Como falar com Garotas em Festas (quadrinhos) – resenha spoiler

Salve, salve, seres humanos e outras coisas da terra.
Já fazia um tempo que eu não resenhava gibis, então decide parar de enrolar e resenhar uma hq sensacional, porém difícil. Hoje eu trouxe Como Falar com Garotas em Festas.

Como Falar com Garotas em Festas


Como Falar com Garotas em Festas
é um conto do Neil Gaiman (Sandman, Deuses Americanos e Lugar Nenhum) que foi adaptado para as hqs pelos irmãos brasileiros Fábio Moon e Gabriel Bá.

Eu não sabia sobre o que a hq se tratava antes de pegar para ler. Meu único conhecimento prévio é a minha leitura de outras coisas do Gaiman. Nada mais.

A história é focada em dois amigos, Enn e Vic. Enn é tímido e reservado, enquanto Vic é o típico adolescente galã que sempre fica com as garotas mais bonitas nas festas.

Eles estão tentando chegar a uma festa que eles não sabem o endereço. Enn não está muito animado e Vic tenta dizer que ele só precisa falar com as garotas. Simples assim. Eles chegam à festa e percebem que a festa é de uma galera meio esquisita, tocando umas músicas que eles não conhecem. Rapidamente Vic sai com a garota mais gata da festa e Enn se vê sozinho.

Então ele começa a tentar falar com as garotas, e elas falam umas paradas meio esquisitas. Todas são “turistas”





O que eu achei de Como Falar com Garotas em Festas?

Eu fui ler achando que se tratasse de uma história singela e bem humorada tratando da imbecilidade do jovem médio e da incapacidade de comunicação de pessoas tímidas. Pois é, eu estava errado.

Como Falar com Gatoras em Festas começa assim, mas quando Enn vai falar com as garotas, elas parecem todas muito confusas e até meio… místicas. É como se elas fossem fadas, ou criaturas de outra realidade, visitando nosso mundo como forma de aprendizado. Elas são formas-pensamento vindas de mundos de complexidade superior ao nosso e presas em cascas mortais. Elas são ideias vivas, conceitos e poemas, tudo ao mesmo tempo. E no fim, tem um grande mistério em aberto.

A história é simples de entender, mas trata de uma outra história, essa sim muito complexa. Talvez fosse fácil entender o que as meninas são, de fato, tendo acesso a todo o relato. Mas só temos parte de história, ouvida por um adolescente de 16 anos e relembrada anos depois. Falta muita coisa. Muita coisa mesmo.

Mesmo assim é uma experiência incrível.

Em resumo, começa como uma comédia adolescente americana (só que com humor inglês), mas logo vira uma história viajante digna do Gaiman. É como se você saísse para beber e esbarrasse com o universo de Sandman tentando te levar para uma narrativa mais complexa. As vezes é legal, mas as vezes é só “Só quero beber, me deixa em paz multiverso!”.

Tudo o que eu falei até agora é sobre o roteiro. A arte do Fábio Moon e do Gabriel Bá está simplesmente sensacional. As personagens são lindas, o cenário é complexo, mas sem desviar a atenção, e as cores são sensacionais. Quando a narrativa começa a ficar mais “esquizofrênica”, o traço acompanha e as páginas começam a ficar bem loucas também. É bem legal.

Como Falar Com Garotas Em Festas foi lançado em 2017 e é fácil de achar na Amazon, por exemplo.




No ano passado saiu um filme adaptando a história. O filme foi meio ignorado, mas eu falei do trailer em um post aqui e, obviamente errei tudo, já que não tinha lido a hq ainda.

Então é isso, um quadrinho sensacional, curtinho e barato. Recomendo muito.
E você, já leu essa? Já tinha ouvido falar?
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Um abraço.
E tchau.



Vulto

Desprezível.

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