Fúrias Femininas (minissérie) – resenha parte 1

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu vacilei e deixei essa resenha atrasar. Acontece que esse gibi tem tantos detalhes e tanta coisa para comentar que eu me enrolei para escrever. Então vou ter que dividir em duas partes. Então vamos lá falar de Fúrias Femininas.

Fúrias Femininas

Fúrias Femininas é uma minissérie em 6 edições que saiu em 2019, com roteiros da Cecil Castellucci e artes da brasileira Adriana Melo. O grupo é um grupo de guerreiras de Apokolips desde sempre, mas aqui eles meio que recontam a história do grupo fora da cronologia, mas com os conceitos bem similares. Então nessa história Barda ainda faz parte das Fúrias e o Senhor Milagre, Scott Free, ainda está em Apokolips.

A minissérie tem 6 edições e hoje eu vou comentar sobre as 3 primeiras.

Fúrias Femininas – parte 1:

As Fúrias Femininas são uma tropa de elite de Apokolips sobre treinamento da Vovó Bondade. A diferença aqui é a presença de uma nova personagem: Aurelie. Junto com ela estão as fúrias originais: Grande Barda, Lashina, Bernadeth, Harriet Louca e Stompa.

Apesar do fato das fúrias serem super guerreiras muito treinadas, os inspetores não dão crédito a elas por serem mulheres. Darkseid e seu séquito tratam a Vovó Bondade como uma incompetente e incapaz. Enquanto isso temos flashback mostrando que a própria Vovó Bondade, quando ainda era jovem, foi muito importante na conquista de Apokolips por Darkseid, mas não levou o crédito e acabou ficando com o orfanato para cuidar.

As fúrias se mostram combatentes formidáveis. Porém os homens decidem testá-las em “coisas de mulher”. E elas reprovam. Isso coloca Aurelie na mira de Willik, que decide dar um treinamento particular para ela.

Willik abusa de Aurelie, mas ninguém a leva a sério, porque as outras mulheres têm inveja dela. Acreditam que ela é preferida e está de frescura.

Em uma missão, um dos filhos do Lobo das Estepes, Rublon, ameaça abusar de uma garota capturada e Aurelie o mata. Ela e Barda escondem o corpo.

Abuso:

Fúrias Femininas

A segunda edição segue com Aurelie sendo abusada pelo Willik. Por mais que ela se sinta cada vez pior por ser obrigada a ficar com ele, ela não consegue apoio das companheiras de time. Isso porque as outras acreditam que ela tira vantagem da situação e de ser muito bonita.

Ela engravida e é forçada a fazer um aborto pela Vovó Bondade, segue fazendo missões até que uma hora ela se emputece e espanca Willik. Isso faz com que ela, e as Fúrias como um todo, sejam repreendidas. Isso deixa as outras mulheres, que deveriam ser suas companheiras ainda mais contra ela.

Enquanto isso Vovó Bondade coloca outro plano em prática. Então ela manda que as fúrias sequestrem a Belos Sonhos, do Povo da Eternidade.

Belos Sonhos:

A Vovó Bondade trouxe a Belos Sonhos com interesses próprios, mas ela começa a causar pesadelo em todas. Aurelie se encontra com ela, dentro do sonho e finalmente Aurelie entende que o mundo não precisa ser o horror em que ela vive. Aurelie ajuda Belos Sonhos a fugir a com ajuda de Scott Free também. Juntos eles vão para o refúgio de Himon, mas as Fúrias chegam para buscá-la.

Depois de uma luta, Aurelie segue relatando os abusos que ela sofria. Mas as outras fúrias não acreditam nela. Então elas a capturam e a levam de volta.

Esse é o final da edição 3 e aqui a coisa fica muito séria. De volta a Apokolips, a Vovó entrega Aurelie para Willik mais uma vez. E aí ele faz algo terrível, que você vai ter que ler para saber. Mas é bem tenso mesmo.

Daqui para frente a Barda vai ser a protagonista.

Fim da edição 3.

Fúrias Femininas

O que eu achei de Fúrias Femininas?

Eu tive que separar essa minissérie relativamente curta em dois posts por um motivo muito simples. Essa história é poderosa demais.

Essa virada final do final da edição 3 é uma porrada na cara. Era o caminho horrível e inevitável construído desde a edição 1. Mas isso ainda é quadrinhos e você tende a ter um pouco de esperança de dias melhores. Mas os dias melhoras não vêm. E tudo é puro horror.

Eu devo falar disso com mais calma na parte 2, mas claramente a história é uma história feminista sobre a situação das mulheres. A Vovó Bondade era a melhor guerreira e é deixada de lado por ser mulher. E com o tempo, para subir, ela se torna uma opressora cruel. Ela ainda acredita que suas tropas femininas são melhores e que merecem destaque, mas massacra as suas subordinadas para que elas sirvam.

Mas, de forma geral, o que mais me dói é ver as outras fúrias brigando com a pobre Aurelie, por uma inveja construída. Ela sobe tendo que ser abusada por isso, mesmo sem querer, e acaba sendo odiada por isso. No fim o abuso que escala termina em morte, como acontece no mundo real.

É triste, mas é verdade. É trágico e poderoso.

A questão das mulheres lutando entre si até perceberem que precisam se unir para lutar contra a opressão vai estar mais presente nas outras 3 edições. Mas, infelizmente, Aurelie teve que morrer antes dessa união acontecer. É triste.

Fúrias Femininas

Então é isso. Gibi triste demais, mas muito bom. Eu preciso falar dele.
Mas e você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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