As Muitas Mortes de Laila Starr (hq) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu quero falar de um gibi totalmente fora do radar, mas que eu acabei lendo e é simplesmente sensacional. Então vamos nessa, porque eu quero falar de As Muitas Mortes de Laila Starr.

Esse é um quadrinho de 2021, então vou tentar não dar muito spoiler. Mas vou dar um panorama geral. E eu recomendo que você leia, então não foque no principal, porque esse é um gibi que vale pelos detalhes. Vamos nessa.

As Muitas Mortes de Laila Starr – resenha:

A história é a seguinte. Um dia nasce uma criança chamada Darius Shah. Darius, por motivos divinos não explicados, está destinado a ser a pessoa que vai descobrir/inventar/desvendar a imortalidade.

Enquanto isso, no paraíso (ou algo semelhante, onde vivem os deuses), a Morte perde seu emprego, já que ela não será mais necessária. Lembrando que o quadrinho se passa na Índia, então a deusa da Morte é azul e tem seis braços.

Então a Morte perde o emprego e pode vir para a Terra em um corpo humano. Ela mexe os pauzinhos para poder vir para perto de onde está o bebê. Então ela renasce no corpo de uma humana recém morta naquele mesmo dia, a Laila Starr.

Laila Starr, recém morta, recém renascida, procura o bebê para matá-lo, mas acaba não tendo coragem. No meio da confusão ela foge e morre de novo, atropelada por um caminhão. Isso tudo acontece na primeira edição, então não é spoiler. E a gente já sabia que ela morreria várias vezes por conta do nome da série.

Laila Starr e Darius Shah:

A minissérie tem 5 edições. Cada edição se passa em um momento da vida de Darius Shah.

Prahna, deus da Vida trás Laila de volta anos depois dela morrer. Ela acaba encontrando com ele em uma fase diferente da vida. Em algumas das histórias eles interagem. E no fim ela acaba morrendo mais uma vez. Anos se passam e Prahna a trás de volta.

Só na primeira que ela quer matá-lo. Depois disso vira uma coisa mais contemplativa, onde Laila tenta entender como é essa coisa de ser humana, de estar viva e o que isso tudo significa no esquema das coisas. Além do Darius, ela encontra outros personagens.

E eu não posso falar mais sobre a vida do Darius Shah, porque isso seria spoiler. Lembre-se que ele era destinado a descobrir a imortalidade.

O que eu achei de As Muitas Mortes de Laila Starr?

Esse quadrinho é uma coisa linda de meu deus. Eu já terminei de ler ele há algum tempo, mas eu ainda estava digerindo tudo para poder escrever essa resenha.

O tema é a morte. Claro, não podia ser diferente. Mas o tema filosófico não deixa que o quadrinhos se torne chato e blasé. Tem uma piração, com fantasmas, corvos falantes e histórias profundas sem perder o ritmo de quadrinho.

Existem cenas belíssimas de pessoas conversando em uma paisagem bonita, mas não vira um tratado de filosofia. Até trata a filosofia, mas com uma linguagem ágil que qualquer um pode entender.

E a arte é maravilhosa.

A vantagem é que é uma mini de 5 edições. Sem tempo para enrolação. Ótima leitura.

O roteiro é do Ram V e a arte é do Filipe Andrade.

Infelizmente eu acho que isso não saiu no Brasil ainda.

Então é isso. Quadrinho excelente. Adorei.
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