Século – Planetary #13 – resenha (parte 9)
Salve, salve, seres humanos e outras criaturas únicas da Terra.
Hoje é dia de falar de quadrinhos, mais especificamente de continuar a minha série de resenhas de Planetary, uma das melhores séries de quadrinhos. Hoje eu vou falara da edição 13, Século.
Até agora tínhamos Elijah Snow como um cara velho, que viveu por todo o século 20, mas que não tinha muitas memórias. Agora ele lembrou que ele é o Quarto Homem, que ele criou o Planetary e que ele vem investigando a história secreta do mundo desde jovem. Então, agora que nosso idoso preferido recuperou suas memórias, podemos ler as histórias dele. Século é sobre o passado de Elijah Snow.
Século – Planetary #13
A história começa em 1919, com Snow viajando até um castelo em um lugar da Alemanha totalmente fora dos mapas. Foi nesse castelo que o Barão ressuscitava os mortos. Ele encontra o castelo, mas logo descobre que existem armadilhas. Vários corpos são despejados e reanimados para atacar quaisquer invasor.
Depois de uma boa cena de ação, Snow derrota as criaturas e segue procurando pela biblioteca do castelo. Chegando lá, ele usa a pista dada por um tal francês e encontra um mecanismo que ativa um mapa. Um mapa secreto de como “A Conspiração” enxerga o mundo. O mundo secreto do mundo.
Sherlock Holmes:
A história corta para 1920, na Inglaterra. Elijah segue pela Baker Street até uma casa onde encontra Sherlock Holmes. Elijah conta que derrotou o Homem Invisível em Nova York e foi assim que ele descobriu sobre o Castelo do Barão e depois chegou ao Holmes.
Ele afirma que sabe o que a Conspiração andou aprontando no século 19 e diz que eles precisam parar. Então surge o Drácula, para defender Holmes, mas Snow congela e o derrota com facilidade.
Finalmente Holmes conta para ele sobre a Conspiração. Eram pessoas extraordinárias, vivendo nas sombras para construir um novo mundo “melhor” sobre os restos do velho. Pessoas extraordinárias de sua época, como Holmes, o Drácula, o Homem Invisível, Robur, Carnacki, o próprio Barão (Frankenstein), H.G Wells;
Porém, eles foram obrigados a agir nas sombras e, por viver nas sombras, eles se tornaram mais sombrios. Snow diz que a Conspiração deve parar, Holmes concorda.
Então Sherlock aceita ensinar seus métodos para Snow. E foi assim que Elijah Snow estudou para se tornar detetive. Em 1925 Sherlock morre, o ano em que Elijah começa a publicar os guias Planetary.
Fim da edição.
O que eu acho de Século?
Essa história tinha tudo para ser meio morna, mas surpreende sendo muito boa. Digo isso porque na edição anterior temos Snow descobrindo que é o Quarto Homem e declarando guerra aos 4. Agora que queremos ver a guerra temos um flashback? Pois é, mas é incrível que funciona.
O legal dessa edição é que, de forma muito rápida, ela insere um monte de conceitos interessantes. Sherlock diz para Elijah que esse é o século dele, enquanto o século 19 foi o século da conspiração. Ou seja, cada século tem seu grupo de pessoas extraordinárias (A Liga Extraordinária é o Planetary do século 19), e esse é o século do Elijah Snow (também é do Doc Brass e seus amigos, mas também da Jenny Spark, outra filha do século).
É muito legal ver que o Elijah começa seu trabalho de arqueólogo do impossível descobrindo a história secreta do século passado, fazendo várias referências a mitos da literatura fantástica. Então assim como Sherlock é seu antecessor, a literatura fantástica é a antecessora dos quadrinhos.
Outra coisa interessante é que o poder corrompe, viver de forma clandestina, sem ter quem o julgue pode te transformar em uma pessoa pior. Isso é o que os 4 representam, mas Elijah também corre o risco de seguir esse caminho em edições futuras. Isso vai ser discutido mais para frente.
Concluindo:
É uma história excelente e serve para lembrar que além da guerra secreta entre Planetary e os 4, esse gibi é sobre voltar às referências e viajar pela cultura pop do século (e um pouquinho do século passado também). Baita história.
Uma das conversas dele com o Sherlock Holmes foi um dos flashbacks na edição 11 e 12.
Então é isso, história excelente. Eu adoro.
E você, o que acha?
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Um abraço.
E tchau.
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