O Médico e o Monstro – resenha do clássico

Salve, salve, seres humanos e monstros da terra.
Hoje é dia de falar de literatura e eu trouxe um clássico para falar. Eu nunca tinha lido O Médico e o Monstro, mas estou corrigindo minhas falhas de caráter e, finalmente, o li. Então vamos para a resenha. Vai ter spoilers porque esse livro é muito velho.

O Médico e o Monstro


O Médico e o Monstro (The Strange Case of Dr Jekyll and Mr Hyde) é um livro de Robert Louis Stevenson, lançado em 1886.

O livro acompanha a narrativa do senhor Utterson, um advogado que acaba ficando responsável pelo testamento de seu amigo, o médico Heny Jekyll. Henry Jekyll é um bom homem, amável e bondoso, que decide deixar tudo, em seu testamento, para um desconhecido Mr. Hyde.

Utterson logo começa a ouvir histórias desse tal sr. Hyde, um homem pequeno e vil, acusado de pisotear uma criança e pagar por se crime com um cheque em nome de Jekyll. Utterson logo conhece Hyde e descobre se tratar, de fato, de um homem vil, de aparência monstruosa e claramente maligna.

Então esse é o mistério, porque o bondoso Henry Jekyll tem como protegido o terrível Edward Hyde?

Como todo mundo já sabe, já que essa história já está em domínio público e foi adaptado para todo tipo de mídia, Jekyll e Hyde são a mesma pessoa. O Doutor toma uma fórmula que o transforma no “monstro”, o que permite que ele exerça seus desejos sem ser julgados. Isso só vira um problema quando ele começa a ser mais Hyde do que Jekyll, e a se transformar de forma involuntária.

O Médico e o Monstro é um livro curtinho, com menos de 100 páginas e tem uma narrativa bem ágil apesar de, em certos momentos, ter uma linguagem arrastada e datada do século 19.

O Médico e o Monstro

O que eu achei de O Médico e o Monstro?

A história é muito interessante e muito inovador para a época em que foi feito. Lendo hoje, pode parecer meio clichê, mas é importante lembrar que esse livro quem criou esse clichê.

A história é bem interessante, mas ela é entregue de uma forma meio esquisita. O livro é um mistério que vai se relevando ao pouco, mas o Utterson fica meio perdido até que, no final, ele recebe duas cartas que explicam tudo. Literalmente, os dois últimos capítulos (de 10) são cartas. a última é do próprio Jekyll contando, de fato, tudo. Isso me incomoda um pouco.

Outro incômodo, é que essa literatura britânica do final do século 19 tem muita coisa do tipo, é muito sobre homens nobres que se acham (uns aos outros) muito incríveis.

O tempo todo, alguém descreve aos outros como “sujeitos muitos distintos” e que “dá para ver que se trata de um sujeito de fantástico intelecto” e coisas desse tipo. Não tem personagens femininas relevantes, e todos os personagens masculinos são médicos e advogados muito nobres, cultos e sábios e corajosos também. Isso é um pouco chato, mas é um problema da época e não do livro em si. (The Lost World tem o mesmo problema).

Mas, no geral, é uma leitura leve e muito boa. E um pouco obrigatória, por ser um clássico de uma proto ficção científica. Recomendo.

Então é isso, um clássico. Curti.
E você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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12 Resultados

  1. ANA JULIA LIMA DE FIGUEIREDO disse:

    Gostei da obra, junto com os vídeos de Theilany Costa oqual ela admira o livro de Robert Louis Ste. por se tratar de uma temática o qual foge do normalidade , pois não retrata o confronto apenas do bem e mal , mas sim que todos possuem ambos só que um sobressai diante o outro caso dos personagens Dr. Jekyll e Sr. Hyde tratam de uma mesma pessoa . Entretanto com personalidades e gostos diferentes , opinião dada também pelo youtuber Samir Lahout o qual incentiva essa leitura por se tratar de um clássico imperdivel publicado no ano de 1941, além da resenha de La Carte são ferramentas as quais incorporam o incentivo à essa literatura . Isso me fez gostar ainda mais foi pelo fato da presença com um fundo filosófico o dualismo apresentado por Nietzsche em ” Além do bem e o mal” abordando valores da sociedade libertando o ser humano inclusive daqueles impostos pela religião. Concordo que poderia ser melhor, pois os papéis são restritos apenas aos homens e aqueles da alta – sociedade sem ter um personagem de grande relevância feminino ou alguma revelação que estava ocorrendo, porém por se tratar de um sonho pessoal oqual influenciou o autor e pelo tempo que a obra -literária foi escrita ela se encaixa nos requisitos.

    CNSA aluna do 1B .

    • Lorena marques Coimbra Brandão disse:

      Gostei da obra e achei muito interessante, pois Theilany fala que sempre haverá um lado dominante mesmo todas as pessoas tendo o bem e o mal em si, e pelo fato dele não ser uma obra q condiz com a realidade; mas também concordo que poderia ser melhor pois não tem papéis importantes para as mulheres, também tem haver com a época que os homens eram mais dominantes, independente disso gostei bastante da obra.

    • Vulto disse:

      Muito obrigado por comentar! <3
      Volte sempre. Aqui no site temos conteúdo todos os dias.
      Vocês são de alguma escola? Essa é uma tarefa?

  2. Yasmine Alecksia disse:

    Gostei bastante da resenha

  3. Maria Luiza Assis disse:

    Gostei bastante da história do livro

  4. Carollina Santana disse:

    Ótima resenha, dar para compreendermos nitidamente o livro, de forma breve, concordo com suas críticas, porém é um ótimo livro.

  5. Arthur Soares disse:

    gostei muito do conteudo

  1. 30 junho, 2023

    […] A personagem também quebra a quarta parede e fica conversando com quem está assistindo, fazendo comentários de quem sabe que é personagem de uma série de TV. E no meio disso ainda tem a vida amorosa da Jen, que não se dá muito bem, mas a She-Hulk sim. Por um lado Jen não quer ser a She-Hulk, mas She-Hulk é fantástica. Então ela quer ser a She-Hulk, mas não quer que o mundo trate a Jen a irmã feia (e ela nem é feia). É o drama de personalidade que todo personagem que se transforma tem desde o Médico e o Monstro. […]

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