O Demônio da Garrafa (conto) – resenha

Salve, salve, seres humanos da terra.
Hoje é dia de falar de mais um conto do nosso queridão Robert Louis Stevenson. Eu já resenhei o Médico e o Monstro aqui no site e agora estou lendo uns contos e vou resenhá-los também. Então vamos de O demônio da garrafa.

O demônio da garrafa é um conto clássico, mas que o Stevenson adaptou para ser lido pelo povo das ilhas, com o qual ele teve forte relação em sua vida.

O conto conta a história de Keawe, um homem simples do Havaí. Um dia, depois de receber por um trabalho ele encontra um velho em uma casa bela e rica. Apesar de bem de vida, o velho parece melancólico. Ele conversa com o velho, que o conta a história da garrafa.

Na garrafa tem um demônio. O demônio realiza qualquer desejo de seu dono, mas se você morrer em posse da garrafa, sua alma está condenada ao inferno. E o único jeito de se livrar da garrafa é vendendo-a por um preço menor do que você comprou.

Keawe compra a garrafa por 50 dólares meio que sem querer. Ele conversa com um amigo que diz que ele deve testar a garrafa. E que se a história fosse verdadeira, esse amigo compraria a garrafa dele. Então Keawe pede uma casa luxuosa e maravilhosa. Voltando ao Havaí, ele descobre que um tio que ele não conhecia morreu e deixou uma herança. Exatamente o valor para comprar a casa que ele queria.

A Casa:

Então ele vende a garrafa para o amigo como prometido.

Com sua casa nova, Keawe segue feliz e contente até conhecer Kokua, uma bela jovem local. Ele corteja ela e logo propõe casamento à moça. Mas logo ele descobre que está com lepra. Então ele decide buscar a garrafa de novo.

Então ele vai atrás do amigo, que também já vendeu a garrafa. Ele segue o rastro de pessoas ricas até encontrar o atual dono da garrafa. O homem comprou o demônio por 2 centavos e Keawe a compra por 1 centavo. Mesmo sabendo que não conseguiria vendê-la mais e que sua alma seria condenada ao inferno.

Então ele se casa, parece feliz com Kokua, mas quando está sozinho ele fica triste e melâncólico. Até que ela fica pistola e ele acaba contando para ela. Então ela tem a ideia de ir para o Taiti, onde existe uma moeda que vale menos que o dólar. Eles tentam vender a garrafa, mas não conseguem.

Planos:

Então Kokua bola um plano. Ela pede que um velho compre a garrafa de Keawe por 4 cêntimos (1 centavo de dólar vale 5 desses) e ela compra do velho por 3. Com isso ela salva a alma de seu amado pelo preço da sua. Enquanto ele fica feliz, ela fica triste e depressiva. E isso deixa a ele com raiva.

Ele sai para beber, eles brigam, mas então ele descobre o que ela fez. E como forma de amor, ele decide fazer a mesma coisa: arruma um cara para comprar por 2, e ele compraria por 1, libertando a amada, mesmo que ao custo da própria alma.

Mas, no fim das contas, o marinheiro que comprou a garrafa por 2 cêntimos, decide ficar com a garrafa para si mesmo. Ele quer o poder de uma garrafa que realiza desejos. Quando Keawe o questiona sobre ir para o inferno, ele diz que já iria de qualquer forma.

E finalmente Keawe e Kokua podem ficar juntos sem medo do inferno.

Fim.

O que eu achei de O Demônio da Garrafa?

A primeira vez que eu li eu achei o final muito bobo. A história inteira tem um tom muito grave para terminar com um “que sorte, encontramo um doido”. Além disso existe uma correria que pode parecer sem sentido no meio.

Agora que eu reli, unindo essas duas coisas, parece que tem um sentido nisso tudo. Pode ser forçar a barra, mas parece que tem uma moral da história.

Os dois insistiram tanto no amor, com auto sacrifício inclusive, que essa insistência deu o fruto no final. Eles podiam ter desistido antes, vátias vezes, até dar sorte. E no fim eles ficam juntos porque ainda se gostavam mesmo quando estavam na merda. É bonito, mas tem que forçar.

Eu seria o cara que “dane-se, vou pro inferno. Dá essa garrafa aqui”.

Esse conto também está naquele compiladão lindo da Darkside Books.

Então é isso. Conto curto. Resenha grande haha.
Mas você, conhecia essa história?
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Um abraço.
E tchau.