Canções da Criação – Planetary 15 (parte 11)

Salve, salve, seres humanos e espíritos tão antigos como a própria terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu vou continuar com a minha série de de resenhas de Planetary. Eu já expliquei porque essa série é importante lá no primeiro post, mas basta saber que é meu gibi preferido e estou resenhando desde o começo. Hoje eu vou falar da edição 15, Canções da Criação.

Essa é a primeira edição que se passa depois que o Elijah Snow voltou à ativa, com suas memórias de volta (nas edições 11 e 12; a 13 e 14 são flashbacks). Agora começa a fase com a guerra real entre o Planetary e os 4.

Canções da Criação – Planetary #15:

As duas primeiras páginas são como uma fábula contando uma versão da história da Terra. Ele conta, rapidamente sobre os antigos, que se levantaram da terra no começo do mundo e cantaram todas as formas de vida à existência. Mas isso vai ser mais abordado no fim da edição.

Essa edição também é dividida em duas partes, então vamos lá.

A primeira parte se passa em um lugar que parecem aqueles subúrbios americanos. Vemos Elijah Snow indo visitar alguém enquanto conversa com o Baterista. O Baterista é o responsável por mantê-lo escondido, abaixo do radar, lembrando que agora eles estão em guerra declarada contra os 4. Ele está indo visitar a esposa do finado Ambrose Chase.

Eu não vou comentar exatamente os diálogos, mas em resumo o Elijah se desculpa por não ter aparecido antes, já que ele estava fora de cena. Ele conversa um pouco com a esposa e conhece a filha de Ambrose. Ele conta para ela que o pai dela foi um herói.

Depois disso ele liga para Jim Wilder (aquele cara da Transnave que trabalha para Anna Hark) e tem uma conversa com Doc Brass, aquele herói Pulp da primeira edição. Ele revela que o pessoal do Planetary (a Jakita e o Baterista) pediram para ele fingir que não sabia quem o Snow era (quando ele ainda estava sem memória). Nessa conversa é citado algo chamado A Cidade Perdida de Opak-Re (que vai ser tema em uma edição mais para a frente).

Austrália:

Hora da ação! O Baterista liga e avisa que está detectando uma movimentação esquisita na Austrália, na região de Ayers Rock (Uluru). Elijah pede um helicóptero e uma cópia do Guia Planetary de 1932. Mas o que aconteceu em 1932?

Tinha um cara chamado Carlton Marvell, um aventureiro, um desses heróis pulp (anos 30 né), um aventureiro de ficção científica que “achava entediante só ter um planeta para explorar” e queria sair da terra. Ele não tinha acesso a foguetes, mas conheceu um xamã maluco e conheceu o conceito de Tempo Sonho, um lugar que é a base da realidade e de onde tudo deriva (me lembra o conceito de Mundo das Ideias de Platão, mas também lembra a Terra Primoridial da DC ou até mesmo o planeta dos Monitores de crise final.). Carlton Marvel encontrou um caminho para o Sonho-Tempo na Ayers Rock. Ele conseguiu passar para lá e fez Elijah prometer que nunca contaria para ninguém o que viram do outro lado.

Então eles chegam lá na Austrália ele encontram uma nave dos 4 e uma máquina gigante, que parece um canhão, pronto para atirar na pedra. Parece que os 4 querem arrombar a porta do Sonho-Tempo na marra.

Canções da Criação:

E é aí que entra as informações das primeira páginas. De acordo com a lenda aborígene, os anciões, super criaturas gigantes, cantaram o mundo. Cada aspecto do mundo é uma canção e se ela deixar de ser cantada, esse aspecto desaparece. Depois os Anciões dormiram.

Então, por isso, é preciso uma música para abrir o portal para o Sonho Tempo, mas os 4 não sabem disso, porque essa parte da história Elijah deixou de fora. Eles colocam a música como carga de informação em uma arma e Jakita atira na pedra. E aí a Ayers Rock se levanta, acorda como um ancião, destrói a nave dos 4 com uma cabeçada e se deita novamente. Vitória do Planetary. Fim da edição.

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O que eu achei de Canções da Criação?

Essa história encerra a rodada de flashbacks e é a primeira treta entre o Planetary, com Elijah Snow de volta ao jogo, contra os 4. E aqui, mais uma vez, vemos que informação é a chave da vitória. Os 4 possuem um Guia Planetary de 1932, onde Elijah colocou algumas informações, mas não todas. Informação é poder e isso vai ser o mote da série até o fim.

E se você observar, na parte anterior, que é “só conversinha”, temos 2 pontos muito importantes. Primeiro, ele pede que Jim Wilder conte tudo que sabe sobre Anna Hark, lembrando que Jim Wilder virou aliado do Planetary depois que Elijah decidiu ajudá-lo com a coisa da Transnave. Informação é poder e isso é coleta de informação.

E Segundo: Apesar de ser um velho ranzinza badass do mal, Elijah faz questão de ir conversar com a família de seu amigo. Essa é a principal diferença entre Snow e o Dowling (dos 4), O Planetary se importa com os seus.

Essa é uma edição excelente, tem conceitos brutais de Ficção Científica e um pouco daquela ação sem ação que Planetary tem. É bem legal.

Uma Curiosidade:

Uma curiosidade: Até hoje eu não sei qual a referência do Carlton Marvell, o tal cara que viajou para o Sonho-Tempo. O nome dele parece ser uma referência à Marvel e à Charlton (aquela editora dos personagens de Watchmen e Pax Americana). Mas ele está nos anos 30 e nenhuma das duas editoras existia até então. Pela descrição do personagem aventureiro ele pode ser um Adam Strange (da DC), ou personagens mais antigos como Flash Gordon e John Carter. Realmente não sei.

Então é isso, uma edição excelente, que mostra o Planetary sendo brutalmente eficiente, mas sendo muito humano ao mesmo tempo. Eu adoro essa edição.
E você, já leu? Ainda não ficou convencido a ler Planetary?
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Um abraço.
E tchau.