Planetary 27 – finalmente o final (parte 20) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Já faz um tempo que eu comecei uma série de resenhas sobre Planetary. Oficialmente a série tinha 26 edições, mas 3 anos depois saiu uma edição 27 para fechar a última ponta solta. Eu resenhei a edição 26 em agosto e enrolei um monte para encerrar minhas resenhas. Mas a hora chegou. Então vamos lá.

Planetary 27 – resenha

A história começa um ano depois do conflito do Planetary com o os 4. O Planetary vem, desde então, escavando os arquivos secretos dos 4 e usando a tecnologia deles para melhorar o mundo: tratamentos anti câncer; super impressoras 3d que imprimem abrigos; sistema de levitação elétrica; viagens espaciais; folhas de hipercolimação; pernas artificiais para o Doc Brass. E eles só olharam 20% dos arquivos.

Mesmo assim Elijah está bravo, porque o objetivo dele é salvar coisas. Ele salvou Jakita de Opak Re, salvou o baterista quando criança, salvou a transnave, além de salvar Anna Hark e John Stone da influência dos 4. Só falta salvar Ambrose Chase.

A equipe de campo repassa o desaparecimento de Ambrose Chase e concordam que, pelos poderes, ele provavelmente entrou em uma bolha sem tempo e que ainda está vivo por aí. Dentre as possíveis soluções, o Baterista diz que encontrou uma referência a uma máquina do tempo.

Ele explica porque é perigoso construir uma máquina do tempo e as consequências disso para o futuro (não vou explicar aqui, mas a explicação é boa). Envolve o fato de que todo mundo do futuro apareceria para ver a inauguração da máquina do tempo. Elijah manda ele construir mesmo assim.

Muito tempo se passa e toda uma operação é montada para ativar a máquina do tempo no lugar onde Ambrose morreu e permitir que ele volte. Eles constroem a máquina, tudo vai dando mais ou menos certo. A máquina começa a quebrar, mas Jakita segura ela no lugar. O processo dá certo e Ambrose Chase reaparece, ainda baleado. Então chega a equipe médica preparada para operá-lo.

Enquanto isso, versões futuras do Planetary começam a aparecer. Rola um dileman, será que o Ambrose vive ou o Ambrose morre? Tensão. Mas no fim, Ambroses dos futuros aparecem e a operação acaba. Ambrose Chase sobrevive e a edição acaba.

Fim de Planetary!

O que eu acho dessa última edição de Planetary?

Essa edição é uma edição muito simples comparada com todo o resto da série. Tem o conceito da viagem no tempo, que é bem complexo, mas como não existem antagonistas para impedir a coisa toda se torna “apenas” uma corrida contra o tempo e contra a morte.

Pode parecer uma edição meio chata, porque tem muita conversa, mas ela serve para fechar algumas feridas que tinham sido deixadas em Planetary. Primeiro o mistério do sumiço do Ambrose Chase, e a missão de Elijah de tentar salvá-lo; mas também uma questão ética do próprio Planetary que é resolvida aqui.

A questão é a seguinte: O Planetary, especialmente Elijah, critica os 4 porque eles escondem as maravilhas que poderiam salvar milhões de vidas por ano. Porém, o próprio Planetary esconde muitas coisas. É possível achar que existe uma hipocrisia na postura do Planetary, mas essa edição vem para resolver isso.

O Planetary escondia as coisas porque estava no meio de uma guerra. Agora que os 4 foram derrotados, finalmente o Planetary pode fazer o que prega. Usar a tecnologia secreta e as maravilhas do mundo para melhorar o mundo e salvar pessoas. Não tinha hipocrisia, apenas uma guerra em andamento.

Infelizmente, para a máquina do tempo, isso não vai valer. A máquina do tempo vai precisar ser preservada pelo Planetary. Ainda bem, porque todo mundo sabe que máquinas do tempo só servem para resolver problemas que não existiriam sem viagens no tempo.

Salvar pessoas:

E assim se encerra a minha série preferida de quadrinhos. Uma série que termina com uma pessoa sendo salva.

Lembre-se sempre, a função principal dos super heróis é salvar pessoas. Todo o resto é supérfluo. Alguns autores (e roteiristas/diretores de cinema/séries) esquecem isso às vezes. Mas a gente não pode esquecer. Derrotar os 4 era secundário.

Salvar pessoas. Melhorar o mundo. Nunca esqueça.

Então é isso, é o fim dessa série, depois de mais de 4 meses. Espero que goste.
E você, já leu Planetary? Ficou com vontade de reler?
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Um abraço.
E tchau.