belos Sonhos. A galera acha que Escuro não deveria ter chamado o guri e Orion atrapalha o trabalho deles. Rola uma briguinha, mas então ele percebe que não está mais com medo do Escuro.

Eles precisa ir rápido, porque a luz do dia fica seguindo eles e pode eliminar o escuro, caso eles se toquem. E daí a história se desenrola. O filme é novo, mas não vou contar o final. Mas tem uma coisa que eu preciso falar.

Metaficção:

Em dado momento, o filme para e vemos que um Orion mais velho está contando essa história para a sua filha. E o que ele discute com a filha, interfere na história. Não é como se ele tivesse só contando o que aconteceu com ele. Ele está criando uma fábula, ao-vivasso e ela contribui com ele.

Isso é interessante porque coloca uma camada de metanarrativa na história. É uma história sobre um pai e uma filha contando uma história.

E isso é tudo o que eu vou falar para não dar muito spoiler.

O que eu achei de Orion e o Escuro?

O filme é simpático, mas é meio mal acabadinho. Os monstrinhos tem um design pobre e pouco carisma. O momento de mostrar o que cada um faz é bem ruinzinho também.

Eu gosto do começo, achei aqui o pobre do Orion tem um problema de ansiedade sinistra, mais do que o medo do escuro. Daí aparece o escuro e o filme me parece um A Origem dos Guardiões da série B, porque as entidades são ruins e a coisa toda fica meio perdido. Se não fosse pela metalinguagem, o filme seria meio mequetréfe. Eu realmente fiquei mais interessado nos medos “incomuns” do Orion do que o medo do Escuro. Mas o Escuro fica lá tentando ser legal e a coisa não é tão interessante assim.

Eu gostei mesmo da metalinguagem e do final maluco envolvendo viagem no tempo. Justamente porque ele extrapola legal na metaficção.

Então o filme é interessante, me surpreendeu pela quebra da história principal, mas é meio fraco por conta da história principal. Tem umas coisas bastante interessantes, mas me pareceu meio mal acabado.

Recomento, mas não muito. Se tiver de bobeira, está lá na Netflix, mas tem coisa melhor, mesmo em desenho animado.

Então é isso. Filme legal. Adorei.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.