Planetary #8 e #9 – resenha (parte 6)

Salve, salve, seres humanos da terra de planetas ficionais.
Hoje é dia de falar de quadrinhos e eu continuo a minha série de resenhas de Planetary, a série do Warren Ellis que faz uma viagem sobre toda a super cultura do século 20. Hoje eu vou falar das edições 8 e 9, então vamos lá.

O dia em que a Terra atrasou – Planetary #8

Planetary 8 Capa

Essa história se passa no tempo corrente da história (2000), continuando as investigações de campo do Planetary, mas se refere a uma história dos anos 50. O trio chega a um lugar esquecido e secreto no meio do nada, onde encontram a cidade científica 0 e uma moça chamada Alison. Alison parece uma mulher comum, mas ela, literalmente, brilha no escuro.

Tem uma briga com umas formigas gigantes, mas o foco da história é o que Alison tem para contar. A cidade zero era um campo de concentração nos anos 50, durante o período do macartismo em meio ao terror e medo dos comunistas. Isso no começo da guerra fria.

Dissidentes americanos, subversivos, artistas e qualquer pessoa que pudesse ser chamada de comunista, eram desaparecidos e levados para lá. Lá, um tal de Randall Dowling (dos 4) liderava uma equipe que fazia todo tipo de experimento com as pessoas descartáveis da cidade zero. Uma jovem chamada Anna Hark também estava lá.

Alison foi morta e ressuscitada, mas com uma meia-vida de 50 anos. Ela também conta o que foi feito com os outros internos. Um homem que foi tornado invisível, mas ficou cedo no processo. Gente enlouquecida com a mente ligada a universos paralelos. Pessoas transformadas em gigantes. E várias coisas de ficção científica dos anos 50.

Planetary 8 Alison

Por fim, Alison pede que o Planetary use os dados da cidade zero para se vingar de Randal Dowling. E então ela decai e desaparece. E fim

Planeta Ficção – Planetary #9

Planetary 9 capa

Essa história se passa no ano de 1997 e mostra uma ação do time de campo do Planetay: Jakita Wagner, O Baterista e um cara chamado Ambrose Chase. Isso mesmo, é uma história antes de Elijah Snow entrar no time.

A história é a seguinte: um projeto experimental, criar um mundo artificial, um planeta ficção, deixar que ele florescesse por conta própria e, então, enviar uma nave para esse planeta para coletar amostras. 3 astronautas foram, mas 4 formas de vida voltaram.

Enquanto os funcionários paramilitares do projeto recuperam a nave, o time de campo do Planetary invade o complexo. Eles avaliam a nave e encontram os 3 ficcionaltas mortos, a criatura escapou. Rolam umas cenas de ação muito doidas (porque o Ambrose Chase tem um poder de alteração local da realidade) e no final das contas Ambrose vai para cima do cara e acaba baleado.

Baterista tenta acudi-lo, mas ele desaparece, dado como morto. Jakita fica puta e mata o cara em uma bela cena de violência gratuita. No meio disso, temos um breve flashback da vida de Ambrose. Cenas em datas aleatórias mostrando ele aprendendo a usar seus poderes, uma cena da Jakita chorando por algo, o nascimento da filha de Ambrose. E um flashback do ano de 1994, quando Ambrose conheceu o quarto homem.

E a edição acaba com um quadro preto com algumas informações que serão, ou não, úteis para que você monte o quebra cabeças da história secreta do Planetary.

  • Em 1997, O quarto homem foi dado como desaparecido em ação.
  • Elijah Snow nunca ouviu falar de Ambrose Chase.
  • Jakita Wagner já era membro do Planetary quando Ambrose Chase se tornou o terceiro homem.
  • O quarto indivíduo trazido pela missão de colta de amostras continua à solta.

Fim da edição.

O que eu achei dessas duas edições de Planetary?

Essas duas edições são meio de história, construindo coisas que vão ser desvendadas no futuro, parte ainda nesse encadernado.

O Dia em que a Terra Atrasou

O Dia em que a Terra Atrasou une duas característica históricas e mistura as duas em uma história incrível de ficção científica. Nos anos 50 a guerra fria está no auge (a Segunda Guerra Mundia acaba em 45) com o Macartismo e o medo dos vermelhos comendo solto; e está rolando, na cultura pop o atomic horror, aquele gênero do horror baseado no medo da bomba e dos efeitos bizarros da radiação. Vários filmes de monstros radioativos surgem nessa época, como A Mulher de 50 pés, O Império das Formigas e The Deadly Mantys, todos referenciados nessa capa.

Além disso, essa história traz algumas informações importantes: Randall Dowling já era um super cientista metido em sujeira antes do projeto Artemis; Anna Hark estava associada a ele; e mais uma citação ao multiverso no formato em floco de neve.

Apesar do uso totalmente errado do conceito de meia-vida radioativa, essa é uma baita história. Uma homenagem ao horror dos anos 50, mas colocando eles como coisas secretas com orçamento do governo. Faz a homenagem, diz que aconteceu, mas consegue inserir no universo de Planetary, onde tudo é secreto e as pessoas erradas conseguem usar os recursos secretos para seus próprios fins. Eu adoro essa história.

Planetary 8 Jakita Wagner

Planeta Ficção

Planeta Ficção tem um puta conceito legal, a coisa do planeta ficção, que trata da questão da realidade. O que é real? O que garante que seus olhos não estão enganando você? Existe diferença entre realidade e ficção? Esse é um tema muito dos anos 90, com filmes como Matrix, Dark City, Amnésia, Clube da Luta…; Infelizmente o tema é pouco explicado e acaba dando muito espaço à ação (Matrix?), mas é interessante ainda assim.

Além disso, a história é importante por inserir o Amborse Chase e responder uma pergunta que o Snow faz na primeira edição: o que aconteceu com o terceiro homem anterior? Agora você sabe, foi baleado e morreu (?).

E cara… como é maneiro ver o Ambrose usando os poderes e metendo bala em todo mundo. É muito legal.

Planetary 9 Ambrose Chase

Concluindo:

Planetary saiu na Pixel Magazine, em 4 encadernados fininhos (a versão que eu tenho) e em um omnibus capa dura lindão que eu devo comprar um dia. Você pode comprar na Amazon clicando aqui.


Então é isso, essas duas edições continuam a criar o complexo mundo do século 20.
E você, já leu Planetary? Gostou do Ambrose Chase?
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Um abraço.
E tchau.

Vulto

Desprezível.

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    […] O soco em si nem é tão legal, mas ele esmaga a mão do maluco com a arma. No último quadro dá para ver que não sobrou grande coisa da mão do maluco. O que me lembra que e a Jakita Wagner já fez algo parecido em Planetary #9. […]

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