Homem Animal – Viagem no tempo (22 e 23) (parte 11)
Salve, salve, seres humanos da terra.
Estamos chegando ao fim dessa saga que está sendo resenhar toda a fase do Morrison à frente do Homem Animal. Esse é o décimo primeiro post dessa sequência e estamos chegando ao fim. Então vamos lá.
Relembrando: Buddy viajou com o Highwater para tomar peiote e entender o grande esquema das coisas (isso na parte 9), mas quando voltou descobriu que sua mulher e filhos foram assassinados. Então ele ficou em depressão, mas depois conseguiu uma pista e resolveu se vingar. Mas, apesar de matar todos os envolvidos ele não se sente melhor, terminando a última edição decidido a voltar no tempo.
Tempo Engarrafado (Homem Animal #22):
Essa edição começa com o Homem Animal indo visitar o laboratório de John Starr, o Comandante do Tempo (aquele que foi derrotado na edição com a LJE). Ele pede ajuda para voltar no tempo, mas o Comandante está sem poderes. Então ele visita Rip Hunder, o mestre do tempo, para pedir uma máquina do tempo. Ele mente sobre seus motivos e Rip Hunter o entrega uma máquina do tempo defeituosa.
Então ele viaja no tempo, mas não em carne e osso, apenas como uma transmissão, pouco sólida e com pouquíssima ação. Isso resolve o mistério do fantasma que apareceu nas edições 8, 9 e na edição 14. O fantasma era o Buddy do futuro, e agora podemos ver o que ele estava fazendo como fantasma e cenas das edições anteriores de um ponto de vista diferente.
Em resumo, ele não consegue fazer quase nada, pois não consegue interagir com ninguém. Ele até chega a mandar recados como o “9, 27” no tabuleiro de Ouija e na janela, e mexe o copo de água da Ellen, mas nada que vá salvá-las. Cada vez ele fica mais triste e deprimido até que, no final da edição, ele é encontrado pelo Vingador Fantasma.
Enquanto isso, no Arkham, o Pirata Psiquico tem um ataque e expele tintas de sua cabeça. Ele manifesta um gibi, especificamente a edição 123 de The Flash, a história conhecida como Flash de dois mundos. Essa história é considerada a edição que começou o multiverso da DC. Em outra cena, um dos Aliens amarelos convoca Highwater para “o momento final”.
Crise (Homem Animal #23):
Essa edição tem duas partes da história se intercalando em locais separados. Vou falar delas separadamente.
No Arkham, temos o Pirata Psíquico (agora com sua roupa de vilão), se preparando para “o Grande Final”. Vários gibis (dentre eles uma edição de Watchmen #1) e personagens do segundo escalão da DC, que estariam esquecidos por serem apagados na Crise nas Infinitas Terras, começam a aparecer por lá.
Dentre os personagens se destacam alguns dos personagens do Sindicato do Crime da América (a Liga maligna da Terra 3), o Sindicado do Amor (A Liga Hippie), Detetive Chimp, Geada, Psimon, Uberman (o Super nazista), Aquagirl, Quartzo e mais um monte de gente mais esqueível do que esses que eu já falei.
Basicamente o Pirata Psíquico está relembrando personagens apagados pela Crise de volta à vida. Então ele se lembra de um personagem que ele não quer lembrar e trazer de volta, um tal de Overman. Overman é um Superman de uma Terra onde os heróis são criados e controlados pelo governo. Ele mata a liga e tem uma bomba do juízo final (que vai ser importante em breve). Então o Pirata Psíquico tenta alertá-los que eles são só personagens de gibi sendo observados por nós.
E o Homem Animal segue viajando no tempo:
Enquanto isso, O Homem Animal, que estava viajando no tempo, foi ainda mais para trás até chegar na época do movimento Hippie (anos 60,70?), onde ele é encontrado pelo Vingador Fantasma, que o leva para tomar chá com outros personagens imortais: Jason Blood (o Etrigan) e o Homem Imortal.
Eles têm uma conversa sobre a morte e a perda. Cada um dos três imortais ensinam para o Homem Animal como lidar com a morte, mais especificamente como ser aquele que sobreviveu. Se você não continua vivendo, você deixa a morte vencer. Quando o Homem Animal aprende a lidar com o luto e decide voltar para fazer da Terra um lugar melhor, o peso sobre suas costas acaba ele retorna ao presente.
De volta ao Arkham:
Então chegamos no final da edição. O Ultraman consegue tocar as paredes do quadro e força até que uma delas quebre, então ele cai para fora do quadro. Enquanto isso o Overman aparece, alucinado, com a bomba do juízo final. O Pirata Psiquico olha para o leitor e diz “Tamo indo aí te pegar!”. E então, na última página o Homem Animal chega.
E fim da edição.
O que eu achei dessas duas edições?
Depois das duas edições antes dessas, onde o Homem Animal vira um herói badass traumatizado e malvadão (sem sucesso), agora o Homem Animal volta para a loucura alucinada que o Morrison gosta de verdade. Viagem no Tempo, resquícios de um multiverso perdido e vários personagens dos quais quase ninguém se lembra.
Essa história é um interlúdio, onde o Homem Animal vai aprender que não adianta ser amargurado para sempre. Pode parecer “só” uma discussão sobre o luto, mas é mais do que isso. É nessa edição que o Homem Animal volta a ser super herói. Essa é a virada para que ele possa voltar e provar que o lúdico é muito melhor do que o “quadrinho adulto”.
E o quadrinho adulto vai ser representado pelo Overman, que vem de um mundo muito Image Comics, onde tudo é “realista” e horrível. Não preciso dizer que a próxima edição vai ser o confronto entre os dois, né?
Então é isso, essa é a volta do Homem Animal à maluquice total na mente do Morrison. Só faltam 3 edições para acabar e, agora sim, daqui para frente é só loucura. Você não perde por esperar.
Toda a fase do Morrison saiu em 3 encadernados pela Panini. Essas duas edições estão do terceiro encadernado que você pode comprar pela Amazon clicando aqui.
Então é isso, esse foi o décimo primeiro post dessa série das histórias do Homem Animal. Eu me amarro nessa fase e agora estamos chegando na melhor parte.
E você, já tinha lido? Achou tudo uma loucura?
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Um abraço.
E tchau.