Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva – indicação de livro

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje era dia de post de quadrinhos, mas eu quase não estou conseguindo ler nada, então vou falar de livro mesmo. Não vai ser uma resenha, porque é um livro muito técnico e eu não tenho capacidade de fazer uma resenha de verdade. Então vou comentar rapidinho e indicar. Então vamos nessa com Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva.

Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva

Calibã e a Bruxa

Calibã e a Bruxa: Mulheres, Corpos e Acumulação Primitiva é um livro da Silvia Federici. O livro fala sobre o fenômeno da Caça as Bruxas e a relação desse evento histórico com o começo do capitalismo. Mais do que isso, ela vai discutir, e todo o trabalho do livro culmina nisso, é que a Caça as Bruxas é uma ferramenta fundamental no estabelecimento do modo de trabalho e acumulação capitalista.

Eu não vou tentar explicar a coisa toda aqui, porque ela, que é quem entende do assunto, leva um livro inteiro para fazer isso. É complexo mesmo, mas a explicação é muito consistente.

[…]as circunstâncias históricas específicas em que a perseguição às bruxas se desenvolveu ― e as razões pelas quais o surgimento do capitalismo exigiu um ataque genocida contra as mulheres ― ainda não tinham sido investigadas. Essa é a tarefa que empreendo em Calibã e a bruxa, começando pela análise da caça às bruxas no contexto das crises demográfica e econômica europeias dos séculos XVI e XVII e das políticas de terra e trabalho da época mercantilista.

Fala de quê?

Então o livro vai falar de como vários protestos populares foram organizadas por mulheres no final do século 16. Em como o espaço comunal, onde as mulheres trabalhavam eram lugares onde as ideia circulavam. E essas eram coisas que precisavam ser destruídas.

O livro também vai falar sobre cercamentos, empobrecimento em massa e o êxodo para as cidade. Também vai falar sobre como o poder da mulheres foi sendo diminuído nesses contextos urbanos.

Fala também sobre como a exploração sexual foi importante para destruir a autonomia das mulheres. Fala sobre prostituição e castidade, estupros e controle de natalidade.

Também fala um pouco sobre magia, e como a mesma sociedade que queimava bruxas aceitava muito bem algumas coisas de alta-magia e alquimia, especialmente quando feita por homens.

Fala também em como a Europa exportou essa tecnologia de massacre feminino como controle social para o novo mundo, dando um panorama geral da Caça às Bruxas (ou similares) para o novo mundo.

Concluindo:

Enfim. Tem muita coisa e é um livraço. Adorei e recomendo demais.

Calibã e a Bruxa é um clássico dos estudos feministas.

Ah sim, o nome é referência à peça A Tempestade, do Shakespeare.

Então se puder, leia. É um livro relativamente barato, mas para estudo eu defendo a pirataria também. Então se você quer esse conhecimento e não tem dinheiro para pegar o livro, me chama no privado que a gente conversa haha.

Se quiser comprar. Compra por aqui, clicando no meu link da Amazon. Que aí eu ganho um trocado.

Então é isso aí. Livrão. Não tenho capacidade de opinar muito sobre a parte da teoria em si. Mas recomendo muito.
Mas e você? Já leu? Tem algo para acrescentar aqui nos comentários.
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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2 Resultados

  1. 10 setembro, 2022

    […] ilustrações dele trazem motivos místicos clássicos, mas com uma simplicidade que lembram as gravuras de livros da idade média, mas com uma técnica moderna bem acurada. A vida no campo, mas com foco na vida das plantas, mas […]

  2. 23 fevereiro, 2024

    […] há ainda aqueles que perderam sua magia, como o Escavador e a bruxa do […]

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