Dossiê do Esquadrão Suicida extra – Coringa
Salve, salve, pessoas enlouquecidas e desvairadas.
Concluindo nossa série de dossiês do Esquadrão Suicida com ninguém mais, ninguém menos do que o grande malvadão do filme, o palhaço do Crime, o bobo, The Joker, o palhaço, o CORINGA!
Na prática o Coringa não é um personagem do Esquadrão Suicida, mas como ele vai estar no filme e já está arrancando sorrisos de muita gente, ele merece um dossiê também.
Vale lembrar que o palhaço do crime é um personagem muito velho e muito presente na cronologia da DC, então não é possível falar de todas as histórias que ele participa, então vou focar nas principais. Vamos lá.
O Coringa surge na primeira edição da revista do Batman (Batman #1 1940) como o primeiro vilão do Homem Morcego. Na época os roteiristas pensaram em matar o personagem ainda nessa primeira edição, mas uma decisão editorial decidiu que os roteiristas deixassem um quadro que abria um questionamento sobre sua morte.
Ele continua aparecendo como um psicopata do mal, vestido de palhaço até o número 12. Então na edição 13 ele retorna como um brincalhão, meio psicopata, mas ainda assim um pregador de peças, e ainda hoje é muito visto assim.
Em 1951 (Detective Comics #168) o Coringa ganha uma origem. Nessa primeira origem ele era o criminoso Red Hood, que caiu em um tonel de produtos químicos e acabou desfigurado e louco.
Em 54 surge o Comics Code Authority, uma lei que proibia que certos tipos de conteúdos adultos e violentos fossem mostrados nos gibis. Nessa época o Coringa se torna um ladrão engraçadinho perdendo um pouco suas tendências homicidas.
Em 1973, depois de ficar 4 anos desaparecido, o Coringa volta à Gotham para se vingar de seus antigos comparsas em The Joker’s Five-Way Revenge, agora sim mais psicótico e brutal.
Em 1975, o palhaço do crime ganha sua própria série The Joker, onde enfrenta outros vilões de Gotham para ganhar o controle da cidade. Essa minissérie fracassa e é cancelada na nona edição.
Em 1976 Steve Englehart escreve um pequeno run em Detective Comics. Esse arco define o Coringa como um vilão insano e delirante, deixando de ser apenas um bobo, e apenas um psicopata. Em uma dessas histórias, o Coringa faz com que os peixes de Gotham fiquem com a sua cara para que possa ganhar algo com direitos autorais, só para ter um exemplo.
Depois de Crise nas Infinitas Terras. O Coringa aparece primeiro em The Dark Knight Returns, em um futuro alternativo onde o Batman se aposentou e o Coringa segue apático sem seu rival.
Em 1988 o Coringa tem papel principal dobrado na vida do Batman, sendo responsável por assassinar brutalmente o Robin Jason Todd, no arco de histórias Morte em Família, e por aleijar Barbara Gordon, a então Batgirl, na Graphic Novel de Alan Moore, A Piada Mortal.
Em A Piada Mortal, Moore reconta a origem do Coringa, criando uma história que envolve um comediante fracassado sem sorte e um dia extremamente ruim. Esse é o Coringa que vale até hoje.
Em 89, Grant Morrison escreve Arkham Asylum: A Serious House on Serious Earth, onde explora a psique, tanto do Coringa, quanto do Batman.
Em 92, começa a super incrível e sensacional série de animações Batman: The Animated Series, e o Coringa é um personagem fundamental. É nessa série que surge sua sidekick, a tão querida, Harley Quinn.
Em Joker’s Last Laught (2001) os médicos dizem para o Coringa que ele tem uma doença e que está prestes a morrer, achando que isso vai ajudar a reabilitá-lo. Ele enlouquece ainda mais e acaba controlando uma série de outros supervilões para cometer sua última onda de crimes. Asa Noturna acha que o Robin (Tim Drake) está morto, Asa Noturna espanca o Coringa, mas Batman o impede de matá-lo.
Em Under the Hood (2005), Jason Todd renasce como Capuz Vermelho (não pergunte) e tenta convencer Batman a matar o Coringa. Ainda em 2005, no fim de Crise Infinita, O Coringa assassina Alexander Luthor da terra 3 por ter sido deixado de fora da Sociedade Secreta de Vilões.
Em Batman R.I.P (2008) o Coringa é recrutado pela Luva Negra para destruir o Batman, mas trai o grupo e mata vários dos vilões um por um.
Depois de Crise Final, o Coringa é espancado pelo novo Robin (Damian Wayne) com um pé de cabra em uma cena que referencia a morte de Jason Todd.
Em 2008 sai também a graphic novel Joker, de Brian Azarello, que mostra o Coringa saindo da cadeia e retomando controle do crime de Gotham.
Nos Novos 52 eu não li muito do Batman, mas o que eu sei é o seguinte:
O Coringa arranca fora o próprio rosto e o utiliza como máscara, o que é uma ideia horrorosa, zombada pelos próprios roteiristas posteriorermente, quando o próprio personagem reclama de não ter pálpebras e ter que pingar um colírio no olho a cada 2 minutos.
Em Endgame (2014) ele volta acusando o Batman de “trair sua relação”. Nesse arco dão a entender que o Coringa seria imortal, sendo responsável por várias tragédias em Gotham no último século.
Em Darkseid War (2015~2016), Batman senta-se na cadeira do novo-deus Metron e vira o “Deus do Conhecimento”. Ele pergunta para a cadeira a identidade do Coringa. A revista não revela para nós o que o Batman soube, mas ele diz algo como “Não pode ser”.
Eu não terminei de ler Darkseid War por que estava realmente ruim e acredito que essa informação não deu em nada, até por que agora, em Rebirth, aparentemente existem 3 Coringas, o que vai ser uma puta bagunça.
Concluindo: O Coringa é um dos vilões mais icônicos da DC, sendo mais reconhecido que muitos heróis. Ele é maluco, e perigoso, mas tem liberdade para ser engraçado quando precisa, o que pode ser excelente ou muito imbecil dependendo do roteirista. Na prática ele vem sendo muito maltratado de Crise Infinita pra cá, com poucas exceções, mas tem um conteúdo sensacional nos anos 70 e 80.
No filme, ele vai ser interpretado por Jared Leto (Mr. Nobody e Clube da Luta) que é um baita ator, totalmente confiável. Eu não gostei muito do visual do personagem, mas eu sou leitor antigo e acho que essa versão é para uma galera mais nova. Só acho que a gente já ia entender que ele é maluco sem precisar escrever isso na testa.
Se quiser ler algo do personagem, leia a graphic novel de Azarello, A piada mortal e Morte em família. Pode ler Planeta dos Condenados também, é meio idiota, mas tem uma briga legal do Coringa com o Luthor.
Antes de acabar é importante lembrar que o melhor Coringa ainda é o César Romero.
É isso pessoas. Esse foi, de fato, o último dos dossiês do Esquadrão.
Espero que tenham gostado.
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Um abraço.
E tchau.
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Post publicado originalmente por mim em Gancarteek.com